Criada em 2019, a startup MeioPasso Mobilidade Individual, incubada na Unesc, está prestes a elevar mais um nível em sua história de sucesso. Integrante da Incubadora Tecnológica de Ideias e Negócios (ITEC.in) da Universidade, a empresa está na reta final de negociações para integrar um novo ecossistema de fusões e aquisições, após realizar um laudo de suas operações e obter um resultado notável de crescimento de 3.500% do valor total investido em menos de dois anos.
O negócio consiste na venda de um novo conceito em acessório capaz de reduzir o esforço e o impacto durante o uso de escadas especialmente voltado a pessoas com mobilidade reduzida. Conforme o CEO e fundador da MeioPasso, Gabriel Mariotti, o projeto oferece um produto eficiente capaz de gerar uma melhoria de vida significativa para seus usuários, e principalmente, com um preço acessível.
Devido ao crescimento notável do setor de negócios voltados ao cuidado com a saúde no Brasil, assim como a demanda por produtos assistivos, conforme o CEO, a startup está prestes a ter capacidade produtiva para preencher parte do território nacional, através de negociações e investimentos com empresas do mesmo ramo que estão em conexão. “A ideia desde o início obteve minha atenção como uma oportunidade. Utilizei o tempo que tive até aqui para saber onde estava sendo muito otimista ou pessimista. Ouvimos muitos parceiros e consumidores, reavaliamos alguns pontos, adicionamos outros objetivos e, dessa forma, a empresa tomou a forma de projeto que eu tinha como meta”, aponta.
Contar com a MeioPasso entre as 16 empresas incubadas na Universidade, para o gerente de Inovação da Unesc, Oscar Montedo, representa orgulho e expectativas extremamente positivas. “Esse é um dos cases pelo qual temos muita admiração e no qual acreditamos muito. Ter entre as nossas incubadas uma startup com essa finalidade cumpre ainda o papel social da Universidade ao incentivar negócios importantes para a sociedade”, opina.
Crescimento expressivo
De acordo com Mariotti, a empresa operou no mercado durante 14 meses em formato teste, buscando obter a validação do produto em melhor e mais econômica versão e validando a solução como importante ao cenário. “Analisamos de forma minuciosa o Produto Mínimo Viável e validamos o projeto como algo que, de fato, significa a solução para uma ‘dor’ existente entre as pessoas”, explica.
Com as pesquisas e validações ainda mais embasadas, o foco da empresa agora se volta à expansão para que cada vez mais pessoas tenham acesso ao serviço oferecido. “Agora que já não tenho mais dúvidas sobre o potencial e o caminho a ser traçado, buscaremos explorar o máximo que pudermos com parcerias entre players que já estão consolidados no mercado e que tem a capacidade de escalabilidade. Nosso desejo é tornar o produto conhecido por todos que poderiam ter uma melhoria de mobilidade com ele e isso está cada vez mais próximo”, garante.
Validação dentro de casa
Enquanto acadêmico do curso de Engenharia de Produção, Gabriel foi o responsável pela criação do acessório, mas não imaginava que a validação da ideia viria de alguém da própria família. Após 20 dias de implementação da empresa seu pai foi acometido por um tumor intramedular e, com dificuldades motoras, contou com a ajuda do produto criado pelo filho para a execução de atividades básicas como entrar em um carro ou subir pequenos degraus.
“Foi possível mais do que ver, sentir na pele a dor de quem possui e quem convive com a mobilidade reduzida. Assim, ele teve um papel fundamental no projeto. Após a cirurgia de urgência, vimos com nossos próprios olhos que o MOB era uma alternativa acessível e de bom uso para utilizar dentro de nossa própria casa”, conta o estudante.
Confira mais informações sobre a startup no site https://meiopasso.com/ ou na página da empresa no Instagram @MeioPasso.
