O aprendizado da Língua Brasileira de Sinais (Libras) é fundamental para o desenvolvimento no aspecto social e econômico e contribui no processo de eliminação de barreiras de comunicação, além de oportunizar conhecimento melhor à comunidade surda. Pensando nisso, a Unesc, por meio do Setor de Apoio Multifuncional de Aprendizagem (Sama), promove diversas ações como forma de expandir cada vez mais as políticas de inclusão, garantindo um espaço na promoção do ensino, da pesquisa e da extensão. Uma delas, é o curso de Libras para os colaboradores, ministrado por intérpretes do Setor, que trabalha exclusivamente com a inclusão e a acessibilidade de acadêmicos.
Conforme a coordenadora do Sama, Zelia Medeiros Silveira, o objetivo da atividade é promover a inclusão dos estudantes com deficiência, respeitando as diferenças individuais e possibilitando a permanência com sucesso, contribuindo com a formação profissional e humana.
“O acadêmico é muito bem-vindo e acolhido e, para isso, realizamos diversas atividades que atendam às necessidades. É uma maneira de pensar em todas as formas que os possibilitem estar e permanecer no ambiente acadêmico. O curso de Libras para os funcionários é uma dessas ações, pois os capacita para atender adequadamente o público surdo e entender melhor as necessidades”, enfatizou ela.
Para a funcionária da Central de Atendimento ao Acadêmico (Centac), Heloísa Martins Florenço, é importante que a Universidade esteja sempre envolvida em todo processo de inclusão. “Aprender a língua é evoluir pessoalmente e profissionalmente. Participar dessa capacitação é muito importante porque nós temos muitos acadêmicos surdos no campus e é frustrante não conseguirmos ter uma comunicação direta com eles. Para mim, para a própria formação, e para o meu trabalho dentro da Unesc, é gratificante e importante. É uma oportunidade também de aprimorarmos e termos mais conhecimento e uma melhor comunicação”, destacou.
De acordo com o intérprete de Libras, Jonathan Henrique da Costa Dal Bosco, a didática foi bem pensada no sentido que haja interação dos atendentes e possam se comunicar com o surdo na Universidade. Divididos em grupos eles utilizaram-se da prática do atendimento. “Cada semana é uma didática diferente com foco no atendimento e acolhimento. Os surdos ficam muito felizes porque percebem que as pessoas querem aprender e a Universidade está de portas abertas para isso”, mencionou. 
Duas turmas fazem parte da capacitação que conta com a parceria do Departamento de Desenvolvimento Humano (DDH) da Universidade. O término do curso da primeira turma está previsto para setembro. Já o encerramento da segunda turma está programado para o mês de outubro.
Inclusão
A Libras foi criada para promover a inclusão social de deficientes auditivos. Em 2022 foi reconhecida pela Lei nº 10.436 como uma das línguas oficiais do país. O que a diferencia das demais é que no lugar do som, utiliza os gestos como meio de comunicação, marcados por movimentos específicos realizados com as mãos e combinados com expressões corporais e faciais.
