“O fortalecimento das universidades comunitárias vai ganhar impulso, por meio do projeto Faculdade Gratuita que está em desenvolvimento pelo Governo do Estado. Trata-se de um projeto público, de incentivo ao ensino superior, direcionado às Universidades Comunitárias, que merecem a sua defesa por diversos fatores, dentre eles, acessibilidade, flexibilidade, inclusão, empregabilidade, e a contribuição para a economia local”. A reflexão é do vereador Zairo Casagrande, durante a aprovação da Moção de Apoio, na sessão ordinária do Legislativo de Criciúma.
A proposição, de autoria de todos os vereadores, foi aprovada por unanimidade na Casa Legislativa criciumense e foi encaminhada, nesta semana, ao Governo do Estado, por meio do Of. Presi 20/2023. No documento, os parlamentares apoiam que os recursos públicos, provenientes das bolsas de estudo do estado de Santa Catarina, sejam destinados às instituições de origem pública, as quais revertem suas receitas em ações, projetos e serviços para o bem da sociedade, contribuindo para o desenvolvimento das regiões, a melhoria da qualidade de vida, inclusão social e construção da cidadania.
“A moção em defesa das Universidades Comunitárias mostra o quanto a representatividade política de Criciúma está unida em torno de uma pauta fundamental como esta. Dentre as razões que justificam o documento destinado ao governador de Santa Catarina, está a oferta de cursos de graduação, pós-graduação, extensão de ensino a distância, em diversas áreas do conhecimento e, que, juntas, correspondem a 30% das vagas oferecidas no ensino superior do estado”, destacou o parlamentar, acrescentando que já se mobiliza para a criação de um Projeto de Lei (PL) que cria o Fórum Parlamentar em defesa das Universidades Comunitárias, com o intuito de promover debates para o fortalecimento do Sistema Acafe e temas relevantes, como a regionalização dos serviços prestados pelas instituições comunitárias.
O documento, assinado por todos os parlamentares, considera a importância das Universidades Comunitárias para o desenvolvimento social e econômico do Estado de Santa Catarina ao longo de sua história, salientando ainda que estas não possuem fins lucrativos, não têm donos e reinvestem tudo o que arrecadam na promoção do Ensino, da Pesquisa e da Extensão, e que trazem retorno direto ao desenvolvimento da sociedade Catarinense.
Para a reitora da Unesc e presidente da Associação Catarinense das Fundações Educacionais (Acafe), Luciane Bisognin Ceretta, é uma satisfação receber o reconhecimento por parte dos vereadores do papel único desempenhado pelas Universidades Comunitárias. “As instituições Comunitárias de Ensino de Santa Catarina atendem mais de 100 mil estudantes, com mais de 10 mil professores extremamente qualificados, mais de sete mil técnicos administrativos envolvidos nas atividades de Ensino, Pesquisa e Extensão, ofertando 710 graduações, 95 mestrados e 41 doutorados. O impacto local de cada uma dessas co-irmãs é visto e sentido por cada um na nossa região e vejo que é por este pertencimento que os vereadores se mobilizaram também na defesa desta causa, que é de todos nós”, destacou.
Para o presidente da Casa, Salésio Lima, o Legislativo criciumense acompanhará de perto todo o desenrolar do projeto. “A Universidade é nossa, da cidade, e olhando todo o trabalho que ela faz, destacado por meio dos dados apresentados pela reitora Luciane aos vereadores, fica evidente que nada mais justo do que estarmos ao lado das Universidades Comunitárias”, avaliou.
Convite
Na última semana, a reitora da Unesc e presidente da Acafe, Luciane Bisognin Ceretta esteve no Legislativo para falar da importância das Universidades Comunitárias e o quanto elas promovem o desenvolvimento da região e do estado, por meio do Ensino, Pesquisa e Extensão.
Ela foi acompanhada pela presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Unesc, Gabriela Minhos, que também fez contribuições à temática.
