22 de junho de 1968
A Capital do Carvão, polo regional de desenvolvimento econômico, abria os horizontes do Sul de Santa Catarina para o ensino superior. Uma necessidade latente, um desejo que aumentava à medida em que a cidade crescia, uma decisão que, anos mais tarde, transformaria a região, colocando no mercado milhares de profissionais com formação de excelência.
Quando fundada pelo ex-prefeito Ruy Hulse, a então Fundação Universitária de Criciúma (Fucri) oferecia apenas cursos de magistério. Aos poucos, no entanto, novas graduações e especializações foram sendo implementadas. Gigante no seu papel comunitário e de ensino, mas já pequena em espaço físico, em 18 de novembro de 1997 a Fucri unificou as suas unidades e, oficialmente, transformou-se em Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc).
22 de junho de 2023
Com a missão de promover o desenvolvimento regional para melhorar a qualidade do ambiente de vida, a Unesc chega aos 55 anos mostrando a que veio. Uma instituição que faz jus à sua rica história, que se fortalece regional, estadual e nacionalmente, ao passo em que mantém conexões internacionais com mais de 50 países, e que forma profissionais para um futuro de oportunidades.
Nessas mais de cinco décadas, cerca de 50 mil estudantes passaram pelas suas salas de aula, formando-se agentes de transformação social. Diariamente, mais de 15,5 mil acadêmicos circulam pelo campus, convivendo, ensinando e aprendendo com os 1,5 mil profissionais, que atuam nas mais diversas funções.
Com conceito máximo na avaliação feita pelo Ministério da Educação (MEC), a Unesc é reconhecida como uma instituição de excelência. Está, também, entre as cinco não estatais mais empreendedoras do estado, com forte destaque nacional e internacional na Pesquisa e na Extensão. De acordo com a reitora Luciane Ceretta, “uma universidade democrática, com ensino de qualidade, onde estudantes, docentes e técnicos produzem e compartilham conhecimentos, desenvolvem suas potencialidades e contribuem para uma sociedade justa e com cada vez mais qualidade de vida”.
Ensino para a vida
Aos sete anos, Felipe Basquiroto de Souza adentrava pelas portas do então Colégio de Aplicação – hoje Colégio Unesc. O que o garoto não sabia, no entanto, é o que o futuro lhe reservava. Após concluir o ensino fundamental e médio na instituição, cursar Engenharia Civil na Universidade, fazer estágios e trabalhar no laboratório experimental do Iparque, Felipe começou a trilhar um caminho de sucesso, que o levou à Universidade Nacional de Singapura, onde atualmente pesquisa sobre aquecimento global e construção civil.
“Eu passei tanto tempo na Unesc trabalhando e estudando que, não tenho dúvidas, ela é minha segunda casa. Lá conheci pessoas extraordinárias, desde os primeiros professores até os amigos da faculdade, os colegas de trabalho, os orientadores de pesquisa”, conta ele, ao enaltecer que o ensino oferecido na instituição é diferente, especial. “Além da teoria, os professores nos ensinavam por meio das próprias experiências. E isso contribui muito com a formação do acadêmico. Afinal, a universidade forma cidadãos, abre caminhos e os olhos para enxergar um mundo de possibilidades. E se lutar, ir atrás, com certeza, é possível alcançar aquilo que se almeja, porque a base é forte”.
Universidade alinhada a uma sociedade cada vez mais globalizada
Felipe é reiterado pela pró-reitora de Ensino, Graziela Amboni, e pelo diretor de Ensino Presencial, Marcelo Feldhaus. De acordo com eles, o ensino da Unesc diferencia-se pela excelência acadêmica, preparando os estudantes para serem profissionais éticos, críticos e socialmente responsáveis. “Para que isso seja possível, prezamos por alguns pilares essenciais, como a qualidade do corpo docente, currículos relevantes e atualizados, infraestutura, bolsas de estudo, compromisso com a comunidade, entre outros”, conta Graziela.
Outro grande diferencial da Universidade diz respeito à Graduação Multi – uma formação pautada na experiência, que prepara os estudantes para atuarem em uma sociedade cada vez mais complexa e interconectada. “Muito mais do que uma mudança de matriz curricular, a Graduação Multi concebe um processo de repensar o currículo de modo mais integrado, flexível, conectado com as necessidades regionais, nacionais e mundiais”, ressalta Feldhaus.
Atuando nesta perspectiva de inovação e de futuro, a Universidade se alinha às demandas de uma sociedade cada vez mais globalizada. “À medida que as carreiras se modificam e a tecnologia avança, a necessidade de aprendizado contínuo se torna mais evidente. Isso levou a uma maior demanda por programas de certificação, micro credenciais e educação continuada, fatores integrados aos currículos da Graduação Multi”, salienta Graziela.
O aprendizado híbrido também ganhou força, em especial por conta da pandemia, assim como o ensino baseado em competências, a formação interdisciplinar e a educação para o desenvolvimento sustentável. “A educação superior precisa dialogar com as demandas de uma sociedade digital. Por isso, também desenvolvemos uma série de projetos que potencializam o progresso do estudante, em vez de simplesmente transmitir um conjunto fixo de conhecimentos”, diz Feldhaus, ao complementar: “até o momento, cerca de nove mil acadêmicos, de diferentes cursos, já passaram pelos nossos projetos, como o Unesc Labs, Centro de Realidade Mista, Casa da Cidadania e Clínicas Integradas”.
Aprendizado que extrapola as paredes da sala de aula
Cursando a quarta fase de Ciência da Computação, Rodrigo Santos Raccuia Ferreira integra o Unesc Labs – programa de desenvolvimento profissional, inovação e tecnologia, que tem a finalidade de aproximar academia e setor produtivo. Para ele, uma excelente oportunidade de abrir novas possibilidades no mercado. “A instituição favorece os acadêmicos, por proporcionar uma base sólida e incentivar o desenvolvimento em suas respectivas áreas do conhecimento. Penso que não devemos limitar nosso aprendizado à sala de aula. Absorver o poder de uma universidade é utilizar todos os seus recursos a favor do aprendizado”.
De acordo com a reitora, a Unesc nasceu do desejo de profissionalizar uma região desprovida de ensino superior de qualidade e segue com seu propósito, servindo e atendendo às necessidades educacionais, culturais, ambientais, esportivas e socioeconômicas da comunidade.
“Não tenho dúvidas de que aquilo que oferecemos, será sim um divisor de águas na vida do Rodrigo, assim como foi na do Felipe, que está em Singapura, e na dos mais de 50 mil estudantes que já passaram por aqui. Desempenhamos um papel de impacto no sistema educacional, oferecemos oportunidades de formação superior acessíveis e de qualidade, formamos cidadãos para o mundo. Uma história que se reinventa a cada aula, a cada dia. E que transforma vidas!”, complementa Luciane Ceretta.
Texto: Alfa Comunicação/Especial