Para uma melhor experiência neste site, utilize um navegador mais moderno. Clique nas opções abaixo para ir à página de download
Indicamos essas 4 opções:

Ok, estou ciente e quero continuar usando um navegador inferior.
Geral

Ailton Alves Lacerda Krenak compartilha ensinamentos em roda de conversa na Unesc

Evento fez parte da programação da Escola de Inverso do curso de História (Imagem: Reprodução GoogleMeet)

O que o ser humano tem feito para preservar e dar sustentabilidade à vida no planeta e em sociedade? Temas como este, e muitos outros, foram colocados em evidência na tarde desta quarta-feira (22/7), na da roda de conversa “Ideias para adiar o fim do mundo”, conduzida pelo ambientalista e escritor brasileiro, Ailton Alves Lacerda Krenak, líder de movimentos pelos povos originários reconhecido em todo o mundo. O diálogo foi proposto dentro da Escola de Inverno do curso de História da Unesc, e contou com a contribuição de professores da Universidade.

Conforme a reitora da Unesc, Luciane Bisognin Ceretta, a oportunidade de ouvir o convidado tem grande valor para o momento vivido pela humanidade, e fomenta reflexões sobre a percepção da humanidade e o espaço onde ela habita. “Ailton é uma pessoa que compartilha pensamentos necessários e de grande significado nos dias de hoje. Um homem a frente de seu tempo, que demonstra, em suas ideias, a importância de nosso bom convívio com o ambiente, e consequentemente nos faz refletir sobre o mundo, seus recursos naturais e a vida”, destacou.

Durante os diálogos, Krenak reforçou o aspecto de que a humanidade não está separada da natureza, pensamento presente no seu livro “Ideias para adiar o fim do mundo”, que inspirou o evento. “A percepção contrária, consolidada no dia a dia da sociedade, seria a origem do descaso socioambiental, e de outros problemas criados e enfrentados pela sociedade. A maneira com que tratamos nossa natureza é um presente que deixaremos para as próximas gerações, assim como o momento em que vivemos hoje foi construído lá na década de 80”, explica.

Segundo o escritor e ambientalista, somente o reconhecimento da diversidade e a recusa da ideia do ser humano como superior aos demais seres podem ressignificar a existência e mudar a direção do planeta. “Nós estamos predando o mundo em que vivemos, e devastando as possíveis relações de afeto, convivência e colaboração entre humanidade e natureza. Na ideia de projetar um único modelo de existência no mundo, estamos acelerando este processo como uma economia de sustentabilidade dentro de uma vida de consumo. O ser humano criou uma lógica entre adquirir coisas e bem-estar, que estar radicalmente oposta do sentido do bem-viver”, afirma.

Além das reflexões trazidas pelo convidado, os participantes do evento puderam apresentar interpretações e propor pontos de debate. Carlos Renato Carola, professor da Unesc e um dos idealizadores do momento, reafirmou que Krenak tem participação pontual em importantes capítulos da história do Brasil, como na construção da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, e ouvi-lo é mais importante do que nunca.

Paralelamente ao eixo central do evento, também foram abordados assuntos relacionados aos movimentos sociais contra o racismo, história do brasil e dos povos originários, o desafio sanitário do coronavírus, o papel do índio na sociedade, apropriação e modificação de cultura e muitos outros.

 

Escola de Inverno

A roda de conversa desta quarta-feira foi o terceiro evento dentro da Escola de Inverno, idealizada pelo curso de História da Unesc. Com mais de 20 encontros, a proposta se estende até o dia 7 de agosto, com oficinas, palestras e rodas de conversas. Assuntos como direitos humanos e educação ainda serão colocados em destaque, sempre relacionados à história.

Todos os eventos são transmitidos ao vivo, em Youtube.com/unesctv. Clique aqui para acessar a programão.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *