O cenário estava intacto. Foi isolado com faixa listrada. As pegadas e sinais de mãos acusavam que ali, naquela sala nº9 do bloco de Ensino do Parque Científico e Tecnológico, (Iparque) da Unesc, na noite de quarta-feira (14/06), muitas coisas interessantes seriam reveladas. Os trabalhos no local tiveram comando do perito criminal André Bitencourt, do Instituto Geral de Perícias, vinculado à Polícia Científica de Santa Catarina.
Na oportunidade, André apresentou aos acadêmicos as oportunidades de atuação de engenheiros químicos na perícia criminal. Com divulgação temática e até sinalização especial da sala, o assunto chamou a atenção e despertou interesse dos estudantes.
Para André, bioquímico, falar da sua experiência como profissional é apresentar aos futuros engenheiros novos horizontes de atuação.
“Estou aqui para mostrar um pouquinho como funciona a química e a toxicologia forense. Isto para que os acadêmicos do curso de Engenharia Química obtenham conhecimento com as partes da ciências forenses e alertá-los de que o engenheiro químico também é habilitado para ser um perito criminal”, explicou, acrescentando que, além destes profissionais, apenas químicos, bioquímicos, biomédicos e farmacêuticos bioquímicos podem participar do concurso público para a função de Perito Criminal Bioquímico.
Inspirar novos profissionais
A iniciativa de abordar a temática na graduação é do Centro Acadêmico do curso de Engenharia Química (CA), da coordenação do curso e da professora Juliane Pavei Pizzolo.
O projeto visa ampliar e divulgar novos campos de atuação profissional. “A área de perícia é muito importante para nós do curso e a nossa futura formação nos permitirá atuar em várias áreas como na Perícia Criminal. Os alunos sempre tiveram essa curiosidade”, informou a presidente do CA, Ana Luiza Devilla.
Conforme a professora do curso, é de grande valia a presença do profissional para transmitir seus conhecimentos. “É muito interessante para os estudantes entenderem como são os trabalhos investigativos em um crime. Eles tiveram a compreensão de como se utilizam e reagem os elementos químicos dentro de uma perícia na área Forense”, comentou.
O acadêmico da sétima fase, Pedro Monteiro, considerou a palestra superinteressante. “É um tema muito pertinente para nós. Sempre é bom sair da sala de aula e conhecer mais uma opção para a nossa área de atuação. Isso prova que é possível estar presente na indústria, nas farmacêuticas e também dentro da polícia. Assim a gente consegue vislumbrar as diversas possibilidades dentro do mercado de trabalho. Todos estão de parabéns pelo evento”, concluiu.
Egressa no IGP
A engenheira química Tuane Lima Medeiros concluiu seus estudos na Unesc no primeiro semestre de 2022. Por dois anos ela estagiou no IGP e após de formada foi contratada como terceirizada, atuando no laboratório junto com o André.
“Eu faço as análises e auxilio em tudo. A área é muito boa, tem muita química na prática e é um filão interessante para quem se forma na Engenharia Química e tem interesse em prestar concursos públicos. A perícia criminal é um campo muito interessante e carente de engenheiros”, destacou.
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