
O Curso de Design realizou na noite desta sexta-feira (18/2) mais uma singela homenagem em memória à egressa Danielle dos Santos Oliveira. Agora, em frente ao Ipê amarelo plantado há dois anos junto ao Centro de Design há uma uma placa em memória da estudante.
O evento marca a passagem da data em que Danielle celebraria o 26º aniversário, neste sábado(19/02). Para a pró-reitora Acadêmica, Indianara Reynaud Toreti, o ato é o reconhecimento a alguém que deixou um legado na Universidade. “A Unesc é feita de pessoas. A Universidade tem prédios, tem projetos, mas o grande legado e o grande propósito dela são as pessoas. Cada um que passou por aqui, nesses 53 anos, deixou um pedacinho, deixou uma contribuição para nossa Universidade e a Danielle plantou aqui a sua marca. Ela foi especial para a Unesc, para os amigos de curso e professores. Então, nós ficamos felizes pela sensibilidade de todos que conviveram com ela, para relembrar a sua passagem por aqui”, comentou.
Conforme o professor e coordenador do curso, João Luis Silva Rieth, a egressa sempre será lembrada com carinho na Universidade. “Plantamos a árvore em homenagem a ela como uma forma de tê-la sempre conosco. É um ato simbólico, mas a árvore representa a vida. Quando este ipê florescer, será radiante como a Danielle. Ela foi uma aluna exemplar, muito delicada. Uma aluna conciliadora junto dos seus colegas, muito doce no trato com todos. Foi uma guerreira e levou o curso até o final, mesmo com as dificuldades que ela apresentava no seu TCC. Lembro-me muito bem do dia da formatura, no qual estava muito feliz, muito radiante pela conquista. Nos deixou um belo legado”, contou
A colega de curso e amiga Patrícia Frasseto, falou em nome dos demais alunos da classe no ato de homenagem. “Falar da Dani é como pensar em uma personagem de ficção de filme, ou comparar a Alice no país das maravilhas. Bem deste jeitinho! Ela parecia não enxergar a escuridão e o peso do mundo, somente o lado colorido e bom. Ela amava os animais, amava a leveza e ingenuidade deles. Sutileza e meiguice marcaram seu jeito único. Seu gosto por filmes de princesa e romance deixou na memória de muitos de nós a imagem da Branca de Neve vestida como princesa dormindo. Com lábios volumosos e batom vermelho, pele branca e cabelos negros, saia de renda com flores bordadas e sapatilha de cristal. Alguém consegue ouvir isso e não imaginar a perfeição deste ser? Não né! Pois então, hoje este é o nosso vazio”, desabafou.
A mãe da Daniella, Eliedi dos Santos de Oliveira, estava pela primeira vez junto ao ipê em memória a sua filha. “Foi uma homenagem muito bonita, muito emocionante. Não imaginava que seria prestada para ela. Fico feliz em seu nome, por saber que era tão especial, não só para mim mas, especial para tantas outras pessoas. Foi muito emocionante mesmo. É a primeira vez que estou aqui em frente a esta árvore. Fico muito emocionada. Espero poder vir mais vezes e fazer daqui um ponto de conexão com a minha filha, ainda mais ela que sempre amou a Unesc”, relatou.
Quem foi Danielle
“Danielle Santos de Oliveira, nascida em 19 de fevereiro de 1996, filha de José Altivo de Oliveira e Eliedi dos Santos de Oliveira e irmã de Rodrigo dos Santos de Oliveira.
Morou em Terra de Areia durante toda sua infância e no ano de 2014 mudou-se para a cidade de Criciúma para dar início a sua faculdade. Formou-se em Design de Produtos na Unesc em março de 2019.
Dani, como era carinhosamente chamada, era muito próxima de sua mãe, grande incentivadora para buscar novas experiências e ser dedicada em tudo que escolhesse fazer. As duas eram companheiras para tudo. Eram mãe e filha, mas também eram amigas e confidentes. Dani tinha uma visão da vida que todas as pessoas deviam ter. Ela sempre dizia que tínhamos obrigação de viver a vida do melhor jeito possível, porque nosso tempo aqui era um presente, porém era curto e passageiro.
Ela respeitava cada ser humano do seu jeito e, sempre que via injustiça, ficava triste e revoltada. Apesar de aparentar ser delicada e inocente, nunca teve medo de nada, era cheia de força e determinação. Quando descobriu a doença que acometia, todos que estavam próximos ficaram apavorados enquanto ela se manteve calma e dizia que aquilo só fazia ela querer aproveitar ainda mais sua vida. Em nenhum momento chorou ou reclamou do que estava passando e não queria que ninguém chorasse por ela.
Os 23 anos foram muito pouco para ela viver tudo que queria, mas foi muito feliz e muito amada por todos que a conheceram. Faleceu em 8 de dezembro de 2019.”
Então, a adanielle, deixou a semente que plantou em seus 23 anos, só com exemplos de gratidão, esforço, carinho e meiguice.
Dá impressão que ela estava preparada para tudo, mas com leveza apesar da dor e ciente do que estava acontecendo.
Ficando em nosso pensamento as atitudes deixadas por ela, como nunca desistir, mesmo pela trajetória anunciada, até o dia de sua partida!
Eternamente, amiga Danielle.