Para uma melhor experiência neste site, utilize um navegador mais moderno. Clique nas opções abaixo para ir à página de download
Indicamos essas 4 opções:

Ok, estou ciente e quero continuar usando um navegador inferior.
Geral

Nivaldo Anibal Goularte: uma trajetória de dedicação à educação e legado inesquecível na Unesc

A Unesc é permeada por histórias inspiradoras, conquistas marcantes e legados que perduram. Entre eles, destaca-se a notável trajetória do ex-professor Nivaldo Anibal Goularte, que, aos 80 anos, faleceu em virtude de um câncer. Durante quase 35 anos, ele deixou uma marca indelével na Universidade, contribuindo de forma significativa para o progresso da Instituição.

“Nivaldo dedicou sua vida à educação, deixando uma profunda impressão na vida de estudantes e colegas. Compartilhou conhecimento, inspirou mentes e promoveu o desenvolvimento acadêmico e pessoal de todos que tiveram a oportunidade de cruzar o seu caminho. A paixão pelo ensino e compromisso com a educação foram admiráveis, fazendo dele um verdadeiro modelo a ser seguido”, expressa a reitora Luciane Bisognin Ceretta.

Natural de Araranguá, iniciou sua jornada na Instituição em março de 1975, aos 32 anos, como docente no curso de Pedagogia. Desde então, destacou-se pelo entusiasmo pela cultura, busca incessante pelo conhecimento e engajamento incansável em causas sociais. A habilidade em falar cinco línguas foi um testemunho de sua dedicação ao aprendizado.

Nivaldo foi um exemplo inspirador ao incentivar viagens de estudo que enriqueceram a formação acadêmica dos estudantes e abriram horizontes para futuras carreiras. A visão ampla e internacional expandiu a influência da Fundação Educacional de Criciúma (Fucri) além das fronteiras, conectando a Instituição com o mundo. Possuía graduação em Teologia; Geografia (Licenciatura e Bacharelado); especialização em Ciências Sociais Aplicadas e História do Brasil; além de mestrado em Educação.

“Quando ingressei na Universidade, me deparei com a presença enraizada do professor Nivaldo. Ele já fazia parte do corpo docente e estava imerso no ambiente acadêmico. Foi justamente nesses primeiros anos da minha vida universitária que presenciei uma série de transformações que foram fundamentais para moldar a caminhada atual em direção à democracia, à participação ativa dos estudantes, professores, funcionários e de toda a comunidade universitária na escolha dos dirigentes, por meio do voto direto e universal”, relembra o ex-reitor Edson Rodrigues.

Ainda conforme Rodrigues, a figura do professor Nivaldo esteve presente como um guia no processo de transição, sendo um exemplo de compromisso e dedicação à causa da educação. Sua participação ativa e aplicada contribuiu para que essa nova era de participação e democracia se consolidasse na Universidade. O envolvimento trouxe um olhar crítico e esclarecedor, fortalecendo ainda mais a importância da voz de cada membro da comunidade acadêmica.

“Hoje, olhamos para trás e reconhecemos que essas transformações foram cruciais para moldar a Universidade que temos hoje, uma Instituição que valoriza e incentiva a participação de todos, que promove a troca de ideias e a busca conjunta pelo conhecimento. O legado deixado por Nivaldo é um lembrete constante de que a união e o engajamento são elementos essenciais para a construção de uma educação de qualidade e uma comunidade acadêmica forte e unida”, reforça o ex-reitor.

Protagonista

Nivaldo foi também protagonista em diversas áreas como nas questões ambientais, indígenas e raciais. “Sempre foi solícito, determinado e firme em suas convicções. Possuía uma índole especial que o diferenciava até mesmo hoje. Sempre foi defensor fervoroso da Fucri/Unesc”, conclui Rodrigues.

Goularte atuou na Unesc até 2009 e passou pelos cursos de Biologia; Educação Física; Engenharia de Agrimensura; História; Educação Artística com habilitação em Artes Plásticas; e Estudos Sociais. Passou pela Diretoria de Pesquisa, e pelos Museus Etnografia e Universitário.

De uma sabedoria incrível, de um conhecimento exemplar, era difícil encontrar o Nivaldo, sobretudo na sala de trabalho, sem um livro na mão, sem estar altamente concentrado nas leituras das tantas obras que ele leu e se apropriou durante a vida, como pontua o ex-reitor Gildo Volpato.

“Ele tinha uma frase marcante que ressoa até hoje em meu cotidiano, especialmente quando discuto a importância do conhecimento e sua aplicação para transformar não apenas nossas próprias vidas, mas também a vida daqueles que nos rodeiam. Ele costumava comparar o conhecimento e sua apropriação a um palco: quanto mais abrimos as cortinas, maior o palco se revela. Isso significa que à medida que nos apropriamos do conhecimento, percebemos a imensidão do saber”, menciona.

 

História

Acadêmico, colega e amigo de Nivaldo, o professor Carlos Renato Carola, relembra a trajetória do professor. “O Nivaldo era um professor de história que dedicou a vida à docência, especialmente na formação de professores. Um professor com uma capacidade intelectual ampla, um conhecedor das grandes obras do pensamento ocidental, um professor extremamente responsável no seu fazer de ofício, de ser professor, que nos ajudou a desenvolver um pensamento crítico, uma visão crítica da sociedade e do mundo”, enfatiza.

Conforme o Carola, seu engajamento e compromisso com os menos privilegiados fizeram dele um professor crítico das injustiças sociais no Brasil e na América Latina. “Era uma pessoa generosa, uma pessoa também solidária, uma pessoa que desenvolveu um papel importante na história da Unesc. Um professor que merece uma grande homenagem”, finaliza. 

A filha Clarissa Milanez Goularte Tonelli também compartilhou sobre o amor que ele tinha pela docência e descreveu-o como alguém apaixonado pela educação e pelos estudantes. “Ele era um pai extremamente amoroso e atencioso, além de ser um marido dedicado e um avô exemplar. Transmitiu às netas sua paixão pelos livros, desejando que as pessoas, a sociedade e o mundo pudessem se transformar por meio da educação. Durante seus mais de 40 anos de carreira na área da Educação, ele sempre buscou transmitir essa mensagem”, diz.

A Universidade declarou luto oficial por três dias em decorrência do falecimento do ex-professor, em sinal de pesar.

 

Trajetória

  • Presidente do Conselho Técnico Pedagógico – 06/08/1979 a 03/09/1980;
  • Assessor de Educação – 27/10/1980 a 01/01/1983 e de 26/02/1985 a 03/06/1985;
  • Vice-diretor da Escola Superior de Tecnologia (Estec)  – 06/03/1979 a 03/09/1980;
  • Coordenador do Departamento de Estudos Sociais de 1978 a 1980 e de 1983 a 1984;
  • Diretor da Faculdade de Ciências e Educação de Criciúma (Faciecri) – 17/07/1985 a 17/07/1988;
  • De 1997 a 2004, atuou no escritório de Relações Internacionais, antes chamado de Assessoria para Assuntos Internacionais.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

    • Graziela Meller Milaneze 24 de maio de 2023

      Nivaldo, além de ser um professor maravilhoso, era um tio muito querido e atencioso. Sempre mostrando para nós, seus sobrinhos, que a leitura era importante para o conhecimento e para o crescimento como pessoa. Com aperto no coração digo que ele vai deixar muitas saudades. Vai com Deus meu tio amado!!

    • Maria Just Harger 26 de maio de 2023

      “Professor Nivaldo”assim que sempre me referia ele, desde que tive o prazer de tê lo com professor no curso de pedagogia em 1977 .Minha paixão pelos livros foi reforçada pelo professor Nivaldo.
      Tenho boas lembranças da FUCRI e de Nivaldo.