Por meio da escrita, da construção poética e da apreciação literária, somos capazes de expressas nossos desejos, sentimentos e pontos de vista. A partir da crença de que as palavras carregam memórias, duas professoras e três alunas do Colégio Unesc conseguiram se destacar e terem suas obras publicadas no livro do 20º Concurso Literário da Academia Criciumense de Letras (ACLe).
A divulgação do resultado do concurso ocorreu na última terça-feira (28/9) via perfil da ACLe nas redes sociais. A estudante Maria Luiza Machado Moraes, do 1º ano do Ensino Médio, foi a terceira colocada na modalidade de poesia juvenil. As professoras Katiana Possamai Costa e Beatris Pizzoni de Freitas e as ex-alunas Giulia Cunha Backes e Helena Nuernberg Colombo foram contempladas com menção honrosa nas categorias de crônicas e contos, respectivamente.
A poesia de Maria Luiza
Com a poesia “Caminhos da Pressa”, a aluna Maria Luiza retrata a ansiedade por ela vivida no ano passado. “A pandemia de Covid-19 foi um período que nos deixou muito ansiosos. Uma situação diferente que todos passaram e que me levou a pensar e expor na poesia aquele momento complicado”, relatou. Com relação à premiação, ela destacou a importância do concurso. “Foi uma boa oportunidade para eu me descobrir como escritora e, ter uma poesia reconhecida por membros de uma Academia, é maravilhoso”, declarou.
Em busca do exemplo
As duas professoras premiadas com menções honrosas por suas obras buscam, com as produções, servirem de exemplo aos seus alunos do Ensino Médio. Para a professora Katiana Costa, é muito importante participar de concursos literários. “Somos exemplos aos nossos alunos, eles também acabam participando e tendo a possibilidade de terem seus textos selecionados” destacou.
Na crônica “Calçados que marcam a nossa existência”, a professora Katiana, que responde pelas aulas de Produção Textual, reproduz a repetição da sua existência. “Reflito um pouco sobre o caminhar humano, ou seja, o que vai acontecendo nas nossas vidas e que estão colaborando com o nosso caminhar. Eu trago a analogia dos sapatos para dentro da crônica. O primeiro sapato foi colocado em mim pela minha mãe, e essa mesma atitude que ela teve comigo, hoje eu tenho com a minha filha”, explicou.
Conforme a professora Beatris Pizzoni de Freitas, que ministra Literatura no Ensino Médio do Colégio Unesc, foi muito importante fazer essa movimentação como forma de incentivo para os estudantes.
“Isto é para eles entenderem que a literatura não se restringe ao espaço escolar, ela vai muito além da escola, ela movimenta nossa vida”, apontou. Em seu conto, Beatris apresenta um retrato da melancolia durante a quarentena, devido a pandemia. “Quando nos olhamos no espelho, não reconhecemos mais aquela pessoa que existia naquele momento. Você não vai trazer um pouco dessa sensação, dessa melancolia, e também sobre esse espaço de renascer” concluiu.
Giulia Backes, hoje acadêmica de Direito da Unesc, se destacou com o conto “O dia do Terror”. Já Helena Colombo, agora residindo no Exterior, foi agraciada também com o conto “Coisas de Pai”. As obras foram inscritas no ano passado quando Giulia e Helena ainda cursavam o terceirão do Ensino Médio no Colégio Unesc.