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Geral

Lixo, o vilão dos oceanos

Foto: Marina Larina/Adobe Stock

Um grande oceano separa Brasil e Portugal. Um oceano que, infelizmente, vem sofrendo o impacto da ação humana. Mas por que falar destes dois países agora? E em que contexto a poluição dos mares se encaixa? Tudo isso porque a Unesc e o Instituto Politécnico de Lisboa (IPL), de Portugal, realizaram o “Seminário de Celebração do Dia Mundial da Água”.

Os impactos ocasionados pelo lixo que chega ao grande oceano foram detalhados por um dos oradores, o professor do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Socioeconômico (PPGDS), da Unesc, Rodrigo Machado.

Para começar, ele apresentou um dado não muito agradável: o lixo marinho está em todos os oceanos, de ambientes costeiros a oceanos aberto, da superfície até as profundezas do mar. “O lixo marinho é definido como qualquer material sólido manufaturado, processado descartado ou que chegou ao ambiente marinho e pode ser plástico, madeira, metal, vidro, borracha, roupas, papel”, fala.

Outra informação destacada pelo professor é que 80% deste lixo marinho é produzido em terra firme. De todos os rejeitos, um se sobressai: o plástico. “Cerca de 70% do lixo marinho é composto por plástico. Ele é um dos vilões neste contexto da poluição marinha. Desde quando ele ganhou força, na década de 1950, se mostrou útil, utilizado de várias formas, com durabilidade, leveza e bom preço, tudo isso fez com que ele seja bastante utilizado. Entre 1950 e 2017, 9,2 bilhões de toneladas de plástico foram produzidas no mundo. Em 2019, somente a Europa fabricou 57,9 milhões de toneladas de plástico”, revela Machado.

O professor salienta também que há muito lixo acumulado nas regiões costeiras, principalmente da América do Sul e da África. “Temos um grupo de alunos que trabalha com esta questão, principalmente no impacto deste lixo com a fauna. Também fizemos a análise do impacto deste lixo na atividade pesqueira”, diz.

O evento que teve o professor da Unesc como palestrante faz parte do processo de internacionalização do PPGDS. Além dele, a professora do Instituto Politécnico de Lisboa (ISEL), Ana Maria Barreiros e o representante da Águas de Portugal, Duarte Veiga da Cunha, também apresentaram temas relacionado à água durante o seminário que ocorreu de forma remota.

Entre as consequências geradas pelo lixo à fauna estão ingestão,  ambiental e incrustação.

Mais que impacto ambiental

Além do impacto ambiental, o excesso de lixo nos oceanos também cria uma crise socioeconômica, pois prejudicam aqueles que dependem da pesca para sobreviver.  “Monitoramos e quantificamos o lixo encontrado e os peixes encontrados. O lixo capturado nas redes de pesca pode reduzir a área de captura potencial de recursos, reduzir o tempo gasto na pesca para limpar a rede, rompimento parcial das redes, prejuízo econômico dos pescadores. Impactos como estes têm sido relatados em diferentes pescarias ao redor do mundo”, comenta.

Ainda sobre estes impactos, o professor Rodrigo Machado cita o trabalho de conclusão de curso do aluno Leonardo Martins Pinheiro, que fez um levantamento dos resíduos coletados no mar e levou ao conhecimento dos pescadores.

Conscientização

Como forma de conscientização, alunos do curso de Ciências Biológicas da Unesc levaram à Praça Nereu Ramos neste Dia da Água, a exposição “Lixo Ingerido por Mamíferos Marinhos no Sul do Brasil”. “É importante levar isso à população. As principais formas de solucionar isso é a redução drástica do consumo, não devemos mais usar copo plástico e sacolas plásticas. Precisamos trabalhar isso, pois traz prejuízo ambiental e econômico muito grande”, pontua.

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