“Cheguei na Unesc em uma maca, passando por cadeira de rodas, andadores, muletas, e hoje estou reabilitada. Fui muito bem acolhida. Estar aqui em um momento como esse é maravilhoso. Só tenho que agradecer a Unesc por tudo o que fez por mim”.
O testemunho emocionante é da presidente do Conselho de Pessoas com Deficiência de Criciúma, Rindalta das Graças de Oliveira, durante a abertura do 1º Simpósio Integrado de Reabilitação; 4º Simpósio Interdisciplinar de Dor Crônica e 1º Simpósio Estadual de Fibromialgia, nesta quinta-feira (1/06), no Auditório Ruy Hulse, na Unesc. O evento contou com a presença de professores, acadêmicos, comunidade e convidados.
“É motivo de orgulho testemunhar um depoimento como esse, em que alguém entrou na Unesc com dificuldades e hoje pode caminhar tranquilamente, sem maiores obstáculos. É verdadeiramente gratificante ver que todos os serviços oferecidos são gratuitos e realizados com excelência. Tudo é feito de maneira científica, buscando trazer resultados cada vez melhores para colaborar com a qualidade de vida das pessoas”, disse a pró-reitora de Ensino, Graziela Amboni.
A intenção do evento, que acontece ao longo de todo o dia, é promover a troca de conhecimentos, experiências e atualizações científicas, contribuindo para o avanço e aprimoramento dos cuidados e tratamentos de pessoas com disfunções e incapacidades, incluindo as disfunções neurológicas, dores crônicas de trabalhadores, pessoas com fibromialgia e disfunções respiratórias.
O presidente do evento e coordenador da Clínica de Fisioterapia da Universidade, Willians Longen, agradeceu pela presença de todos e expressou a importância e grandeza do Simpósio.
“Esse debate representa uma busca constante pelo aprimoramento, visando oferecer uma assistência cada vez melhor aos pacientes, além de promover a disseminação de informações atualizadas, práticas inovadoras e abordagens interdisciplinares no campo da reabilitação, dor crônica e fibromialgia”, comentou.
Além disso, segundo ele, o evento permite o fortalecimento da rede de profissionais e instituições envolvidas nesses campos, estimulando a colaboração e a sinergia entre diferentes áreas de conhecimento.
A Secretária de Estado da Saúde, Carmen Zanotto, fez questão de gravar um vídeo, apresentado ao público no evento, expressando a importância deste momento. Ela ressaltou que a secretaria tem recebido muitas entidades e associações que defendem as causas das pessoas com fibromialgia e mencionou a necessidade de estabelecer centros de reabilitação em todo o estado de Santa Catarina, inspirados pelo exemplo do Centro de Reabilitação da Unesc.
“Tenho plena confiança de que poderemos aprimorar a assistência aos pacientes que necessitam de reabilitação, bem como aqueles que sofrem de dor crônica quanto os que enfrentam a fibromialgia”, mencionou a secretária.
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Parceria
A parceria da Universidade com o Município de Criciúma foi sublinhada pelo secretário de saúde de Criciúma, Acélio Casagrande. Ele ressaltou que essa colaboração é garantia de sucesso ao unir a teoria com a prática.
“Essa abordagem conjunta promove melhores resultados para a saúde da população de Criciúma. A integração e o foco na reabilitação são fundamentais para evitar e diminuir dores, tanto na rede básica de saúde da cidade quanto na Universidade”, reforçou.
Complementando a fala do secretário, a coordenadora das Clínicas Integradas da Unesc, Carine Cardoso, enfatizou que o trabalho desempenhado na Instituição é excelente e tem sido um referencial na área, contribuindo para a melhoria do tratamento e cuidado dos pacientes com fibromialgia em todo o estado.
Também estiveram presentes na abertura do evento, a presidente da Associação Girassóis Fibromiálgicos de Criciúma, Gisele Cunha; o professor Jacks Soratto representando a coordenação do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (PPGSC) da Universidade; o coordenador do Centro Especializado em Reabilitação (CER II) Aires Mondardo Junior; a coordenadora do Programa de Atenção Materno-Infantil e Familiar (PAMIF), Ariete Inês Minetto; o coordenador do Serviço Especializado em Reabilitação Cardiopulmonar (SERC), Luiz Fontana; o coordenador do Programa de Reabilitação Pulmonar (PRP) Eduardo Ghisi Victor.
Temáticas atuais
Ainda pela manhã, o evento contou com palestras sobre o Cenário da Reabilitação das Pessoas com Deficiência em um Centro Especializado com os profissionais Bruna Behling e Leyce da Rosa dos Reis; e a Prática da Equipe Multiprofissional na Reabilitação de Pacientes Pós-Covid com o médico Luiz Carlos Custódio Fontana; além do tema Dor Crônica – Atualidades e Possibilidades Terapêuticas com a professora doutora Micheline Henrique Araújo da Luz Koerich.
O Cenário da Reabilitação da Secretaria do Estado da Saúde de Santa Catarina foi abordado pela fisioterapeuta Jaqueline Reginatto que apresentou o histórico da rede de assistência às pessoas com deficiência, bem como a política de reabilitação em Santa Catarina.
Ela mencionou os serviços habilitados, os serviços de referência e os esforços em andamento para estruturar novos serviços, e destacou os maiores desafios enfrentados na política de reabilitação do estado, com ênfase na discussão da dor crônica e da fibromialgia.
Jaqueline visitou o CER da Unesc pela última vez em 2019 e ficou impressionada com o crescimento e a ampliação dos serviços desde então.
Organização
O evento é uma iniciativa integrada que envolve o Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (PPGSCOL) da Universidade, na linha de pesquisa Promoção da Saúde e Integralidade do Cuidado; e das Clínicas Integradas da Universidade, e congrega interesses dos diferentes núcleos, centros, serviços e programas que atuam na área de reabilitação.
O Simpósio conta com a participação de instituições como Centro Especializado em Reabilitação (CER II); o Núcleo de Promoção e Atenção Clínica a Saúde do Trabalhador (NUPAC-ST); o Programa de Atenção Materno-Infantil e Familiar (PAMIF); o programa Vida Funcional; o Serviço Especializado em Reabilitação Cardiopulmonar (SERC); o Programa de Reabilitação Pulmonar (PRP); o Ambulatório de Atenção à saúde da Pessoa com Fibromialgia (AMASF); o Núcleo de Prevenção às Violências e Promoção da Saúde de Criciúma (NUPREVIPS); o Programa de Automonitoramento Glicêmico Capilar (PAMGC); e o SOS Unesc.
