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Ambulatório de Fibromialgia da Unesc encerra o ano comemorando com os pacientes a evolução nos tratamentos

Amasf em 2022 realizou mais dois mil atendimentos aos munícipes da Amrec

É hora de esquecer as dores e as lágrimas, relembrar e sorrir com as conquistas alcançadas neste ano de atendimentos do Ambulatório de Atenção à Saúde da Pessoa com Fibromialgia (Amasf). Na tarde desta terça-feira (20/12), os profissionais do Ambulatório e os pacientes em tratamento realizaram o encontro de encerramento do ano com muita emoção, alegria, abraços e esperança.

Foi um momento de agradecimento mútuo pela dedicação e perseverança no alívio das dores invisíveis aos olhos da família e sociedade, mas profundas no corpo de quem as têm. Segundo a paciente Gisele Cunha, portadora de  fibromialgia há 22 anos, falar sobre a  doença é uma coisa muito difícil porque ninguém explica que dor é essa. “Até eu chegar aqui na Universidade, eu não sabia lidar com a dor. Tentei vários tratamentos e nada dava certo, até que um dia chegou uma depressão profunda, três tentativas de suicídio. A Unesc é uma mãe pra nós, é uma mãe que abraça e que ainda enxuga as nossas lágrimas”, explica e continua.

“Chegamos aqui quebradas, em pedacinhos, com o nosso emocional comprometido. A família e a sociedade não acreditam na nossa dor. E quando chegamos aqui somos recebidos de braços abertos pelos profissionais que nos atendem. O tratamento humanizado que recebemos é fundamental e vai no fundo da raiz. Aqui recebemos o amor gratuitamente, não aquele comprado, e esse amor faz toda a diferença para recuperarmos a qualidade de vida” finalizou.

A jornalista Luciane Beloli sofre com a doença há mais de dez anos. Seu tratamento na Unesc foi iniciado em abril deste ano, e desde então sua vida melhorou consideravelmente. “Tudo mudou na minha vida e isso não é demagogia, não é pra puxar saco de ninguém, realmente sou outra pessoa. Desde o acolhimento, lá na primeira consulta que é a triagem, até aqui na confraternização final existe uma troca entre os participantes. Aqui, aprendemos a tratar a dor em casa. O tratamento não acaba aqui. Com as orientações dos profissionais, conquistamos uma qualidade de vida melhor.  Entre nós, usuários do Ambulatório, dizemos que a Unesc é uma mãe, porque são raras as instituições que conseguem fazer o que a Universidade faz por nós, portadores da fibromialgia. Agora eu sei conviver com a doença”, agradeceu.

A jornalista ainda traduziu com suas palavras como a age a fibromialgia no seu corpo. “É uma doença limitante. Ela te prejudica demais e muitas pessoas não entendem o que que é, o que é sentir essa dor, conviver com essa dor. São dores que caminham no meu corpo. São insuportáveis, não são em um só lugar. Tem dia que está nos ombros, nos braços, pescoço, no quadril, nas pernas, nos joelhos, tornozelos. Não dá para comparar a outras dores como: torção, dormir de mal jeito ou  aquela dor simples. É como se estivessem dado várias facadas. É uma muito forte e dolorida. As pessoas às vezes não acreditam. Fiz muitas reportagens sobre a Fibromialgia enquanto jornalista e até eu mesma duvidava e hoje estou pagando a língua. Muitas vezes vezes até um abraço te machuca”, confessou.

Segundo a fisioterapeuta do Amasf, Kalita Silveira Nunes, a tarde é de comemoração.“É um momento legal de harmonia, de contar histórias sobre como foi o ano, como as pacientes evoluíram e como nós evoluímos também. Porque a Fibromialgia é assim, uma troca de experiências, de ensinamentos. Nós aprendemos juntos, porque é uma doença que abrange aspectos psicológicos, sociais, físicos. Atuamos dessa maneira, aprendendo e ensinando”, comentou.

A Amasf da Unesc é um serviço pioneiro e de referência em todo o Brasil. Para um melhor tratamento, o Ambulatório é multiprofissional e conta com sete áreas da saúde, disponibilizando  para o atendimento aos pacientes: psicólogo, farmacêutico, fisioterapeuta, profissional de educação física, odontologista, nutricionista e enfermeiro.  

Em 2022 realizou mais de dois mil atendimentos a pacientes residentes nas cidades que compõem a Associação dos Municípios da Região Mineira (Amrec). Para 2023 existe a possibilidade de oficialização de parcerias que possibilitem o acesso ao serviço também por pacientes encaminhados pelas Unidades Básicas de Saúde da Associação de Municípios do Extremo Sul Catarinense (Amesc) e da Associação de Municípios da Região de Laguna (Amurel). 

 

 

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