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Especialista dá aula no evento de lançamento do curso de Pós-Graduação em Acupuntura da Unesc

Palestra ocorreu na noite desta segunda-feira (11/04) com a presença de alunos, profissionais da área e comunidade em geral (Fotos: Daniela Savi/AgeCom/Unesc)

A “História e Evolução da Acupuntura e os Desafios para os Nossos Dias” foi o tema da palestra do acupunturista pela World Federation of Acupunture Societies, Marcelo Fabián Oliva. A atividade faz parte do lançamento do curso de Pós-Graduação em Acupuntura da Unesc, que conta com a parceria do Centro Integrado de Estudos e Pesquisas do Homem (Cieph). O evento, que teve transmissão ao vivo pelo Youtube da Unesc TV ocorreu no Auditório Ruy Hulse, na Universidade, com a presença de alunos e comunidade em geral.

A técnica, conforme a coordenadora do curso de pós-graduação em Acupuntura, Flávia Rigo, é uma das 29 práticas integrativas preconizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “Dentro da rede municipal tem uma busca cada vez maior por implantar essas práticas integrativas. Ela visa um olhar mais integrado do ser humano. Sabendo disso, nossa Pós-Graduação, entre Porto Alegre e Florianópolis, é a única 100% presencial e traz como um dos grandes diferenciais as horas de estágio”, comentou.

Mágada Tessmann, representante da reitoria no evento, enfatizou a satisfação da parceria da Unesc com o Cieph e reforçou que a especialização ofertada é multiprofissional. “Sempre buscamos bons parceiros renomados para que os títulos construídos aqui sejam os melhores. Ficamos muito felizes de a Acupuntura ser uma das terapias complementares a serem oferecidas pela Unesc em parceria com o Cieph”, ressaltou.

A especialização é uma das novidades deste ano da Universidade, que procura atender a crescente procura de especialistas para a área, possibilitando a expansão do atendimento educacional e clínico dos problemas de saúde. O curso tem carga horária de 1.260 horas, sendo 525 horas de estágio supervisionado com duração de aproximadamente dois anos e quatro meses.

Dentro da grade de conteúdos prevista está o domínio teórico e prático, específicos e relativos à acupuntura, com o objetivo de permitir ao acupunturista planejar, diagnosticar as dificuldades de saúde, acompanhar o processo e intervir nos métodos normais e patológicos da saúde.

 

Conhecimento sobre a terapia milenar

O palestrante trouxe um pouco da história, de técnica, da filosofia, dos mitos e das questões legais acerca da abordagem. A acupuntura é uma terapia milenar de origem chinesa, que consiste na aplicação de agulhas bem finas, em pontos específicos do corpo. Intuito é melhorar a imunidade e ajudar no tratamento de problemas emocionais e físicos, como sinusite, asma, enxaqueca, artrite, entre outras. “A partir do momento em que começa a se padronizar e descobrir a existência desses canais, começa-se a descobrir também a segunda teoria da medicina tradicional chinesa que é a teoria dos pontos”, enumerou o palestrante.

Conforme ele, o fato é que foram padronizados canais de energia e, inicialmente, 360 pontos ao longo do corpo que fazem ou provocam mudanças internas gerando uma movimentação e um melhoramento do fluxo de energia. “Temos algum tipo de energia que circula pelo corpo todo que está vinculada com membros e órgãos internos, que interliga todo o organismo e que se sabermos mexer com ela, podemos realmente ajudar na recuperação e na cura de quase todas as doenças”, disse Oliva.

A palavra acupuntura vem do neologismo latino das palavras Acus (agulha) e Puntura (picada). Esse nome foi atribuído por monges jesuítas que ao irem para a China entraram em contato com uma técnica conhecida pelo nome chinês: Zheng Jiu Da Cheng. “Na verdade, a tradução deste nome seria a arte de curar através das agulhas e das moxas”, comentou o palestrante.

Segundo ele, a Medicina Tradicional Chinesa (MTC) tem uma história muito antiga e rica e é a terceira forma de medicina mais antiga. “O fato da MTC existir a milhares de anos e ainda ser usada nos dias de hoje é uma prova do seu valor como forma de tratamento. Foi pouco desenvolvida em outras civilizações do mundo, essencialmente devido ao isolamento da China. Contudo, com a abertura da China, em 1972, a MTC começou a espalhar-se pelo Ocidente”, relatou.

O supervisor do setor de pós-graduação Latu Sensu, Marlon Gonçalves Zilli, também acompanhou o evento.

 

Confira o evento completo:

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