Um mix de lembranças, emoção e compromissos reafirmados marcaram a primeira colação de grau híbrida da Unesc, realizada no fim da tarde desta sexta-feira (16/7) no Auditório Ruy Hülse. Colaram grau 19 novos médicos, todos cientes da importância estratégica das suas entregas ao mercado, na medida em que a demanda está crescente pela mão de obra médica por conta da pandemia de Covid-19.
“Nosso curso de Medicina já formou mais de mil médicos em 21 anos, mas agora isso acontece em um momento muito importante, diferenciado e desafiador”, lembrou a reitora Luciane Bisognin Ceretta, que presidiu a cerimônia. Dos 19 novos médicos, 18 participaram presencialmente da formatura, enquanto um acompanhou por meio remoto.
“Nos conforta saber que novos médicos e médicas poderão fazer a diferença em nosso mundo no trajeto de suas carreiras na luta contra o coronavírus”, pontuou a reitora, reforçando a responsabilidade histórica dos profissionais tão reclamados e imediatamente absorvidos. “Vocês serão médicos que podem potencializar vidas, porque entendem que o processo de saúde-doença não é algo linear, mas sim algo que envolve o projeto de felicidade de cada um”, completou Luciane Ceretta.
A reitora pediu, ainda, que os novos profissionais da Medicina recém formados pela Unesc “não desistam de lutar a boa luta e que inspirem-se na vida, na alegria, na virtude”. Destacou, também, a importância da visão social, ao afirmar “não esqueçam dos irmãos menos afortunados”.
A paraninfa da turma foi a professora Leda Soares Brandão Garcia, que é coordenadora-adjunta do curso de Medicina da Unesc. Ela deixou um recado direto e contundente. “O médico precisa estar ciente da natureza humana. Cada ação executada trará com vocês indissociável responsabilidade”, referiu. Encarar os desafios impostos pelo sistema de saúde brasileiro também foi apontado pela paraninfa como uma condição fundamental para exercer as funções médicas com profissionalismo. “E vocês encararam conosco o maior dos desafios, a pandemia, que expôs de forma gritante a importância de um sistema bem ordenado”, observou.
A professora Leda convidou os novos médicos formados pela Unesc a seguirem vigilantes na luta pela saúde coletiva. “Não podemos ser felizes tendo pessoas sob choro e ranger de dentes no nosso entorno”, sublinhou. A paraninfa atentou, na sequência, para os riscos da cultura individualista que impera. Ela convocou os seus colegas recém graduados a terem atenção no atendimento direto com os pacientes, evitando o uso demasiado da tecnologia. “O humanismo é essencial no atendimento”, frisou. “Cuidem da sua saúde, médicos costumam enfermar bastante”, emendou.
O orador dos formandos, o médico recém graduado Donizetti da Rosa Júnior, lembrou as origens da turma, que ingressou na universidade no segundo semestre de 2015. Relacionou os diversos momentos felizes vividos com os colegas nos últimos seis anos. “Quando falavam que a faculdade de Medicina é para quem gosta de estudar, não era brincadeira. Quantas noites em claro, essa parte, só quem viveu, sabe”, registrou. “Hoje vemos que todo o esforço dos últimos seis anos valeu a pena”, refletiu.
Ele enfatizou, ainda, que a turma se notabilizou por realizar muitas confraternizações, a primeira delas antes mesmo do início das aulas. “Fomos pioneiros de uma grade nova no curso, e nem por isso recuamos. Fizemos o que devia ser feito, sempre tentando olhar o lado bom. Quando achávamos que não enfrentaríamos mais grandes mudanças, veio a pandemia. Tivemos que voltar aos atendimentos presenciais, sabíamos que a profissão que escolhemos exigiria isso de nós”, salientou.
O professor Daniel Ronchi, patrono da turma, compôs a mesa de honra ao lado da reitora e da paraninfa. O auditório contou com presença restrita de familiares e professores, com o pleno respeito às regras de biossegurança que pautaram todo o evento, que abriu a série de colações de grau híbridas que a Unesc realizará nas próximas semanas.
A cerimônia desta sexta-feira contou com transmissão da Unesc TV. Acompanhe: