Em um mundo cada vez mais inserido nas tecnologias e direcionado pela troca rápida de informações, as habilidades humanas e interpessoais têm ganhado destaque no mercado de trabalho. Elas são as “soft skills”, uma das pautas do último Fórum Econômico Mundial da ONU (Organização das Nações Unidas) e apresentadas pelo professor pós-doutor da Unesc, Thiago Francisco, como competências socioemocionais.
Não existem as “soft skills” principais. São um conjunto variado de competências, que moldam sua importância de acordo com os avanços da sociedade. “A empatia, orientação a serviços, escuta ativa, comunicação e transmissão de informações e conhecimentos de forma assertiva são habilidades que permitem uma melhor interação entre os ser humanos e criam um ambiente mais harmonioso”, explica o professor.
Conforme os trabalhos no Fórum Econômico Mundial, também devem ser foco de desenvolvimento a criatividade, pensamento crítico, liderança social, resolução de problemas complexos, inteligência emocional, flexibilidade e o aprendizado ativo.
Em paralelo às competências socioemocionais, as “hard skills” também existem, mas deixam de lado as relações entre pessoas, se concentrando nas técnicas e processos de trabalhos que envolvem equipamentos ou tecnologias. Diferente deste aprendizado técnico, as “soft skills” são desenvolvidas por uma série de aspectos, que podem ser fomentados pela empresa empregadora e pelo próprio indivíduo.
Entre os estímulos a estas preciosas habilidades, Francisco destaca dois modos. A primeira é a própria formação humana e acadêmica nos espaços como a Universidade, por meio da integração entre as pessoas. O indivíduo deve buscar e a Instituição de Ensino incentivar projetos interdisciplinares e a busca conjunta pela resolução de problemas, unindo estudantes de áreas distintas. “Assim também vão entender mundos diferentes e compartilhar soluções para ambientes não habituais, possibilitando uma compreensão maior do relacionamento interpessoal e sobre a sociedade”, destaca.
Na Unesc, o estudante encontra possibilidades de ingresso em projetos de pesquisa e de extensão; participação e criação de grupos de estudos em qualquer área do conhecimento; participação em movimentos estudantis, como o DCE (Diretório Central do Estudantes) e CAs (Centros Acadêmicos), e outras alternativas que oferecem ambientes para o desenvolvimento das “soft skills”, como a integração destes conhecimentos à grade curricular dos cursos.
Já no mercado de trabalho, a criação de espaços de aprendizagem e comunidades nas empresas são as responsáveis pelo desenvolvimento das competências. O resultado, conforme o pós-doutor, é essencial para os objetivos da organização e para o crescimento pessoal e profissional do indivíduo.