A Unesc firmou mais uma parceria internacional e tornou-se a primeira instituição de Santa Catarina a utilizar o aplicativo Epicollect5 para geolocalização e georreferenciamento em áreas de vulnerabilidade. O uso do aplicativo é fruto da parceria com o Imperial College of Science, Technology and Medicine (Colégio Imperial de Ciência, Tecnologia e Medicina), de Londres, Inglaterra. Inicialmente, o projeto de extensão “Trilho da Saúde” utilizará a tecnologia, mas outros projetos de pesquisa e de extensão da Universidade poderão ser beneficiados.
O “Trilho da Saúde” realiza visitas aos moradores das proximidades do trilho, no Bairro Pinheirinho (seguindo os protocolos de biossegurança para o momento de pandemia), para levantar informações a respeito da saúde e das condições socioeconômicas da comunidade local. As informações servirão de base para a tomada de decisões pelo poder público. O projeto é desenvolvido por professores e alunos do Programa de Residência Multiprofissional e do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Socioeconômico (PPGDS) da Universidade, com a participação do Observatório de Desenvolvimento Socioeconômico e Inovação da Unesc e o apoio da Secretaria Municipal de Assistência Social de Criciúma.
O professor do Programa de Residência Multiprofissional da Unesc, Rafael Amaral, explica que por meio da parceria com o Imperial College London, é possível realizar um trabalho de georreferenciamento individualizado e assim, ter informações precisas e separadas por família visitada. “Este é o primeiro projeto a utilizar o Epicollect5 e já estamos vendo os benefícios desta tecnologia para o levantamento das informações. Nossa intenção é também auxiliar outros pesquisadores da Unesc que quiserem atuar com o aplicativo”, comenta o professor.
A coordenadora do Programa de Residência Multiprofissional da Unesc, Lisiane Tuon, explica que no Brasil, apenas a Unesc e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) utilizam o Epicollect5 para o levantamento de dados em território de vulnerabilidade social. “A parceria com o Imperial College London vai ajudar a realizarmos um diagnóstico ainda mais completo. E isso significa que estamos avançando muito em nossa região no trabalho a que o projeto se propõe”.
Conhecimento que agrega
Além de abordar as áreas de saúde e de assistência social, o projeto vai atuar em empreendedorismo social, com a possibilidade de geração de renda através de ações de impacto social.
Segundo Lisiane, a participação nesta iniciativa colabora com a formação de profissionais mais conectados com a realidade local e preparados para atuarem da melhor maneira com a população. “É fundamental que os nossos residentes tenham experiência em áreas vulneráveis da nossa cidade, assim como aprender a como fazer saúde com estas pessoas. É um cenário de prática riquíssimo de informações e de um grande aprendizado. Estamos em uma época de pandemia e que o número de vulnerabilidade social e de pessoas com enfrentamentos de saúde e social está aumentando. Nossos residentes precisam estar preparados para atuar e colaborar com esta população”, afirma Lisiane.