
A abertura oficial do segundo semestre do curso de Enfermagem, realizada na noite de segunda-feira (20/09), no auditório Ruy Hulse, tratou sobre dois assuntos em alta na categoria profissional: o piso salarial e o protagonismo na profissão. Para falar sobre os dois temas, a coordenação do curso convidou o presidente licenciado do Conselho Regional de Enfermagem de SC (Corem), Gelson Albuquerque e a enfermeira responsável técnica da Secretaria de Saúde de Florianópolis, Elisimara Ferreira Siqueira.
A aula foi preparada para motivar os acadêmicos com relação à profissão que escolheram, segundo a coordenadora Paula Ioppi Zugno. “Queremos que os estudantes compreendam sobre a cientificidade e a importância do protagonismo na função e fiquem a par de como anda a situação do piso da categoria”, explicou.
O primeiro palestrante, Gelson Albuquerque, presidente licenciado do Corem/SC, abordou a Lei nº 14.434/2022. “Essa Lei é a que institui o piso nacional salarial para enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, recentemente suspensa por 60 dias, em decisão do ministro do Superior Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, acompanhado pela maioria dos ministros por sete votos a quatro. Mostro aos colegas de profissão e aos estudantes neste encontro, que não há inconstitucionalidade nenhuma, não há ilegalidade nenhuma. A nossa Lei tem que ser aplicada e a gente espera que seja, obviamente, com a pressão que nós estamos fazendo. Na próxima quarta-feira (21/9), faremos o Dia Nacional de Luta. Esperamos que o STF reveja a sua decisão”, comentou.
Já a enfermeira e responsável técnica pela Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis, Elisimara Ferreira Siqueira, usou a tribuna para falar sobre o protagonismo do profissional de enfermagem. “Trago para esta aula inaugural a cientificidade da profissão, sobretudo de como nos colocamos nos diversos espaços de atuação.Trato sobre esse complexo de vira-lata que às vezes atinge o brasileiro, que às vezes atinge a enfermagem e que temos que superar. Abolir essa ideia de que somos menores ou inferiores. Somos diferentes, únicos. Abordo também a importância do profissional de enfermagem dentro da rede de saúde, mas, sobretudo, a autonomia que o enfermeiro tem que ter e como é importante que o enfermeiro autônomo, seja empoderado para fazer a diferença na vida das pessoas”, pontuou.
Enfermeira e atualmente reitora da Unesc, Luciane Bisognin Ceretta, fez questão de dar o seu recado aos acadêmicos do curso. “Que todos nós tenhamos melhores espaços para trabalhar e não me refiro só ao piso salarial. Falo das condições de respeito no ambiente de trabalho e da não subserviência, que é uma das bandeiras que levanto ao longo da minha caminhada. Todos aqui estão sendo formados para serem protagonistas, atores de suas histórias e dos lugares onde trabalharem”, enalteceu.
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