Há nove anos pesquisando sobre Sepse, significativo problema de saúde pública em todo o mundo, a bióloga pós-doutora Monique Michels, do Laboratório de Fisiopatologia Experimental da Unesc, acaba de ter sua dedicação ao tema reconhecida de forma internacional. Monique foi escolhida entre pesquisadores de toda a América Latina para receber o Prêmio Jovem Pesquisador Sepse, do Instituto Mérieux. A honraria será entregue oficialmente em São Paulo, no mês de maio, quando a bióloga receberá ainda a quantia de dez mil euros como forma de incentivo à pesquisa.
A notícia da premiação foi recebida com entusiasmo no Laboratório onde diariamente Monique se dedica à causa. Seu interesse pelo estudo sobre a sepse, conforme a profissional, iniciou ainda enquanto acadêmica e foi a semente para a inspiração na continuidade nos estudos em Mestrado, Doutorado e Pós-doutorado na Universidade. Em 2020, com 28 anos, a bióloga inicia seu segundo pós-doutorado e vê na premiação mais uma prova da importância do caminho percorrido. “É muito gratificante ver nosso trabalho sendo reconhecido por instituições que valorizam a pesquisa básica e clínica em sepse. Certamente o prêmio motivará ainda mais a mim e a equipe a desenvolver pesquisas de qualidade e, assim, contribuir para o desenvolvimento científico e avanços no estudo”, salienta.
Sua função, ao realizar a pesquisa básica diariamente no laboratório, conforme Monique, se completa à importância da pesquisa clínica e é uma forma de colaborar com o desenvolvimento da ciência no país e no mundo. “Temos o relato de colegas que nos dão o feedback de que usam nossos estudos como base para a tomada de decisões. Para nós cada estudo e cada avanço é importante e nos faz cumprir o papel de pesquisadores”, completa.
O valor recebido por meio da premiação pode ser investido de acordo com a escolha da contemplada. Seu desejo com relação ao dinheiro, conforme Monique, é utilizá-lo no avanço da pesquisa. “Pelo menos grande parte deste montante pretendo investir nos trabalhos do laboratório, pois acredito que esse seja o intuito de um reconhecimento como esse”, completa a premiada.
Monique Michels é acompanhada no Laboratório pelo professor do PPGCS (Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde) da Unesc, Felipe Dal Pizzol, também estudioso do assunto. Para o professor, esse é um reconhecimento por tamanho esforço ao longo de todos os anos de trabalho. “Ela sempre foi supercompetente e dedicada. Esse é um prêmio merecido para uma grande pesquisadora. Ela é jovem e tem um grande futuro na frente”, completa.