Desenvolvimento humano sempre foi a paixão da psicóloga Rosane Ghislere, de Criciúma. Após anos atuando em ambiente corporativo, ela decidiu ouvir a voz interior e empreender na área que já conhecia e tinha experiência. Assim surgiu em 2020, o Clube Jabuticabeiras, startup que oferece soluções em saúde mental e desenvolvimento das relações humanas para empresas e está entre as 16 ideias participantes do Programa de Incubação da Unesc – 10 delas são vencedoras do Edital Unesc de Inovação. Na tarde desta terça-feira (15/6), Rosane e outros empreendedores iniciaram a segunda fase do programa, que oferece além de um espaço físico para as startups, suporte de uma equipe multiprofissional, formada por professores da Unesc e profissionais renomados no mercado regional.
A iniciativa desenvolvida pela Agência de Inovação (Aditt) e pela Incubadora Tecnológica de Ideias e Negócios (Itec.In) da Unesc, conta com o apoio do Sebrae, da Origem by Darwin, IT Express/AWS e da DRIN. Segundo o assessor de Inovação da Unesc, Christian Engelmann, os encontros ocorrerão todas as terças-feiras, ao longo de 12 semanas, de forma híbrida (presencial e online), seguindo todos os protocolos de biossegurança. Nesta terça-feira, o encontro teve como facilitador o professor Igor Drudi.
Rosane participa do programa desde março de 2021, quando acompanhou as atividades do Programa Galápagos para aceleração de negócios. Nesta nova fase, ela continuará recebendo suporte, além de novas informações para fazer o seu negócio prosperar. “O modelo de startup me interessa e gosto do desafio de empreender. Neste programa da Unesc, encontrei mais que um espaço físico. Fui muito bem recebida pela equipe e senti que não estou sozinha neste processo. O fato de ter pessoas especializadas pensando com você o seu negócio e ter o contato com outras startups era realmente o que eu sentia falta. O empreendedor muitas vezes se vê sozinho nesta caminhada”, comenta.
Metodologia para negócios diferenciados
A pró-reitora de Planejamento e Desenvolvimento Institucional da Unesc, Gisele Coelho Lopes, deu as boas-vindas aos participantes do Programa de Incubação e salientou a importância de uma universidade comunitária em estar colaborando também com o impulsionamento de novos negócios. “É um processo feito com muito carinho, a Unesc acredita no investimento em startups para promover o desenvolvimento socioeconômico da região. Temos convicção que esta metodologia tão relevante irá colaborar para a construção de negócios de excelência”.
O gerente de Inovação e Empreendedorismo da Unesc, Paulo Priante, explica que neste segundo momento do Programa de Incubação, as startups vão passar por um processo de imersão, no qual pontos como a parte financeira da empresa e a modelagem do negócio serão abordadas. Ele explica que nesta fase, os empreendedores passarão por Problem-Solution Fit (Encaixe Problema-Solução), no qual irão encontrar uma solução para um problema relevante ou atender uma necessidade crítica de clientes. A programação ainda prevê um MVP (Minimum Viable Product ou Produto Mínimo Viável), onde apresentarão uma versão de um produto, empregando o mínimo possível de recursos. “Na última etapa, teremos o Demoday, onde os participantes poderão apresentar seus negócios para uma banca especializada. Levando em conta a maturidade de cada startup, vamos organizar banca, que pode ter desde professores até possíveis investidores na ideia”, explica Priante.
Neste processo, os empreendedores ainda poderão contar com o apoio do Núcleo de Gestão da Inovação e Transferência de Tecnologia da Unesc (NIT). O coordenador do Núcleo, Evânio Nicoleit, explica que as startups receberão orientações e apoio no processo de marca e para a obtenção de patente, processo necessário inclusive para a captação de recursos.