O Miguel, o Gabriel, o Isaac e a mamãe Letícia ficaram vidrados em frente ao computador nesta semana. Eles assistiram ao vivo a Cerimônia de Colação de Grau Especial que concedeu ao papai Fabiano Pereira de Melo Miranda Monteiro o título de bacharel em Direito. Ele vestiu a toga, teve o capelo, o tradicional chapéu de formatura, colocado sob a sua cabeça, posou para fotos e recebeu o sonhado canudo que representa seu certificado de conclusão. Nesta solenidade os quatro integrantes da família deram juntos, mesmo que separados fisicamente, um grande passo.
Por conta da doença autoimune de um dos filhos e da inexistência de outros familiares na região, Fabiano compareceu sozinho ao Auditório Ruy Hülse para participar do momento solene. Com os pais já falecidos há muito tempo, o pai antes mesmo que pudesse conhecer, o bacharel tem uma trajetória de lutas desde a infância e adolescência, quando chegou, também sozinho, em Criciúma.
Por ironia do destino, acaso, poder do pensamento, energias positivas ou decisão divina, como cada um prefere acreditar, foi também no campus, que há mais de dez anos ele encontrou a oportunidade de receber um ensino de excelência e vislumbrar a formação acadêmica. “Eu cheguei em Criciúma e consegui uma bolsa de estudos no Colégio Unesc para terminar meu Ensino Médio. Tenho muito orgulho de ter estudado aqui naquela época e hoje estar aqui de novo para realizar o sonho de me formar mais uma vez, desta vez na graduação, algo que sempre desejei e que por inúmeros motivos foi adiado por alguns anos”, comentou.
A história de vida do acadêmico reúne capítulos dos quais ele nem gosta de lembrar, mas o mais importante é que ganha páginas muito felizes que, somadas ao casamento e à chegada dos três filhos, por exemplo, tornam-se uma coletânea que já é de sucesso e deve se multiplicar. “O próximo passo é prestar a prova da OAB e conseguir a aprovação. Pretendo abrir meu próprio escritório”, idealiza, certo de que em breve essa será uma concretização.
A batalha em dupla
A emoção da conquista também tomou conta da graduanda Danielle Alves Machado. Ela não segurou as lágrimas ao ouvir o discurso dos professores e da gestão da Universidade que a formou. Escolhida como oradora da turma, Danielle foi firme nas palavras, relembrando a trajetória enquanto acadêmica, mas, ao citar a batalha firmada na casa de cada um para que a noite de formatura finalmente chegasse, a voz embargou. Foi neste momento que o assunto chegou ao ponto de mais emoção: as lembranças das lutas enfrentadas ao lado da mãe, Maria Doroteia Alves.
Juntas, as duas batalharam mês a mês, semestre a semestre, desde a entrada na Universidade, até a conquista de bolsas e, finalmente, a noite de vestir a toga. “E foi lutado”, relembrou a mãe sem conter lágrimas e mais lágrimas olhando para a filha formada.
Danielle, que nasceu no Piauí e veio ainda muito pequena para Criciúma, é a primeira entre irmãos, primos e tios a conquistar o diploma da graduação, em exemplo clássico de um primeiro passo dado para novas portas abertas. “Desejo que eu seja a primeira e possa abrir portas para que mais pessoas da minha família acreditem e conquistem também. Essa é uma conquista nossa”, destacou, também emocionada e, principalmente, agradecida pelas renúncias que a mãe fez para que o sonho se tornasse real.
São 541 histórias diretamente transformadas
De 9 a 21 de dezembro a Unesc formou 541 profissionais nos mais variados cursos e diferentes áreas do conhecimento. Profissionais da saúde que já estão no cenário de práticas atendendo pacientes. Professores que já se preparam ou já estão em sala de aula. Administradores que já são responsáveis por decisões organizacionais. Engenheiros que participam de grandiosas obras e projetos. Dentre tantos outros papeis que já são desempenhados por aqueles que, na Unesc, encontraram a qualificação, os contatos e a experiência que os tornaram prontos ao mercado.
Se o conjunto de aprendizados proporcionados pelo perfil de Ensino, Pesquisa e Extensão da Universidade já era importante, conforme a reitora Luciane Bisognin Ceretta, a partir do cenário imposto pela pandemia se torna ainda mais indispensável. “Não há mais como pensar em um ensino unilateral. Aqui nossos estudantes recebem muito mais que o conhecimento simplesmente repassado pelo professor, mas, sim, mediado e experenciado a partir de diferentes espaços e métodos de ensino capazes de prepará-los para a resolução de problemas que estão, de fato, no cotidiano das suas áreas de atuação”, comenta.
Os estudantes que deixaram o papel de acadêmicos e, a partir das Colações de Grau oficiais, passam a ocupar posições de ainda mais responsabilidade, conforme a reitora, levam a digital de uma Universidade Comunitária que exerce seu papel e faz a diferença em todo o seu entorno. “O legado da Unesc nesses 53 anos de história não pode ser descrito sem a palavra transformação. A cada semestre finalizado, como este, entregamos profissionais e melhores cidadãos ao mercado. Muito além disso, entregamos enfermeiros, engenheiros, designers, arquitetos, enfim, profissionais intimamente conectados com a realidade e comprometidos com as causas sociais”, acrescenta.
Para os profissionais do presente: coragem
Ao mergulharem fundo na realidade, para a pró-reitora de Planejamento e Desenvolvimento Institucional da Unesc, Gisele Coelho Lopes, o ingrediente preponderante dos mais novos profissionais deve ser a coragem, acompanhada de premissas como resiliência, inovação, criatividade, proatividade, trabalho em equipe, liderança e empatia.
“Claire Fagin, enfermeira e educadora norte-americana, registrou as seguintes palavras que coadunam com o que estamos dizendo: ‘o conhecimento lhe dará a oportunidade de fazer a diferença’. Isso significa o quanto cada um de nós nos apropriamos de fato sobre tudo aquilo que aprendemos e reproduzimos em nossa vida diária. O quanto buscaremos desenvolver novas competências para continuarmos fazendo a diferença em todas as nossas práticas profissionais e nas demais áreas da nossa vida”, comenta.
Com a mistura destes temperos, para Gisele, o resultado é traduzido em preparação para o “novo”. “Falar do mundo do trabalho é referenciar ocupações e rotinas, que nos provocaram a uma readaptação nos últimos dois anos. Enfrentamos uma realidade que solicitou diferentes ações e entendimentos do contexto do mundo. O que era esperado para o futuro já chegou e a Universidade foi perspicaz ao se adequar e entregar imediatamente o que mercado e a sociedade precisavam”, afirma.
2022 já começou
A Universidade segue com as portas abertas para o início de novos sonhos que, logo ali, serão provas reais da transformação, como os formados neste segundo semestre de 2021. Os interessados em conhecer melhor os mais de 50 cursos de graduação em modelo presencial ou de Educação a Distância, no projeto Unesc Virtual, ou ainda mais de 40 oportunidades em especialização podem entrar em contato com a Instituição pelo Whatsapp (48) 99915-0433.
A Central de Atenção ao Estudante (Centac) atenderá calouros e veteranos em plantão nos dias 4, 5 e 7 de janeiro pelo contato também no Whatsapp (48) 99644-1887 ou no 3431-2545 das 12h30 às 19h. A equipe estará à postos também para atendimentos referentes à renegociação para que todos os acadêmicos possam regularizar as situações financeiras e efetivarem as matrículas para o próximo semestre.
A partir do dia 10 de janeiro o horário de atendimento para matrículas é das 9h às 19h30 pelos canais virtuais ou presencialmente no campus.