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Unesc 52 anos: Desenvolvimento regional pós-pandemia em pauta

Em webinar nesta quinta-feira, especialistas na área de economia e lideranças avaliam cenário

A programação dos 52 anos da Unesc reuniu um time de peso para debater o “Desenvolvimento regional pós-pandemia”. Na manhã desta quinta-feira (25/6), o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), Mário Cesar de Aguiar, a jornalista e economista da NSC Comunicação, Estela Benetti e os coordenadores do Observatório de Desenvolvimento Socioeconômico da Unesc, Melissa Watanabe e Thiago Fabris estiveram reunidos para apresentar dados e leituras a partir do cenário da pandemia de Covid-19 em Santa Catarina e no Sul e Extremo Sul do Estado. O debate foi mediado pela pró-reitora de Planejamento e Desenvolvimento Institucional da Unesc, Gisele Coelho Lopes.

Em um cenário que tem dado indícios de modificação com o retorno do aumento do número de casos e a possibilidade de novas medidas restritivas objetivando a contenção da pandemia de Covid-19, as incertezas ainda pairam. No entanto, as perspectivas para o pós-pandemia são positivas para o Estado.

Estado pujante

O presidente da Fiesc afirma que tanto empresas quanto a sociedade deverão se preparar para as novas demandas que serão apresentadas após a pandemia de Covid-19. Crise tem ameaça e oportunidade. Temos que ser rápidos no sentido de combater as ameaças e muito rápidos para detectar as oportunidades. Minha crença é na recuperação de Santa Catarina. É um estado empreendedor, um povo resiliente. Estado foi feito por homens e mulheres que doaram para fazer mais e melhor e fazer bem feito. Pelo histórico vemos que o Estado tem condições de sair da crise, mas não poderemos ficar acomodados. Temos que ser proativos e procurar as possibilidades.

Aguiar abordou também a necessidade de uma plataforma logística adequada para garantir que as empresas catarinenses possam elevar o grau de competitividade, o alto custo logístico atual (R$ 0,14 por real faturado) e a carência de um sistema tributário mais simplificado. Apontou que o caminho da inovação é o único a ser seguido e enfatizou fatores necessários para que seja criado um ambiente favorável aos negócios: melhoria da infraestrutura para ter custo logístico adequado; projetos para atrair investimentos estrangeiros e crédito.

Pontos importantes no pós-pandemia

Durante sua explanação, Estela comentou que o Fundo Monetário Internacional previu que a recessão brasileira será de 9%, mas que em Santa Catarina deveremos ter um “tombo menor”, em função da ajuda do agronegócio (setor menos impactado pela pandemia) e a diversificação econômica catarinense.

A jornalista levantou três pontos que considera importantes serem analisados para o cenário pós-pandemia: remuneração, digitalização e educação. As empresas estão podendo pagar salários menores e fazendo ajustes e será Bem mais difícil conseguir uma remuneração como a que se tinha antes da crise. Há muitas mudanças em curso e um bom caminho é tentar diversificar a formação, buscar uma formação superior, estar disposto a mudar de carreira e ter a resiliência.

Sobre a digitalização, Estela afirma que especialistas apontam que a sociedade teve um avanço de mais ou menos 10 anos em tecnologia, o que mudou também das relações de consumo e de compra. Já sobre educação, Estela afirma que a tendência é de haver uma necessidade maior de trabalhadores na área de ciência e tecnologia. “O Brasil ainda tem que dar uma guinada e formar mais pessoas na área de exatas e as universidades também devem fomentar estas áreas e incentivar a criação de startups e novidades no mundo digital”.

Observatório de Desenvolvimento Socioeconômico da Unesc

A professora da Unesc, Melissa Watanabe, apresentou dados importantes que servem para ajudar no planejamento de gestores públicos, empresários e para a sociedade. Segundo as informações, o consumo das famílias é responsável por quase 62% do Produto Interno Bruto (PIB) do país e o momento atual está sendo de contenção de despesas em muitas delas.

Uma das provas é o índice da recebia nominal de venda do comercial, que segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV) teve queda de 2,8% no Brasil e 8,8% em Santa Catarina. O índice também pode decorrer de fatores como desemprego. “Dados de janeiro a abril de 2020 mostram uma queda no saldo de empregos, salvo o setor agropecuário, que é maduro, competitivo e setor exportador e continua gerando empregos em relação aos outros setores”, afirma Melissa. O impacto também pode ser sentido na Amrec e na Amesc, que apresentaram queda no saldo de empregos em março e abril deste ano.

No entanto, a exportação pode ser uma boa saída para a região, já que o momento é favorável à venda de produtos da agropecuária.

Segundo o professor da Unesc, Thiago Fabris, para esse momento de reerguimento da economia, o diagnóstico é o primeiro passo. Felizmente vivemos em um Estado diferenciado, do ponto de vista de renda, diversificação da economia e tecnologia. A região Sul, com o passar dos anos perdeu um pouco do dinamismo, mas está sendo preparada para o retorno. As questões relacionadas à infraestrutura, como o Porto de Imbituba e rodovias, são os primeiros passos para voltarmos a ter dinamismo.

Confira a programação dos 52 anos da Unesc ao vivo pelo canal da Unesc TV no Youtube

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