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Ensino

Dia do Professor: De detentores do conhecimento a incentivadores, mentores e multiplicadores

Docentes celebram Dia do Professor como vitória de constantes desafios (Foto: Mayara Cardoso)

Há 36 anos Elisa Netto Zanette tem a Unesc e a sala de aula como segunda casa, literalmente. Professora acadêmica e por anos coordenadora do curso de Matemática da Universidade, Elisa divide grande parte de seus dias ao longo dessas mais de três décadas entre a docência, o casamento, a maternidade, entre tantos outros papeis que desempenha com orgulho. Neste dia 15 de outubro ela celebra o que promete ser seu último Dia dos Professores em atividade, já que pretende deixar a docência ao final de 2021, com a certeza de dever cumprido e desejo de voltar à sala de aula agora novamente como aluna.

Corredores que fazem parte da vida pessoal e profissional da professora Elisa Netto Zanette são espaço de formação de professores há 53 anos na Unesc

Dedicada, carismática, agregadora e determinada, Elisa faz parte do time responsável pela formação dos professores de matemática que passaram pelas salas de aula da Unesc ao longo de mais de três décadas e carrega com orgulho a certeza de que por ela passaram excelentes alunos que se transformaram em brilhantes profissionais. De lá para cá, para ela, as mudanças no cenário profissional foram contínuas e lhe impuseram, assim como aos colegas, inúmeros desafios. O que, mesmo entre tantas transformações, segue intacto, para ela, é a importância do papel dos mestres em sala de aula.

O cenário que a todo momento se modifica, conforme Elisa, faz parte de uma característica quase inata a quem assume o papel de ensinar: a evolução constante. O papel do professor, conforme ela, vem se modificando, historicamente, desde sua origem e mais aceleradamente nas últimas décadas. “São mudanças fortemente apoiadas nas necessidades sócio-político-econômico-cultural de formação dos sujeitos da atualidade. Passamos de professor transmissor de conhecimento ao professor que incentiva, instiga, questiona e orienta seus alunos”, destacou.

Tanta transformação, para Elisa, implica na necessidade de repensar as práticas básicas do dia a dia enquanto professora em sala de aula até a atividade enquanto pesquisadora. “Temos diferentes olhares ao fazer pedagógico, fortemente apoiados na colaboração e cooperação, na produção individual e coletiva, direcionados as atuais gerações que vivem em contextos de rupturas digitais, movimentos de comunicação, interação e acesso a muitas informações mediados por tecnologias. O movimento tem foco ampliado para práticas pedagógicas por projetos interdisciplinares, com metodologias mais ativas de ensino que possibilitam o envolvimento maior do estudante, como protagonista da sua aprendizagem”, acrescenta, certeira.

 

Olhares voltados ao ensinar

Se os meses de pandemia impuseram ainda mais desafios à já intensa luta pela educação, conforme Elisa, o período fez também com que os olhares de toda a sociedade se voltassem à importância das vivências escolares, dos aprendizados e, nesta mesma linha, aos reflexos da ciência na vida de cada um dos seres humanos. “O cenário pandêmico nos últimos dois anos ampliou o olhar dos órgãos e instâncias da educação para a importância do papel do professor e para necessidade de melhorias estruturais tecnológicas nas escolas. Da mesma forma, o professor buscou rever suas práticas pedagógicas num cenário acelerado e necessário de inovação. Aceleramos um processo já intenso, mas com reflexos na consciência da importância do processo de ensinar, mediar e aprender”, completa.

O futuro, para Elisa, é o hoje. Preparando-se para usufruir da aposentadoria, envolvida com funções no voluntariado, novos planos para aprendizados em sala de aula e um pouco mais de tempo livre para aproveitar os dias com a família, a professora, que acompanhou o crescimento da Universidade e todas as mudanças inatas ao processo, deixa para os colegas do curso de Matemática, da Unesc e da docência, em qualquer que seja o nível, o exemplo de dedicação e crença absoluta no poder da educação.

“Essencialmente, ser professor implica em trabalhar coletivamente, atualizar-se permanente e agir para, efetivamente, formar cidadãos mais ativos, reflexivos, críticos e transformadores dos contextos sociais em que estarão inseridos, contribuindo no desenvolvimento e na melhoria da qualidade do ambiente de vida, como aquilo que temos em nossa missão enquanto Universidade Comunitária e que levo com tanto orgulho”, descreve ainda a professora.

 

Processos transformados, objetivos transcendidos

Ao avaliar a importância do papel do docente na vida dos acadêmicos e da sociedade como todo, para a pró-reitora Acadêmica da Unesc, Indianara Reynaud Toreti, é impossível não ponderar toda a transformação imposta pelo período de pandemia iniciado em março de 2020. “Sofremos mudanças muito significativas em todos os processos da educação. Nossos professores, diante de tudo isso, encararam os desafios com muita coragem e dedicação e conquistaram resultados excelentes. As alternativas encontradas não só foram efetivas, como demonstraram diferentes olhares para a situação e nos mostraram caminhos que dificilmente deixarão de ser percorridos daqui para frente”, destaca.

O desafio de formar profissionais de excelência em todas as áreas do conhecimento por meio do ensino, da pesquisa, da extensão e da inovação, conforme Indianara, foi qualificado e perpassou pela busca de diferentes alternativas para o fortalecimento do elo entre professores e alunos. “De repente não tinha mais sala de aula, laboratório, estávamos 100% mediados por tecnologia. A troca do espaço físico pelo virtual fez com que a criação de vínculos precisasse ser feita de outra forma. Não há como desenvolver o processo de aprendizagem sem esse vínculo entre professor e aluno. Foi assim que encontramos a sinergia entre a presencialidade e a virtualidade”, retrata a pró-reitora, que acrescenta esta alquimia como mais uma grande provocação para o novo cenário.

 

Prontos para superar

A certeza a partir de agora, de acordo com a reitora Luciane Bisgonin Ceretta, é de que os mesmos professores que demonstraram garra e determinação em uma mudança de 360 graus em suas práticas diárias são os que fazem parte do time que está pronto para a transformação que bate à porta. “É evidente que as práticas acadêmicas e institucionais passam por mudanças profundas e já intrínsecas ao processo. Ao olhar para esses meses que se passaram e para tudo que conseguimos construir juntos, tenho plena confiança de que o fluxo é o de seguirmos evoluindo juntos com leveza e fluidez, mas, como precisa ser, com muita dedicação e trabalho, algo inato ao ensinar”, colabora Luciane.

O dia 15 de outubro, para Luciane, deve servir para enaltecer o papel fundamental daqueles que mudam o mundo por meio do conhecimento: os professores. “Promovemos uma programação especial para que, mesmo ainda com todas as restrições necessárias, possamos olhar nos olhos dos nossos mestres e dizer a eles o quanto significam para o a nossa Universidade. Se estamos aqui hoje, transformando vidas e a sociedade, é pela sustentação e pelo respaldo que eles nos oferecem. Esta data merece e precisa ser celebrada”, assegura a reitora da Universidade.

Ao longo de todo o dia nesta sexta-feira (15/10) os professores serão recebidos em um drive-thru na Universidade para a entrega de uma lembrança alusiva à data. Para celebração da data a Instituição promoveu recesso em suas atividades de forma prévia na segunda-feira (11/10) que antecedia o feriado de Nossa Senhora Aparecida.

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