O tradicional projeto Quintas Culturais da Unesc foi aprovado no edital da Lei Emergencial Cultural Aldir Blanc de Criciúma, de 29 de junho de 2020. A iniciativa, vinculada ao Setor de Arte e Cultura, abre as portas da Universidade para artistas da região desde 2009, já tendo recebido mais de 300 apresentações. A lista dos contemplados foi divulgada na última semana pela FCC (Fundação Cultural de Criciúma).
O objetivo da Lei foi incentivar artistas, sem atividades devido a pandemia, com um recurso emergencial e, por consequência, colaborar para o enfrentamento da pandemia por meio da arte e da cultura. “É muito importante que a mobilização da área cultural não acabe, que continuemos lutando por políticas públicas para o setor. Cada município se organizou para receber os recursos federais e Criciúma teve mais de R$ 1 milhão para aplicar”, explicou a coordenadora do Setor de Arte e Cultura, Amalhene Baesso Reddig, a Lenita.
Com a aprovação, o espaço do Quintas Culturais será redesenhado. O palco localizado no hall dos blocos XXI receberá iluminação cênica, manutenção de equipamentos de sonorização e substituição do fundo do cenário, que terá a identidade visual do projeto cultural. Como contrapartida social, a proposta será a adaptação de uma rampa de acesso, para pessoas com mobilidade reduzida e pessoas em cadeiras de rodas, buscando uma maior democratização ao acesso de artistas. “A proposta inclui também uma ação de difusão cultural, abrindo inscrições para artistas criciumenses nas linguagens da música, dança, teatro, poesia, performance, artes visuais e muito mais. A oportunidade será para os não contemplados pelo edital. A seleção dos dez participantes será via regulamento, propondo cachê cultural aos artistas locais”, explicou.
Para a professora da Unesc e integrante do comitê gestor da Lei Aldir Blanc em Criciúma, Daniele Zacarão, o resultado deste processo é fruto do trabalho a muitas mãos. “Realizado por voluntários e servidores públicos que não mediram esforços na reflexão, discussão, solidez e lisura deste processo. Esperamos que os aprendizados suscitados pela aplicação da Lei Aldir Blanc possam desenvolver a gestão cultural pública e privada, e também ampliar e aprimorar os mecanismos de incentivo. Afinal, cultura é um direito de todas as pessoas”, pontuou.
Não foi preciso a aprovação no edital para que a arte e a cultura pulsassem na Unesc. Durante os momentos mais alarmantes da pandemia e do isolamento social, todas as quintas, foram propostas lives, incluindo esclarecimentos sobre a Lei Aldir Blanc, para que outros artistas pudessem se inscrever, e capacitação para a escrita de projetos em editais.
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