O reconhecimento à qualidade dos estudos realizados pela Unesc a colocou mais uma vez no comando de uma pesquisa internacional. No ranking da plataforma internacional Research.com, que reúne os cientistas e universidades mais citados do mundo, a instituição apontou três professores doutores em evidência, Felipe Dal Pizzol, Samira Valvassori e Gislaine Zilli Réus, do Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) da instituição. O resultado disso coloca a Unesc na 9ª colocação como a Universidade mais citada do país na área de neurociência e na 441ª colocação a nível mundial. Além disso, a instituição figura em 1° lugar no estado entre as universidades não estatais.
“Na Unesc, a pesquisa é um dos pilares de sustentação, junto ao ensino e a extensão. Temos excelentes profissionais atuando e transferindo muitas experiências, levando a nossa Universidade Comunitária a excelentes patamares. A Universidade, ao longo dos anos, tem investido em ciência e pesquisa como uma das importantes estratégias para promover o desenvolvimento e melhorar a vida das pessoas, e tem, por isso, grandes pesquisadores. Estamos imensamente felizes”, enaltece a reitora Luciane Bisognin Ceretta.
A posição no ranking é baseada no índice H de cada cientista usando dados compilados do Microsoft Academic Graph, que é o banco de dados bibliométrico mais proeminente e bem estabelecido desse tipo disponível para a comunidade científica.
Esta é a primeira edição do ranking de top cientistas publicado pela plataforma, um dos maiores websites sobre pesquisa, oferecendo dados confiáveis sobre contribuições científicas desde 2014. Este ranking, conforme a pesquisadora Samira, oferece uma lista transparente dos principais cientistas de diversas áreas, baseada em uma análise meticulosa dos 166.880 cientistas do Microsoft Academic Graph e do Google Scholar.
“O ranking contém o fator H do pesquisador, que reflete a quantidade de publicações e citações de cada pesquisador para o meio acadêmico, além de ser fundamental para o reconhecimento dos pesquisadores mais importantes das mais diversas áreas, tanto dentro do seu país quanto no mundo. Ficamos muito felizes com o reconhecimento”, diz.
Samira coordena o grupo de pesquisa em transtorno bipolar, do Laboratório de Psiquiatria Translacional da Universidade. Atuando há 20 anos na pesquisa pré-clínica com animais experimentais e na pesquisa clínica com pacientes, o grupo, o primeiro no mundo que conseguiu desenvolver um modelo animal de transtorno bipolar, em que um mesmo animal apresenta comportamentos do tipo depressivos e do tipo maníaco, visa entender aspectos da fisiopatologia do transtorno e testar novos fármacos.
“Na parte pré-clínica buscamos testar substâncias com potencial estabilizador de humor. Já com pacientes, buscamos entender como as alterações a nível celular e comportamental se interligam. Estudos mostram que existe uma progressão da doença, o que acarreta no agravamento dos episódios de humor”, analisa Samira.
Atuando na área há mais de 15 anos, conforme Gislaine, foi uma imensa alegria estar na lista dos cientistas destaques. “Atuo como pesquisadora porque amo estudar, descobrir novos caminhos e orientar meus alunos. Ser reconhecida é muito bom. Mostra que estamos no caminho certo, que o que estamos fazendo é importante e pode inspirar jovens cientistas na nossa Universidade. A Unesc e o Laboratório de Psiquiatria Translacional sempre foram incentivadores e inspiradores para eu seguir a paixão pela pesquisa. Sou muito grata por todas as oportunidades que tive aqui”, comenta. Atualmente, Gislaine atua na pesquisa em torno da depressão, sua fisiopatologia, comorbidades e oportunidades terapêuticas.
Prêmios
A plataforma Research.com também considerou as contribuições dos pesquisadores para a área, prêmios e fomentos. Todo esse reconhecimento elencado pelas professoras, também é motivo de orgulho para Dal Pizzol.
“O ranking é importante porque usa, principalmente, o fator H para ranquear os pesquisadores. O fator leva em conta quantas vezes o trabalho da pessoa é citado por outros pesquisadores, o que mostra a influência na comunidade científica. Ficar na lista já é importante. São somente 46 brasileiros na área da Medicina. Também foi bem importante porque reconheceu outras professoras do Programa de Pós-Graduação e a Universidade em duas áreas de pesquisa”, analisa.
Felipe foi destacado em setembro do ano passado, no ranking dos pesquisadores mais influentes da América Latina apurado no AD Scientific Index, um sistema internacional de aferição da produção científica. Ele apareceu em 102º lugar entre os pesquisadores do Brasil e em 138º entre os latino americanos. Ainda em 2021, garantiu a terceira colocação entre os principais cientistas do Brasil na categoria Pesquisador Destaque/Ciências da Vida no prêmio que é uma referência nacional.