Os aproximadamente sete mil e quinhentos moradores da antiga Freguesia de Araranguá, ou Distrito de Morretes e atualmente Maracajá, terão uma semana para deixar o papo de futebol, política e variedades de lado, para conversar sobre o que eles querem para alavancar o desenvolvimento do município.
Na noite chuvosa de sexta-feira (24/06), no Centro Comunitário da Vila Beatriz, os técnicos da Unesc, do Sebrae/SC e da prefeitura, lançaram para a população, o desafio da construção de um Plano de Desenvolvimento para Maracajá, visando os próximos dez anos.
Já na próxima semana, no dia 1º de julho, às 14 horas, acontecerá o workshop, com os atuais gestores e com os moradores inscritos, interessados em contribuir em uma estratégia viável, construída por todos, com o objetivo de alavancar o progresso do município nos mais diversos setores.
O integrante do Observatório de Desenvolvimento Socioeconômico da Universidade, Douglas Leffa Pirola, explicou aos presentes a metodologia a ser utilizada na confecção do Plano, através da consulta pública e, depois, pelo encontro virtual a ser realizado através do Google Meet.
O morador Leosmar Roque da Silva, acompanhando de perto o lançamento do Plano de Desenvolvimento para Maracajá, confia que será muito bom para todos e deu a sua contribuição: “Estamos precisando da instalação de mais empresas que possam oferecer empregos para a população. Investir no turismo também é uma boa opção. Precisamos de trabalho”, elencou sua prioridade.
Para o presidente da Câmara Municipal, Rodrigo Xavier da Silva, a cidade está em um ponto estratégico, muito próximo da BR 101. “Temos que aproveitar este corredor para divulgar ainda mais o nosso município. O nosso parque ecológico é muito importante para nós e um excelente atrativo turístico. Estamos aqui presentes para firmarmos o compromisso de que também queremos, nós vereadores, participar e contribuir com este documento que será de fundamental importância para o crescimento da nossa cidade”, comentou.
O prefeito Anibal Brambila, elogiou a iniciativa da Unesc e do Sebrae, em elaborar um plano estratégico para os municípios. “Às vezes não temos condições de preparar um planejamento técnico com qualidade. Isso faz muito falta para os municípios, para a nossa Região e para Santa Catarina. Temos muito potencial para melhorar ainda mais a nossa Maracajá. De Norte a Sul estamos numa boa posição, somos a porta de entrada do Extremo Sul catarinense. Aqui nós temos o Parque Ecológico que é uma referência para nós, uma agricultura forte com o cultivo do arroz e do fumo e um importante parque industrial voltado para a cerâmica e vestuário. Mas, mesmo assim, tem muitas coisas que podemos realizar nos próximos dez anos para o nosso desenvolvimento”, refletiu.
Representando a reitora Luciane Bisognin Ceretta, a coordenadora dos trabalhos do Plano de Desenvolvimento para a Amesc, pró-reitora de Planejamento e Desenvolvimento Institucional da Universidade, Gisele Coelho Lopes, destacou o importante momento que a região está passando, propício para se pensar no que quere para o futuro. “É um movimento inédito este que estamos realizando no Brasil. Mobilizar a força viva da sociedade para pensar no futuro, de forma conjunta, sobre como enxergamos Maracajá daqui a dez anos. Eu não vejo uma região desenvolvida, sem a participação das pessoas e a nossa metodologia propõe um forte engajamento da sociedade, para fazer com que elas, de maneira conjunta, pensem no que é importante e relevante para o futuro do município”, pontuou.
Desenvolvimento Sustentável
A pró-reitora ainda comentou ainda sobre as diretrizes da Organização das Nações Unidas, voltadas para os 17 objetivos do desenvolvimento sustentável. “Temos que incluir as pessoas na produção de novas riquezas. Então, acredito que a gente está no melhor momento para poder ampliar o nosso olhar e dizer: é o momento de enxergar o futuro de uma forma mais responsável, sustentável com o uso seguro dos recursos, para que possamos viver melhor”, concluiu.
Galeria de Fotos
