A Secretaria de Diversidades e Políticas de Ações Afirmativas promoveu, na noite de quarta-feira (28/06), a Roda de Conversa: “As circunstâncias das pessoas em situação de rua de Criciúma e Região”. O evento foi alusivo ao Dia do Orgulho LGBTQIAPN+ e faz parte da programação do aniversário dos cinco anos da Secretaria.
A pró-reitora de Ensino, Graziela Amboni, representando a reitora Luciane Bisognin Ceretta, foi levar o apoio da Universidade aos convidados e acadêmicos. “Estamos comemorando os nossos cinco anos de Secretaria durante este mês. É um trabalho que traz muito orgulho para a nossa Universidade Comunitária, uma Instituição plural, democrática e que abraça todas as pessoas e as suas diferenças, porque somos todos diferentes e isso precisa ser muito respeitado”, comentou.
A atividade, mediada pela egressa do curso de Direito, Myrella Olivia, faz parte de uma série de ações que vêm ocorrendo desde 12 de junho e que se encerram no dia 1º de julho em alusão aos cinco anos da implementação da Secretaria de Diversidades e Políticas de Ações Afirmativas e ao mês do Orgulho LGBTQIAPN+. O evento é em parceria com o Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (Neabi), Liga Acadêmica Multidisciplinar LGBTQIA+, Diretório Central dos Estudantes (DCE) e Cirquinho do Revirado.
As convidadas para contar suas histórias e vivências na Roda de Conversa foram a coordenadora do Movimento Nacional da População de Rua de Florianópolis, Verônica Marx e a vereadora Giovânia Mondardo.
Verônica, que atualmente reside em São José, contou aos presentes sua trajetória de vida, sobre sua atuação no movimento com as pessoas de rua e qual o papel da sociedade nas ações que amenizem o sofrimento desta população marginalizada.
“É expondo a complexidade do tema, onde existem problemas e resoluções complexas, que busco ajudar. O frio atinge muitos moradores, que precisam e não contam com o apoio do Município. Ainda acontece de pessoas estarem morrendo de hipotermia nas ruas da Ilha. Estamos nos articulando na cidade para resolver esse assunto envolvendo vereadores, deputados e o Tribunal de Justiça”, explicou.
O segundo tema abordado pela líder comunitária foi o Plano Plurianual Participativo (PPA), com prazo de votação até dia 14 de julho, que também está acontecendo uma articulação para trazer luz à população em situação de rua de todo o Brasil, elencando programas e propostas que afetam a vida desses cidadãos.
Já a vereadora Giovana Mondardo comentou sobre a sua atuação na Câmara dos Vereadores de Criciúma, com pautas sobre diversidades, sua trajetória na cidade, na Unesc e como está sua atuação enquanto legisladora municipal.
Para as coordenadoras psicólogas e Mestras, Janaina Damásio Vitório e Rita de Cássia Guimarães, esse encontro é de suma importância. Elas aproveitaram a oportunidade para agradecer a reitora pela implantação da Secretaria de Diversidades. “Isto mostra o quanto é importante ter um espaço deste dentro da Instituição. Um setor em que o diálogo seja realizado de forma a Interseccionalizar diversos marcadores sociais, tais como: gênero, raça, classe, sexualidade. Não cabe mais, na atualidade abordar ou nomear determinadas opressões e desconsiderar outras, rabalhar a questão de classe e não abordar raça ou gênero e sobretudo pautas sobre violência de gênero, racismo, LGBTFOBIA e transforbia, esse é o nosso papel”, comentou Janaína.
Verônica Marx, vivenciou por três dias, o dia a dia da Universidade. Na quinta-feira (29/06) realizou a apresentação do seu talento musical no Espaço Quintas Culturais no Bloco XXI e depois, encerrando as festividades com o Sarau das Diversidades, na sede do Grupo de Teatro do Revirado, em Criciúma.
LGBTQIAPN+
Lésbicas, Gays, Bi, Trans, Queer/ Intersexo, Assexuais/Arromânticas/Agênero, Pan/Poli, Não-binárias e mais.
Para entender melhor:
L – Lésbicas – São mulheres ou pessoas não-binárias que se identificam com o gênero que de alguma forma sentem atração por pessoas do sexo feminino;
G – Gays – Pessoas que sentem atração pelo mesmo gênero e por pessoas que se consideram de gêneros parecidos;
B – Bissexuais – são aqueles que sentem atração pelos dois gêneros (feminino e masculino);
T – Transgêneros, são os indivíduos que não se identificam com o gênero atribuído em seu nascimento. A letra representa também os travestis no Brasil;
Q – Queer – é o termo relacionado a quem não se identifica e não se rotula em nenhum gênero;
I – Intersexuais – Segundo a chefe da endocrinologia do Hospital das Clínicas Elaine Frade Costa, são pessoas que nascem com a genitália indefinida. “As pessoas portadoras nascem com genitais internos e/ou externos subdesenvolvidos, decorrentes sempre de alteração hormonal”, disse em entrevista à CNN Rádio em outubro do ano passado.
As pessoas intersexuais manifestam ao mesmo tempo, estrutura tecidual testicular e ovariana, por isso não se encaixam nas normas binárias (masculino e feminino) e muitas vezes precisam fazer reposição hormonal ao longo da vida.
A – Assexuais, agênero ou arromânticas – São pessoas que não sentem atração sexual ou se define sem gênero ou aquelas que não sentem atração romântica por ninguém;
P – pansexuais – São pessoas que têm a atração sexual, romântica ou emocional por outros indivíduos e isso não depende de seu sexo ou identidade de gênero;
N – Não binárias – Apesar de possuir os órgãos genitais de determinado sexo, as pessoas não se reconhecem totalmente com esse gênero e podem não se reconhecer com a identidade de gênero de homem ou mulher e sim com uma mistura entre os dois;
+ – Representa as demais orientações sexuais e identidades de gênero.
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