Com o intuito de levar mais ensinamentos acerca dos recursos hídricos às escolas, o Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Araranguá e Afluentes Catarinenses do Rio Mampituba iniciou um projeto de Educação Ambiental e Segurança Hídrica. Por meio da atuação da equipe técnica do ProFor Águas Unesc – projeto que presta suporte técnico ao Comitê –, o órgão contribuirá na formação dos cidadãos, principalmente no que diz respeito à preservação e conservação da água. Ao todo, quatro municípios participantes – Araranguá, Criciúma, Maracajá e Nova Veneza – receberão a formação com abordagem sobre quatro temas diferentes sobre hábitos e atitudes sustentáveis.
Para provocar uma reflexão sobre os cuidados e manejos da água, o Comitê Araranguá/Mampituba já deu início às ações de conscientização e educação ambiental nas escolas, com ênfase na preservação do solo e corpos hídricos. As atividades educativas são tanto coletivas quanto individuais, focando na mensagem que os alunos podem contribuir com o cuidado das águas, bem como no combate ao manejo inadequado e desperdício. Assim sendo, por meio das oficinas, o órgão levará, de forma lúdica, debates sobre quantidade e qualidade da água, bem como conceitos básicos da bacia hidrográfica.
De forma geral, o objetivo com a execução do projeto também é motivar os estudantes a compartilharem os conhecimentos adquiridos com famílias, amigos e comunidade. “Com a finalização da primeira fase no fim deste ano, a expectativa é capacitar 200 alunos sobre gestão e segurança hídrica”, informa a técnica em Gestão Hídrica do ProFor Águas Unesc, Sabrina Baesso Cadorin, que atua junto ao comitê e conduzirá palestras em sala de aula, proporcionando acesso às informações sobre segurança hídrica.
Segundo a presidente do Comitê Araranguá/Mampituba, Eliandra Gomes Marques, a educação ambiental contribui para a conservação e mitigação de todos os ecossistemas. “Envolver a população do território do Comitê em ações de cuidado com o meio ambiente, tanto em espaços de educação formal quanto não-formal, resulta na busca por soluções efetivas. A nossa iniciativa trata dos recursos hídricos, conceitos de bacia e microbacia, portanto, a troca de informação favorecerá os estudantes, além de auxiliar na formação de pessoas com consciência da importância da conservação da água, que cultivem atitudes sustentáveis por muitas gerações”, destaca.
Metodologia do projeto
O projeto piloto tem como público-alvo adolescentes de 10 a 16 anos, que estejam matriculados nas escolas municipais e estaduais das sub-bacias do Rio Mãe Luzia e Rio Araranguá. Durante os encontros, serão abordados quatro temas por turma, sendo: o que é bacia hidrográfica; qual o papel do órgão; os caminhos que a água percorre; e o consumo da água, a crise hídrica e as mudanças climáticas. E para melhorar o aprendizado de todos, serão realizadas rodas de conversa com os alunos, tanto de maneira teórica quanto com atividades práticas, e disponibilizados materiais de apoio e informativos.
Segundo o vice-presidente do comitê, Juliano Mondardo Dal Molin, este projeto é importante para conscientizar a comunidade. “Muitos alunos vão conhecer melhor sobre as águas e como funciona um comitê de bacia. E, claro, focamos sempre na educação, para que as futuras gerações venham com este conhecimento e, lá na frente, saibam fazer a gestão da água, para cuidar deste bem precioso”, complementa.
Primeiras escolas visitadas
Instituições de Nova Veneza já receberam o projeto, como a Escola Básica Municipal Líbero Ugioni, do bairro São Francisco. Na primeira visita, uma palestra destacou a importância da preservação da água, dos rios e o quanto é necessário a participação de todos para manter um manancial.
De acordo com a diretora da E.E.B Líbero Ugioni, Suzana Catarina Piazza Conti, este projeto é primordial para as escolas e estudantes. “É importante que os alunos compreendam a importância de preservar os rios, para que toda população possa, hoje e no futuro, usufruir de todos os benefícios que essas águas trazem para nossas vidas. Apoiamos as ações que o Comitê desenvolve, principalmente para ajudar a preservar e manter viva a beleza dos nossos rios”, enfatiza.
Outra turma que teve a oportunidade de ouvir e aprender foi do Colégio Estadual Abílio César Borges, também de Nova Veneza. De acordo com a diretora, Solange Brogni Destro, o projeto ambiental nas escolas esclareceu dúvidas referentes a situação dos rios e afluentes. “O ser humano deve preservar desde cedo a natureza em que está inserido e, nesse cenário, promover uma formação de indivíduos conscientes, com um olhar diferenciado para as questões de preservação ambiental, é indispensável”, destaca.