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CSA

“Inovação no Agronegócio” é tema da
Aula Inaugural da Unesc Virtual em Araranguá

Edilene Steinwandter, ex-presidente da Epagri, foi a palestrante da noite para os acadêmicos do curso de Gestão de Agronegócios (Fotos: Décio Batista)

A Unesc Virtual realizou, na noite de quarta-feira (22/03), no auditório da Unidade Araranguá, a palestra “Inovação no Agronegócio”, com a ex-presidente da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), Edilene Steinwandter, uma das 100 mulheres mais poderosas do Agro, segundo a revista Forbes Brasil de 2021.

Na sua apresentação, a engenheira agrônoma e extensionista da empresa catarinense, Edilene, falou como entende sobre a inovação no agronegócio. “Quando pensamos em inovação para o setor, nós temos que primeiro partir do princípio de que a agricultura catarinense, a pesca e a maricultura, são compostas de pessoas. Nós precisamos considerar nesse processo, integrando ainda o ambiente e as questões técnicas, os seguintes questionamentos: Qual é a realidade catarinense do agronegócio? Quais são as demandas dessa população para evoluir? Qual é o ambiente que nós estamos inseridos para poder evoluir com uma tecnologia?”, refletiu junto aos presentes.

Conforme Edilene, é necessário implantar uma inovação baseada no tripé da sustentabilidade: econômica, social e ambiental. “Por isso que eu falo das pessoas, do ambiente e do processo de inovação. Nós nunca podemos esquecer disso. Além disso, outra questão muito importante é pensar sobre: para quem nós estamos produzindo? Para quem nós estamos trazendo a inovação? Atualmente dispomos de muitas inovações desenvolvidas em Santa Catarina no agronegócio que não cabem para realidade de mais de 80% da agricultura catarinense familiar”, ponderou.

A palestra marcou a Aula Inaugural do curso de Gestão de Agronegócios EAD, disponível na Unidade Araranguá. Segundo a diretora da Unidade, Isabel de Souza, o curso foi desenvolvido justamente para os municípios da Associação dos Municípios do Extremo Sul Catarinense (Amesc). “Pela pungência que tem o agronegócio na região por meio da agricultura familiar e da característica rural da maioria das cidades. A Edilene nos trouxe toda a sua expertise dentro do agronegócio e o que há de inovação para a agropecuária”, destacou.

O curso lançado, conforme Isabel, tem perfil 100% à distância com aplicação de prova na Unidade Araranguá a cada três meses. A graduação, que tem duração de três anos, forma tecnólogos em Gestão do Agronegócio. As matrículas para a nova turma estão abertas.

Evento produtivo

Para a diretora da Unesc Virtual, Almerinda Tereza Bianca Bez Batti Dias, o encontro é uma atividade de integração, que marca o início do ano letivo. “Esta aula foi estendida para além dos muros do campus. Nós convidamos pessoas externas porque, além de ser um um conteúdo do curso, também é uma forma de estreitar as relações com alguns setores do agronegócio da Amesc. A presença da palestrante aqui na Unesc é muito importante por ser uma pessoa expoente na área e que certamente contribui e enriquece muito o conhecimento dos nossos  acadêmicos”, considerou.

Conforme o coordenador do curso de Gestão em Agronegócio, Lucas Fabrício de Souza Firmino, a aula é um momento único para conhecer a experiência de uma técnica experiente no segmento. “É uma aula que visa potencializar o agronegócio. O agro é um dos pilares que sustentam a região do Extremo Sul de Santa Catarina. Temos uma posição importante na produção de arroz, pitaya, tilápia, feijão, fumo, enfim, de diversas culturas. Os municípios da Amesc têm um potencial de crescimento gigante. Quando falamos em agronegócio, quando se fala em inovação, queremos saber como melhorar a gestão, esta é a proposta da Unesc”, avaliou.

Para a acadêmica da sexta fase, Claudia Piccolo Nandi, ouvir uma profissional deste gabarito foi uma importante oportunidade dada pelo curso. “Foi um conhecimento muito bom para nós acadêmicos. Discutimos os assuntos que estudamos nas fases anteriores e na atual e tenho certeza que vai contribuir muito para o nosso aprendizado. Eu e meu marido temos uma propriedade rural em Jacinto Machado, onde moramos. Nós  trabalhamos com a cultura de arroz e com frango de corte e além disso eu sou professora da rede estadual. Todo o ensinamento que recebo estou aplicando na na gestão da minha propriedade”, comentou a acadêmica 

Entre as 100 poderosas do Agronegócio

A Engenheira Edilene ainda comentou sobre o reconhecimento da revista Forbes Brasil de 2021, na qual figurou entre as 100 mulheres mais poderosas do Agronegócios. “Foi uma surpresa muito grande. Fiquei sabendo pelos colegas, através do WhatsApp. Nós nem sabíamos que a Forbes estava fazendo o levantamento dessas mulheres influentes no agronegócio. Claro que tem o meu esforço, o meu trabalho, mas tudo isso somado a contribuição dos 1.600 funcionários da Epagri que fazem a diferença na agricultura catarinense”, destacou, acrescentando o trabalho de toda a empresa a qual estava no comando à época.

O destaque dado pela revista, conforme Edilene, traz dois aspectos importantes. “Primeiro a visão mundial para o agronegócio, porque a Forbes é uma revista de influência mundial. Em segundo lugar, a participação feminina no agronegócio”, analisou e continuou.

Mulheres protagonistas

“A mulher tem participado ativamente na agricultura e nós precisamos evidenciá-las, capacitá-las e trazer essa participação para que a sociedade inteira conheça. Somos mais de 50% da participação econômica ativa da população, mas historicamente no meio rural as mulheres sempre foram vistas como ajudantes dentro das propriedades e não como protagonistas. Precisamos mudar essa realidade e focar muito na participação da mulher, porque assim teremos grandes possibilidades de avanço para a agricultura Catarinense”, argumentou. 

Jovens no campo

A ex-presidente do Epagri ainda comentou sobre como diminuir o êxodo rural dos jovens. “Temos uma nova geração de agricultores. Em algumas regiões está ocorrendo o movimento contrário,com os jovens voltando para a agricultura. Para mantê-los na lavoura precisamos conscientizá-los de que o meio rural não é a sua única alternativa. Devemos entender que o jovem, para permanecer no campo, precisa de boa infraestrutura e de conforto. Hoje já temos jovens nas redes sociais orgulhosos em dizer que são agricultores, até influenciadores estão se tornando. Essa influência tem ajudado a mantê-los no campo, produzindo o que é mais sagrado na nossa vida, o nosso pão de cada dia.  Atualmente a nova geração é ávida por informações, são mais exigentes em conhecimento, em rapidez e de resposta”, acrescentou a palestrante da noite.

Unesc é desenvolvimento

O curso EAD de Gestão de Agronegócios da Unesc Virtual, na visão da palestrante, é o oferecimento de desenvolvimento para a região. “Há pouco tempo, os jovens tinham que sair das suas localidades em busca de conhecimento. Com isto, após capacitados, muitas vezes acabavam se estabelecendo na cidade que estudaram. Assim se perde talentos na região. Na verdade, ninguém quer ir muito longe de onde nasceu, ficar afastados dos familiares. Desta forma, ao ofertar o curso, a Universidade está desempenhando um importante papel, capacitando e mantendo a juventude rural no seu habitat natural”, definiu.

Curriculum

Engenheira agrônoma, Mestre em zootecnia e especialista em produção de ruminantes. É extensionista concursada da Epagri desde 2002. Foi indicada para a presidência da empresa, pelos próprios colegas de trabalho, no governo de Carlos Moisés. Ela é a primeira mulher a assumir a presidência da Epagri/SC, criada em 1991. É natural de Treze Tílias e filha de agricultores 

 

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