A exposição “Percursos aos Abrigos Ancestrais”, da professora do curso de Artes Visuais da Unesc e artista Angélica Neumaier, foi inaugurada na noite dessa quinta-feira (18/05) na Sala Edi Balod. Com curadoria de Sandra Correia Fávero e Amalhene Baesso Reddig, os trabalhos buscam trazer à luz a importância dos povos originários, ainda desconhecidos por parte da população.
Com produções artísticas em frotagem, serigrafias, fotografias e vídeo, a exposição conta com registros e traduções gráficas dos vestígios deixados na Paleotoca de Timbé do Sul, importante ponto de pesquisa arqueológica do Sul catarinense. Inscrições rupestres e desenhos em baixo relevo preenchem o local, que séculos mais tarde foi ocupado por povos originários da região.
A inspiração para a exposição, de acordo com a artista, se depara com os últimos registros fotográficos da etnia Laklãnõ-Xokleng no Museu ao Ar Livre Princesa Isabel, localizado em Orleans. Isso levou à criação do projeto “Rastros dos Povos Originários no Extremo Sul de Santa Catarina”, que resultou em uma exposição artística no ano de 2022.
A pesquisa bibliográfica, documental e fotográfica nos acervos dos museus foi acompanhada por pesquisadores e uma equipe técnica de apoio, além de conversas com os professores da Unesc Juliano Bitencourt Campos e Mikael Miziescki. A pesquisa alcançou, além de Orleans, as localidades de Jacinto Machado, Morro Grande e Timbé do Sul.
O projeto foi selecionado pelo edital Prêmio Elisabete Anderle de Apoio à Cultura – Edição 2022 e executado com recursos do Governo do Estado de Santa Catarina, por meio da Fundação Catarinense de Cultura.
A exposição estará aberta para visitação entre os dias 19/05 a 16/06, de segunda a sexta-feira, das 13h30min às 18h30min, na Sala Edi Balod, localizada no Bloco Administrativo da Unesc.
