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Autoestima é tema de palestra com ostomizados

Encontros como esse são apontados como divisores de águas na vida dos pacientes e familiares (Foto: Dani Savi)

Pacientes que fazem parte do Programa de Atenção à Saúde da Pessoa Ostomizadada da Unesc, projeto realizado em parceria com a Prefeitura Municipal de Criciúma, participaram, na tarde desta segunda-feira (03/10), de mais um encontro produtivo. Desta vez com a palestra do filósofo especializado em linguagem, Max Agn, que abordou o tema “A vida é mais interessante que a ficção”. O encontro ocorreu no miniauditório da Universidade e contou com a presença de familiares.

Com foco na autoestima e aumento do potencial pessoal, o palestrante falou sobre o autocuidado, mostrou fotos e trouxe muitas reflexões aos participantes, vindos de diferentes municípios. O tema foi abordado com foco na condição dos pacientes ostomizados, que são pessoas que precisaram passar por intervenção cirúrgica para fazer uma abertura ou caminho alternativo de comunicação com o meio exterior, para saída de fezes ou urina, assim como auxiliar na respiração ou na alimentação. 

“Estar em um grupo é fascinante e integrar-se é melhor ainda. Integre-se, olhe-se, sorria, viva às suas expectativas e seja o exemplo. O maior exemplo de vocês são vocês. A história de vida de vocês pode mudar a vida de alguém”, enfatizou o palestrante, salientando que o corpo feliz responde mais rápido à cura.

 

Troca de experiências 

Usando a bolsa coletora há seis meses, Joanita Marques Girelli, 67 anos, participou do encontro ao lado da filha e esteve atenta à palestra. Ela passou por uma estomia e a partir daí começou a usar o saco coletor que recebe as fezes. “Encontramos o acalento na Unesc. Aqui fiquei sabendo da entrega da bolsa coletora e que tem profissionais para dar todo o suporte. Fizemos avaliação e pegamos todos os equipamentos que ela precisa”, contou a filha Carina Girelli. 

Segundo ela, esses encontros estão sendo fundamentais para a sua autoestima. “É um momento de aprender mais e de trocar experiencias”, disse Carina.

Clodoaldo Valentin Fernandes, 60 anos, também é paciente e convive há 35 anos com a bolsa coletora. “Comecei a usar quando tinha 25 anos sem entender ao certo como funcionava, mas depois de oito meses voltei ao trabalho e a minha rotina. Fiquei viúvo, casei novamente e tivemos um filho. Hoje sou aposentado e sempre participo dos encontros. Acho fundamental, pois ajuda a manter a nossa autoestima”, reforçou.

Para a presidente da Associação dos Ostomizados de Criciúma, Marlene Ávila de Souza, 66 anos, é gratificante participar desses encontros. “Mostramos, com esses eventos, que a ostomia é um recomeço. A minha vida não mudou por causa disso. Eu uso duas bolsas coletoras. Claro que no início não foi fácil, mas ao mesmo tempo conseguimos superar”, sublinhou ela, que é ostomizada há 18 anos.

A coordenadora das Clínicas Integradas da Universidade, Carine Cardoso, também participou do encontro, bem como o enfermeiro Vanderson Luiz Teixeira da Silva, que atua no Centro Especializado em Reabilitação (CER) da Unesc.

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