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Arte e Cultura

Unesc recebe workshop gratuito para artistas, estudantes e profissionais apaixonados pela dança

Ação é realizada pela Cia Garopaba Atitude em turnê por todo o Estado (Foto: Divulgação)

Artistas, estudantes e profissionais da área da dança terão, nos dias 16 e 17 de outubro, oportunidade imperdível na Unesc. Nestas datas a Universidade receberá a Cia Garopaba Atitude para o workshop “Como partilhar do processo criativo na dança do B.Boy”. As inscrições para a atividade são gratuitas e estão abertas para toda a comunidade interessada em aprender e desmistificar o estilo Breaking e suas possibilidades corporais para artistas.

As atividades serão realizadas em dois dias, das 9h às 20h, com extensa programação. Podem participar jovens e adultos a partir de 12 anos. As inscrições devem ser realizadas a partir do formulário disponível no site https://forms.gle/oCgDJ9BhsV1vuNDf6.

O projeto foi selecionado pelo Prêmio Elisabete Anderle de Apoio à Cultura – Edição 2020, executado com recursos do Governo do Estado de Santa Catarina, por meio da Fundação Catarinense de Cultura.

 

Cia Garopaba Atitude

O grupo que traz a atividade ao campus da Unesc acaba de completar 15 anos de existência e promete compartilhar as experiências por todo o Estado. Giros, deslocamentos no chão, mobilidade dos ombros e tronco. Para quem assiste uma performance desse estilo, marcado por movimentos rápidos e certeiros, pode achar, à primeira vista, que se trata de uma modalidade difícil de aprender. Ledo engano. Conforme Agna Mulher, uma das fundadoras da a Cia Garopaba Atitude, o Breaking ou Breakdance é um estilo de vida ligado à cultura Hip Hop praticado pelos B-boys e B-girls, capaz de abrir possibilidades corporais para praticantes de diversas danças como ballet, contemporâneo e jazz. O estudo escancara novos eixos de movimento e traz mais consciência para intérpretes em geral.

Para a artista, o estilo de dança significa a liberdade para se expressar por meio dos movimentos. “O Breaking me trouxe a possibilidade de liberdade, me libertar dos códigos que as outras linguagens estabelecem a partir de uma dinâmica diferenciada. Com a prática o meu corpo ficou mais atento, ativo, mais ágil, compreendi diferentes eixos e formas de fazer o movimento e ampliou muito a forma de perceber a musicalidade”, conta.

Agna, junto com o B-boy, professor e bailarino, Rogério Ribeiro, e a B-girl, bailarina e produtora cultural, Gabriella Weis Frasson, participa da turnê por oito cidades catarinenses. “A ideia do projeto é compartilhar as experiências de desenvolvimento artístico da companhia. Somos a primeira do Brasil e desenvolvemos ao longo destes 15 anos uma metodologia única e acessível aos diversos corpos, idades e experiências em dança. Queremos partilhar este repertório por meio deste projeto que oferece aulas práticas e teóricas sobre como se dá a composição coreográfica dentro da companhia, as pesquisas, quais os jogos teatrais que já utilizamos. Conhecimento que pode ser aplicado em qualquer linguagem de expressão dentro da dança”, complementa.

 

Liberdade para o corpo

Já para o coreógrafo Rogério Ribeiro, o Breaking serve para “romper estéticas de movimento já estabelecidas”. “O Breaking tem como principal característica trabalhar nos três planos – alto, médio e baixo – principalmente plano baixo. Essa relação do estilo e a fluidez com o chão, acredito que seja um grande diferencial e uma das maiores consciências para o corpo. O estilo intensifica a facilidade que o corpo pode ter para transitar por outras modalidades de dança. A metodologia que trazemos para o Breaking dá essa consciência geral. Essa magnitude de movimento e percepções do espaço nos 360 graus”, esmiúça

Além do compartilhamento da metodologia da Cia Garopaba Atitude, o programa também abre espaço para o debate e reflexão acerca “O espaço da mulher na dança Breaking e o protagonismo das B-girls no trabalho da Cia Atitude”.

 

Confira a programação:

Dia 16/10

9h – Palestra com vídeos e debates sobre espetáculos da Cia

11h – Aula teórico sobre processos coreográficos, dramaturgia e reflexão sobre as obras/processos da Cia Atitude e seus respectivos procedimentos de investigação e pesquisa

14h – Aula prática de Breaking e suas possibilidades de hibridização

16h – Laboratório de composição de movimentos, jogos teatrais e performativos

20 – Laboratório Vivência em improvisação

 

Dia 17/10

9h – Prática criativa de ocupação de espaços urbanos

14h – Aula prática e laboratório: Composição coreográfica, sequências coreografadas e outras possibilidades.

18h – Palestra e debate sobre “O espaço da mulher na dança Breaking e o protagonismo das B-girls no trabalho da Cia Atitude”

20h – Finalização do curso e entrega de certificados de participação

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