Reitoria

Unesc e região do Vêneto abrem diálogo para intercâmbio em Medicina e profissionais da área da Saúde 

Unesc e região do Vêneto abrem diálogo para intercâmbio em Medicina e profissionais da área da Saúde. (Fotos: Eliezer Cardoso/Agecom/Unesc)

A Unesc recebeu nesta semana a visita da cidade de Bevilacqua, Marco Salvati, em encontro que abriu caminho para um acordo de cooperação que poderá beneficiar tanto a Universidade quanto o sistema de saúde italiano, na região do Vêneto, hoje em situação crítica pela falta de médicos.

Durante a reunião, Salvati enfatizou os potenciais benefícios de um programa de intercâmbio para estudantes de Medicina da Unesc e demais profissionais da área da saúde. Segundo ele, a parceria com a Região do Vêneto, onde Bevilacqua está inserida, teria impacto direto na escassez de profissionais de saúde na Itália, com o oferecimento de treinamento e oportunidades de atuação a médicos formados em Criciúma.

“Um aumento no quadro de profissionais ajudaria a reduzir as longas listas de espera para consultas e cirurgias especializadas, melhorando a qualidade dos serviços”, explicou Salvati acrescentando que, além de suprir a demanda, a cooperação acadêmica permitiria intercâmbio de conhecimento, projetos de Pesquisa conjuntos e acesso a especializações avançadas, em áreas como cirurgia robótica, neurociência e oncologia.

“Um aumento no quadro de profissionais ajudaria a reduzir as longas listas de espera para consultas e cirurgias especializadas, melhorando a qualidade dos serviços”, explicou Salvati acrescentando que, além de suprir a demanda, a cooperação acadêmica permitiria intercâmbio de conhecimento, projetos de Pesquisa conjuntos e acesso a especializações avançadas, em áreas como cirurgia robótica, neurociência e oncologia.

A reitora em exercício, Gisele Silveira Coelho Lopes, enfatizou que receber o prefeito de Bevilacqua  abre perspectivas de futuro com a abertura de portas para a ampliação da atuação internacional da Unesc. Para ela, a aproximação conecta a formação de excelência oferecida no Sul de Santa Catarina com a carência de médicos na região do Vêneto.

“Ao mesmo tempo que a Itália poderá contar com profissionais qualificados, nossos estudantes terão acesso a experiências de alto nível em hospitais e universidades europeias, em áreas de especialização avançada. Trata-se de uma via de mão dupla, em que todos ganham. A Unesc fortalece a inserção internacional, os acadêmicos ampliam possibilidades de carreira e a comunidade italiana encontra respostas para um desafio urgente. Esse é o papel de uma Universidade Comunitária: formar profissionais preparados para transformar a realidade local, regional e, agora, também internacional”, relatou. 

Intermediação

A vinda do prefeito foi articulada pelo Comitato Vêneto em Santa Catarina, representado pelo presidente Aroldo Frigo Júnior. “O Comitato é a representação oficial do governo do Vêneto no estado. Por meio do prefeito, apresentamos a necessidade urgente da região. Recentemente, o governo do Vêneto, por meio de decreto, autorizou que profissionais estrangeiros possam atuar entre 2026 e 2027, desde que tenham domínio da língua italiana, sem a necessidade de equiparação de títulos. Entendemos que a Unesc pode ser uma parceira estratégica, formando profissionais de excelência, muitos deles descendentes de italianos e vênetos”, afirmou.

Papel da Unesc

Entre as propostas discutidas, está a criação de convênios com universidades italianas, como a Universidade de Verona, para que estudantes da Unesc possam realizar estágios, residências e atividades acadêmicas na Europa, no modelo do consolidado convênio da instituição com Coimbra.

“Sabemos que nossa região mantém uma ligação histórica muito forte com o Vêneto. Isso aumenta a possibilidade de encontrarmos médicos falantes da língua italiana ou em formação, que já tenham contato com cursos de qualidade oferecidos pela universidade. Além disso, surgiu a ideia de direcionar cursos de italiano específico para estudantes de Medicina, preparando-os para essas oportunidades”, relatou a coordenadora do Escritório de Relações Internacionais e Assessora da Escola de Idiomas da Unesc, Dayane Cortez.

Próximos passos

A proposta prevê a criação de um comitê técnico conjunto, entre representantes da Unesc e da Região do Vêneto, para definir critérios do acordo. “Esta parceria não seria apenas uma solução para a Itália, mas também uma oportunidade para estudantes brasileiros crescerem profissional e pessoalmente, construindo carreiras em um sistema de saúde avançado”, pontuou Salvati.

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