Alunos do 8º e 9º ano da Escola de Ensino Fundamental Marechal Rondon, de Criciúma, tiveram uma aula diferente nesta terça-feira (11/10) sobre os povos indígenas. Capitaneada pelo professor pesquisador do Laboratório de Arqueologia Pedro Ignácio Schmitz (Lapis) e do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (PPGCA) da Unesc, Juliano Bitencourt Campos, eles puderam vivenciar as singularidades da arqueologia e da paisagem cultural da região, por meio de fotos e muitas informações.
A ação, que faz parte do projeto de extensão Vivências e Experiências na Comunidade (Vivercom) – Edição Proesde Criciúma 2022 da Unesc, tem como objetivo ampliar as possibilidades de compreensão sobre a arqueologia enquanto uma ciência interdisciplinar que visa o estudo das atividades humanas pré-históricas e históricas.
Para entender com mais facilidade os costumes de alguns povos indígenas que habitaram a região Sul, Campos mostrou fotos e alguns objetos utilizados pelos povos ancestrais catarinenses.
“A arqueologia é uma ciência interdisciplinar, que dialoga com todas as áreas do conhecimento, como a Biologia, História, Geografia, Geologia, e Arquitetura, por exemplo. Ela traz esse entendimento de como a população humana do passado ocupava a região. Desta forma, a arqueologia é um mecanismo para evidenciar que nossa sociedade pautada na esfera científica tem muito a considerar sobre os conhecimentos tradicionais dos povos originários”, explicou Campos.
Para os professores da Escola Municipal, Viviane Campesato e José Gustavo Santos da Silva, que acompanharam a ação, o estudo multidisciplinar e a proposta trazida pelo programa, foram fundamentais para despertar a curiosidade e aprendizado dos estudantes.
“Temos que entender que o aluno precisa estar dentro da sala de aula sim para aprender, mas ele também tem que ter essa visão geral do contexto do lado de fora para o seu desenvolvimento e também para ter uma dimensão de qual profissão quer para o futuro. Essa palestra veio contribuir muito para isso”, disse Viviane.
Experiência na prática
A acadêmica do curso de História da Unesc, Estefani de Oliveira Serafim, é bolsista do programa e relatou que estar inserida no projeto é uma experiência gratificante, pois aproxima cada vez mais da realidade de estar em uma sala de aula.
“Dentro das disciplinas de História, a gente tem noção do que é ser professor e do que é levar o conteúdo da sala de aula. E quando temos a oportunidade de sair da sala de aula, de sentirmos a realidade de outras instituições e, desta forma obter dinâmicas de levar o conteúdo, é enriquecedor”, descreveu.
Aula prática
Depois da explanação, os alunos foram instigados a pensar e descobrir ainda mais sobre os povos indígenas. Enquanto alguns ficaram em uma das salas de aula fazendo desenhos que retratavam a arte rupestre, outros foram convidados a utilizar a tecnologia a favor da informação. “Por meio do QR Code, eles conheceram um pouco mais da história dos povos originários. Jogos de videogame também foram apresentados como forma de unir diversão e conhecimento”, finalizou o professor da Unesc.
A mesma ação ocorrerá na Escola de Educação Básica Rubens de Arruda Ramos, no bairro Jardim Maristela, em Criciúma, na sexta-feira (14/10).
Vivercom
O projeto Vivercom edição Proesde Criciúma 2022 tem o intuito de contribuir com o desenvolvimento regional, buscando a garantia da interdisciplinaridade, da interação entre a Universidade e a sociedade, da qualidade e do impacto das ações de extensão, reforçando a missão da Universidade diante da realidade social.
Tem por finalidade desenvolver atividades de extensão universitária, estimulando o desenvolvimento regional, nos seus diferentes aspectos, com inclusão social, por meio de ações que contribuam para atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030.
Por meio de intervenções de extensão, os acadêmicos bolsistas do Proesde ampliam suas competências já desenvolvidas por meio do ensino e da pesquisa, aproximando-se da realidade social e cultural de nosso estado e, consequentemente, do país.
As ações de intervenção do projeto estão conectadas às três dimensões dos ODS quais sejam: social, ambiental e econômica e atingirão três espécies de público: infantil, juvenil e adulto.