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Eventos Acadêmicos

Experiências internacionais enriquecem mais uma noite da 19° Semana Científica do curso de Enfermagem Unesc

Enfermeiras que atuam na Itália, nos Estados Unidos, na Holanda e no Canadá compartilharam vivências profissionais em meio à pandemia (Fotos: Reprodução)

Na data em que o mundo todo voltou seus olhares à atuação dos profissionais enfermeiros, o Dia Internacional da Enfermagem, 12 de maio, a Unesc proporcionou a acadêmicos, professores, egressos e toda a comunidade, o contato com experiências vividas em diferentes países frente à mesma situação: a pandemia de Covid-19. Profissionais brasileiras que atuam na Itália, nos Estados Unidos, na Holanda e no Canadá dividiram suas percepções e relataram aquilo que sentiram na pele desde os primeiros sinais da chegada do coronavírus aos países em que atuam até a situação atual da pandemia e da vacinação em cada uma das localidades.

O encontro, transmitido por meio do canal do curso de Enfermagem da Unesc, faz parte da programação da 19° Semana Científica do curso de Enfermagem da Universidade. Nesta data o evento contou com a apresentação cultural do acadêmico da 5ª fase do curso, Rian Eloir, com uma composição própria em homenagem aos colegas enfermeiros.

 

Necessidade de adaptação e reinvenção

O dia elencado mundialmente para celebrar o papel do profissional de enfermagem na sociedade não foi escolhido por acaso. A data marca o aniversário do nascimento de Florence Nightingale, referência que é considerada pioneira na enfermagem moderna.

A primeira das profissionais a compartilhar relatos da chegada da pandemia, a enfermeira Claudia de Morais, que atua no Hospital de Milão, na Itália, recordou alguns dos tensos episódios de necessidade urgente de readequação de todas as equipes de saúde e a inicial falta de equipamentos de proteção aos profissionais. Diante de todo o protagonismo da atuação em enfermagem e de tudo o que viveu, e ainda vive, diante do cuidado ao próximo, Claudia deixou um questionamento. “O que será que Florence, que imaginava um futuro para a enfermagem, diria diante de tudo isso que estamos vivendo nessa pandemia?”, indagou.

A colega enfermeira que também atua em Milão, Fabiana Coelho Casttro, do Hospital Policlinico San Donato, reiterou as palavras de Claudia no que diz respeito aos desafios enfrentados. Os números e cenários trazidos pela dupla chamaram a atenção e despertaram a curiosidade dos espectadores, que aproveitaram a oportunidade para sanar dúvidas também sobre a atuação internacional.

Estar em outro país e trabalhar diretamente com profissionais das mais diversas nacionalidades, para Fabiana, demonstra muito claramente a qualidade do ensino de graduação em Enfermagem no Brasil.  “Hoje posso dizer que uma graduação bem feita nos dá a oportunidade de atuar em todos os setores. Mesmo atuando há mais de dez anos em centro cirúrgico, me vi diante da obrigação de trabalhar nas mais diferentes situações em plena pandemia e, ao ter me permitido aprender, vi que meu conhecimento meu dava essas possibilidades, sim”, comentou.

A ideia de buscar novas experiências fora do país de origem, conforme a enfermeira, surgiu pelo desejo de ampliar horizontes, objetivo mais que alcançado. “Tive a curiosidade de viver uma outra realidade cultural e profissional. Hoje atuo em uma equipe de 44 enfermeiros, sendo eles das mais diferentes formações além da italiana. Tenho colegas que vieram da Eslováquia, da Colômbia, do Peru, da Albânia, entre outros países com o qual também tenho contato com a cultura”, disse.

Ao relatar os dias difíceis vividos em meio a inúmeras incertezas causadas pela pandemia e ainda vividos atualmente, mesmo que em menor escala, o desejo pessoal e de toda a equipe, assim como no Brasil, é de que acabe o “novo normal”. “No início tínhamos o sentimento de querer fazer parte, ajudar, colaborar nesse momento histórico, embora houvesse muito medo. Após alguns meses houve a fase de desespero. Agora, mais de um ano após o início da pandemia, a única coisa que eu sinto é que não vejo a hora que acabe. Queremos voltar para a nossa rotina”, desabafou.

Esses foram apenas alguns dos inúmeros relatos excepcionais citados na live que contou ainda com as falas de Mayra Sucupira de Oliveira, Amanda Martins e Sabrina Gruner, que não pôde participar ao vivo, mas deixou sua colaboração em forma de vídeo transmitido no evento. As demais participantes convidadas pela comissão organizadora da Semana Científica, trouxeram seus relatos e interagiram com os espectadores.

Todo o conteúdo segue disponível no canal do curso de Enfermagem da Unesc no YouTube:

A Semana Científica segue até a noite de sexta-feira (14/5) com extensa programação. A programação completa dos próximos dois dias de evento pode ser acessada no site.

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