Cinco escolas da região receberam a visita da equipe da Secretaria de Diversidades e Políticas de Ações Afirmativas e do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (Neabi) da Unesc, para um bate-papo sobre temas pertinentes, como violência de gênero, capacitismo, racismo, respeito da diversidade cultural da sociedade e a importância da cultura afro-brasileira para a sociedade.
As palestras foram ministradas pela coordenadora da Secretaria de Diversidades e Políticas de Ações Afirmativas, Janaína Damásio Vitório e a coordenadora adjunta Rita de Cássia Guimarães, além da coordenadora do Neabi, Normélia Ondina Lalau de Farias.
Entre as instituições de ensino visitadas estiveram a Escola de Educação Básica Governador Heriberto Hulse; a Escola de Educação Básica Coronel Marcos Rovaris; a E.M.E.B. Serafina Milioli Pescador; a Satc; e a EEB Catulo da Paixão Cearense de Sombrio.
“Enquanto Universidade Comunitária é de suma importância que esse diálogo vá para além dos muros da Instituição, pois estar nas escolas é propagar a ideia de cultura de paz que buscamos, bem como, anunciar para nossos futuros acadêmicos qual a linguagem que falamos enquanto Unesc, como espaço plural e de todos”, comentou Janaína.
Para Rita, essas atividades são muito importantes como fomento da discussão qualificada. “Só por meio da educação de pessoas mais jovens teremos chance para romper ciclos violentos que o preconceito e a discriminação promovem”, complementou.
“Essa interação com outras escolas e municípios faz com que o papel da nossa Universidade realmente se consolide como comunitária, levando nossa identidade para aqueles que serão nossos futuros acadêmicos percebam que aqui é o melhor lugar para estarem se construindo como seres melhores, para transformar os lugares e termos um mundo melhor”, acrescentou Normélia.
O que disseram os participantes
“Ter a presença da Secretaria de Diversidades na discussão sobre capacitismo foi muito importante para a troca de informações com profissionais de currículo completo e compatível com a conversa apresentada em sala de aula”, Luiza Buratto, acadêmica do curso de Jornalismo da Satc.
“O bate-papo foi de grande importância para a fixação do conteúdo sobre feminismo e relações de gênero. A fala foi super descontraída e a interação com os jovens nos mostrou que eles têm interesse em questionar e, em alguns casos, desconstruir os papéis de gênero”. Nathan Damázio, professor e coordenador da trilha Mulheres Catarinenses da Escola de Educação Básica Cel. Marcos Rovaris.
“Temos a ciência de que nossos alunos passaram a ter uma visão mais ampla sobre a temática e irão perceber o seu papel como agentes de desconstrução do preconceito estrutural existente em nosso país. Assim como em anos anteriores, a parceria entre escola e Universidade, vem contribuindo para a formação de cidadãos conscientes e críticos”. Equipe da EEB Catulo da Paixão Cearense.
“Não podemos silenciar diante do racismo estrutural. Só a conscientização poderá acarretar mudanças efetivas no combate ao racismo. É uma questão moral o envolvimento de todos nessa luta. O diálogo foi de extrema importância, pois, professores são os multiplicadores de conhecimento e informações e, ao estarem bem orientados e conscientes, farão a diferença na construção da equidade racial”. Equipe da E.M.E.B. Serafina Milioli Pescador.