Para assinalar o 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, diversas entidades representativas dos movimentos negros de Criciúma se reuniram no Parque Altair Guidi neste sábado (20/11) em um evento repleto de atrações. A programação compôs o “1º Aquilombar: Essa Terra Também é Nossa!”.
A Unesc marcou presença. “O ideal é que não precisasse mais de uma data. Que essa atenção fosse reproduzida diariamente”, assinalou a coordenadora do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas da Unesc (Neabi), professora Normélia Ondina Lalau de Farias. “Quando chegarmos a esse ideal, esse dia será tão somente para relembrar a contribuição dos negros para o Brasil”, afirmou.
A Secretaria de Diversidades e Políticas de Ações Afirmativas da Unesc também tomou parte na programação do Aquilombar. “O parque recebeu um grande público, e os membros dos movimentos sociais fizeram falas referentes a casos de racismo que estão ocorrendo em Criciúma”, contou a coordenadora da Secretaria, Janaína Damásio Vitório. “Foi apresentado, também, o compromisso de tornar esse evento anual, já que o 20 de novembro está instituído, com lei municipal, como o Dia Municipal da Consciência Negra também”, reforçou.
Fizeram parte do Aquilombar, ainda, as entidades Anarquistas contra o Racismo (ACR), Coletivo Chega de Racismo, Confraria Amigos de Mandela (ConMadiba), Entidade Negra Bastiana (ENEB), Organização Não-Governamental de Mulheres Negras Professora Maura Martins Vicência (MUNMVI), Pastoral Afro Antônio Luiz Costa, Sociedade Recreativa União Operária e Programa Municipal para Educação Étnico-Racial da Prefeitura de Criciúma (PEMEDER).
As apresentações do Aquilombar
O Neabi e a Secretaria de Diversidades e Políticas de Ações Afirmativas da Unesc realizaram a mostra de banners com notícias de jornais referindo casos de racismo em Criciúma. A ONG MUNMVI apresentou a mostra “Dandaras”, homenageando seis mulheres negras de Criciúma pro seu protagonismo.
A Escola Serafina Milioli Pescador levou a exposição Caixas de Tesouro, com Raquel Pereira Ferreira. Davi Chagas fez uma exibição de balé neoclássico e dança urbana, recebendo os aplausos do público. A coreógrafa Paula Gregório Gonçalves levou o grupo de dança da Escola José De Patta com a coreografia “Minha Primeira Vez” e o grupo Ms. Estúdio de Dança, que apresentou “Na vibe”. Também da coreógrafa Paula Gonçalves, com o colega Claudson Correa, o grupo Mult Style apresentou “Old Style”.
O empreendedor cultural e educador social Frank dos Passos promoveu reflexões sobre a luta antirracista em Criciúma. Houve a participação, ainda, do Movimento pela Voz da Periferia com o projeto Favela em Movimento.