Um local para a reflexão, para a palavra amiga, para o conforto e para o consolo. É o que almeja oferecer a Unesc com a criação de uma Capelania Ecumênica dentro do campus. As tratativas para a realização do projeto, iniciaram ainda no final do ano passado com o bispo da Diocese de Criciúma, Dom Jacinto Inácio Flach e, nesta sexta-feira (4/2), a reitora Luciane Bisognin Ceretta recebeu o padre Joel Sávio para apresentar a proposta do projeto arquitetônico. Também participou da reunião, o Deputado Federal, Ricardo Guidi, que já sinalizou apoio à obra.
“A ideia surgiu de uma demanda muito forte, vinda da própria comunidade acadêmica. O momento adverso em que estamos passando, fruto de uma pandemia jamais projetada, exige investimentos em saúde mental e a espiritualidade faz parte deste processo”, explicou a reitora. A implantação da Capelania na Universidade vem ao encontro, também, com a premissa de um lugar para ampliação de conhecimentos por intermédio de palestras, dinâmicas e conversas.
“A Unesc, por ser comunitária, é muito mais completa. Aqui tem enfoque ambiental, social, saúde, entre outras áreas. O diferencial da Unesc é esse. Não é só educação é uma preocupação em dar retorno para toda a região”, enalteceu o deputado.
Um espaço dentro do campus está sendo analisado para receber a nova estrutura. O espaço terá foco na conexão com respeito e fortalecimento do amor ao próximo, abrindo as portas de um espaço de fé independente de crenças religiosas.
Duas propostas iniciais de projetos arquitetônicos, executados pelo Departamento de Projetos e Infraestrutura (DPI), foram apresentadas pela diretora de Extensão Cultura e Ações Comunitárias, Fernanda Sônego. “Será uma espécie de hospital espiritual, por todo o momento em que estamos passando, para profetizar a fé e o amor e para que possamos sair renovados no dia a dia”, enfatizou.
Entre os próximos passos do projeto está a apresentação a lideranças religiosas de outras crenças na região.
Dom Jacinto enaltece a importância do fortalecimento espiritual
Dom Jacinto enalteceu a grandiosidade da Unesc e demonstrou encantamento por tudo o que a Universidade proporciona. Ele lembrou que este é o momento certo para a implantação da Capelania, pois a pandemia de Covid-19 mostrou que o ser humano está passando por grandes dificuldades e sofrimentos.
“Muitos estão carentes, e falta quem estenda a mão, acolha e ajude. Queremos oferecer também o nosso trabalho, junto com as outras religiões para ir ao encontro do ser humano. Aqui tem muitos estudantes, funcionários, professores. Todos eles são seres humanos com necessidade e que precisam muitas vezes encontrar um ombro, um colo para serem acolhidos como seres humanos”, enfatiza o bispo.
Para o bispo, fé e razão precisam caminhar lado a lado. “O ser humano de corpo e alma, fé e razão tem que caminhar juntos, onde a ciência e a fé podem caminhar unidos se formos pessoas que acreditam nisso. E eu acredito nisso, pois sabemos que vai ajudar milhares de pessoas”, completa.
A reitora e o bispo ressaltaram a importância do envolvimento de todas as religiões, mantendo o espaço permanentemente franqueado às mais diversas denominações, em respeito à pluralidade que se destaca no ambiente da Universidade. “Ficou evidente, também, que a Capelania terá um papel social e de acolhida semelhante a muitos projetos de extensão que a Unesc realiza no cotidiano, nas comunidades, em prol da população, em especial a mais vulnerável”, finalizou a reitora.