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Eventos Acadêmicos

Debate sobre negritude e pandemia abre a 16ª edição do Maio Negro na Unesc

Evento promovido pelo Neabi continua na próxima quinta e sexta-feira (13/5 e 14/5). Foto: (Reprodução)

“Vidas negras na pandemia importam”, esse foi o principal alerta dado no primeiro encontro da 16ª edição do Maio Negro na Unesc, promovido pelo Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabi), que iniciou nesta segunda-feira (10/5), com a mesa redonda “Negritude e Pandemia: Onde estamos em meio ao caos?”. O evento foi transmitido pelo canal da Unesc Tv no Youtube e continuará na próxima quinta e sexta-feira (13 e 14/5). A ação tem a parceria do Colégio Unesc, do Museu Virtual Afro Brasil Sul (Mabsul) e do curso de História.

Para abordar o tema de abertura, o encontro, que reuniu acadêmicos, professores, pesquisadores e comunidade externa, contou com a participação de mulheres negras de destaque em suas áreas de atuação. “A pandemia de Covid-19 impactou a todos, mas a comunidade negra, que representa uma expressiva parcela da população brasileira, sentiu ainda mais as consequências deste período. Esse é um segmento da sociedade que vem ao longo dos anos enfrentando vários desafios e que agora se acentuaram mediante à pandemia”, comentou a coordenadora do Neabi, Normelia Ondina Lalau de Farias.

De acordo com o diretor de Ensino de Graduação, Marcelo Feldhaus, o Maio Negro também diz respeito à identidade cultural negra, na perspectiva de ocupar um espaço para o reconhecimento das diferenças e identidades étnico-raciais do debate educacional, além de constituir-se como espaço de construção de conhecimento. “As atividades realizadas no evento se colocam também, como um subsídio para que a Lei 10.639/03, que prevê a inclusão da história e da cultura africana e afro-brasileira nos currículos universitários e escolares, se concretize a partir destas experiências, demonstrando nosso reconhecimento e valorização destas histórias, por vezes invisíveis e silenciadas”, alertou.

O encontro de abertura mediado por Normélia, contou com as convidadas: Louvani De Fatima Sebastião Da Silva; Jucelia Vargas Vieira de Jesus; Mãe Preta D’Ogum; Janaina Vitório e Larielly Donini Gonçalves. Para visualizar o debate, basta acessar o link.

Vídeo homenageia comunidade vítima da pandemia

Intitulado “Negritude e Pandemia – Onde e como estamos em meio ao caos”, um vídeo produzido pelo professor da Unesc Alex Sander da Silva, em homenagem às pessoas da comunidade negra que foram vítimas da pandemia, tocou a todos os participantes, que se emocionaram ao ver as imagens do professor e Procurador Jurídico da Unesc, João Carlos Medeiros Rodrigues Júnior, que faleceu em decorrência de complicações da Covid-19, em março.

Museu virtual

O Maio Negro também abriu espaço para uma novidade: o Museu Afro da Região Sul (Mabsul). A Unesc e a Universidade Federal de Pelotas irão fechar um convênio para lançar o Mabsul, um museu totalmente virtual envolvendo os três Estados do Sul do Brasil. A iniciativa quer, dentre outras coisas, ser uma ferramenta para que as escolas públicas trabalhem a questão racial em sala de aula. “Há muitos negros, que mesmo sem formação formal, tiveram importância nas suas comunidades. As parteiras, as lavadeiras, as passadeiras e as benzedeiras são exemplos disso”, lembrou a coordenadora do Neabi.

 

Programação

13 de maio

Às 19 horas, ao vivo pela Unesc TV 
Temática: “Dia 13 de Maio: A verdadeira história”
Convidados: professores Claudia Daiane Garcia Molet e Diego Luiz Caetano
Mediadora: Myrella Olívia Alves

 14 de maio

Às 19 horas, ao vivo pela Unesc TV 
Temática: “Museu Afro Brasil Sul e a extensão como possibilidade de coexistir na universidade”
Convidadas: professoras Rosemar Lemos e Fernanda Sônego
Mediador: Denis Moraes

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