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Planejamento e Gestão Urbana leva estudantes de Arquitetura e Urbanismo a vivenciar a realidade de Nova Veneza

Curricularização da Extensão aproxima formação acadêmica das demandas da comunidade. (Fotos: Marciano Bortolin/Agecom/Unesc e Divulgação)

Muito além da sala de aula, a disciplina de Planejamento e Gestão Urbana, do curso de Arquitetura e Urbanismo da Unesc, leva os estudantes a compreenderem, na prática, o verdadeiro papel social do arquiteto. Exemplo disso é a experiência vivida no município de Nova Veneza, onde eles puderam interagir com diferentes setores e agentes locais para conhecer de perto as demandas reais da cidade.

Para a coordenadora do curso, Aline Eyng Savi, a vivência é fundamental na formação integral dos futuros profissionais. “A curricularização da Extensão representa uma estratégia essencial, pois articula o conhecimento técnico-científico com as necessidades concretas da sociedade. Isso permite que os estudantes vivenciem experiências práticas, inserindo-se em contextos reais e atuando diretamente junto às comunidades”, explica.

Durante a visita técnica guiada pela Administração Municipal de Nova Veneza, os acadêmicos conheceram projetos em andamento, desafios urbanos e demandas da população. “Essa interação proporcionou uma rica troca de saberes e experiências, que permitem que os projetos elaborados estejam alinhados com as necessidades e aspirações da população local”, cita Aline.

Para os acadêmicos, o aprendizado extrapolou os conteúdos curriculares ao despertar um olhar sensível e crítico sobre o impacto de suas futuras atuações. “É neste contato com a realidade que eles desenvolvem competências profissionais, éticas e sociais, compreendendo que a Arquitetura e o Urbanismo existem para melhorar a vida das pessoas”, completa.

Análise crítica e propostas para o município

Conforme a professora da disciplina, Rúbia Carminatti Peterson, o foco do projeto foi a área central da cidade, onde os estudantes realizaram um diagnóstico urbano com base nos instrumentos do Plano Diretor, como o zoneamento, os parâmetros de uso e ocupação do solo, a hierarquia viária, os incentivos à ocupação de áreas subutilizadas e os mecanismos de controle urbanístico.

Esses elementos subsidiaram a elaboração de propostas voltadas ao ordenamento do território e à qualificação do espaço urbano. “Os acadêmicos analisaram áreas vazias e subutilizadas, propuseram conexões entre espaços urbanos fragmentados e indicaram intervenções de requalificação por meio do retrofit, sempre considerando os aspectos técnicos e legais do planejamento urbano municipal”, cita a professora.

As propostas buscaram promover a integração espacial, o aproveitamento racional do solo urbano e a melhoria da infraestrutura local, com atenção especial à acessibilidade, mobilidade e sustentabilidade. “Foi uma experiência significativa, que aproximou os estudantes da realidade do planejamento urbano e evidenciou o papel estratégico do arquiteto e urbanista na promoção da qualidade de vida nas cidades”, conclui a docente.

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