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Arte e Cultura

Espaço Cultural “Toque de Arte” da Unesc abre
temporada com a exposição “Recordatório”

Há 30 anos a artista plástica Liliane Motta Silveira realizava sua primeira exposição na Universidade (Fotos: Arquivo pessoal)

Poderíamos dizer que a artista plástica Liliane Motta Silveira, a Lili, estaria retornando direto do túnel do tempo para expor novamente sua sensibilidade, seu talento e sua nova visão artística na Unesc. Há 30 anos, no dia 09 de novembro de 1992, na biblioteca da Universidade, ela apresentava suas peças, na mostra de objetos antigos com a proposta de provocar a saudade e resgatar as lembranças aos visitantes.

 

Agora, com uma nova concepção artística, com obras alegres, coloridas, vivas, com frases de humor e caricaturas que retratam o cotidiano, ela traz uma inédita fase da sua carreira. Na exposição “Recordatório”, que será inaugurada nesta quarta-feira(15/03), às 19h30min, no Espaço Cultural “Toque de Arte”, no hall do bloco administrativo, o destaque do seu trabalho fica por conta das suas cadeiras de personalidades local, nacional e mundial. Neste móvel comum de madeira, ela descarrega sua imaginação e criatividade e o transforma em uma obra de arte.

A Mostra também é um resgate das suas vivências nos 15 anos em solo criciumense. Por aqui, muito produtiva e ativa, sempre esteve à frente da realização de grandes eventos culturais. Liliane, fez parte da criação, há 30 anos, da Fundação Cultural de Criciúma (FCC). Em suas memórias ela resgata a imagem dos aguerridos mineiros, protegidos com a fé em Santa Bárbara e ainda declara seu amor por Criciúma.

A artista destaca que a Mostra é a reunião de lembranças e fragmentos do que viveu na cidade. “São amigos, trabalho, músicas e momentos reproduzidos em placas de madeira. Muitos vão se reconhecer ali ou relembrar de situações que vivemos juntos. Estou imensamente feliz com o convite da Unesc, onde retorno 30 anos depois de uma instalação de memorabilia e objetos kitsch na Biblioteca. É um presente que a vida me dá. Neste mesmo dia, 15 de março, comemoramos os 30 anos do nascimento da FCC, da qual fiz parte da criação e da primeira diretoria junto ao presidente Henrique Packter”, relembrou.

O retorno da artista, que também já lecionou na Unesc, está repleto de coincidências, resgates e reencontros. Resgate do seu passado, enquanto produtora das mídias eletrônicas e reencontros com seus amigos e colegas de tv: Edi Balod, Adilamar Rocha, Nei Manique, João Batanolli, entre outros tantos.

Abertura das atividades

Para a coordenadora do Setor Arte e Cultura da Unesc, Amalhene Baesso Reddig, o Espaço Cultural Unesc “Toque de Arte”, cumprindo com as políticas de cultura da Universidade, abre o calendário expositivo dos seus 23 anos e dos 55 anos da Unesc com a artista convidada, que chega para escrever um novo capítulo em sua história.

“Será mais que uma exposição, será um reencontro. Após 30 anos, ela volta a expor suas obras na Unesc. Naquela época já ‘causou’ com a sua Mostra e agora vem para impactar ainda mais com a sua arte, anunciando aspectos culturais da cidade, reunindo um vasto recorte de músicas e de artistas nacionais e internacionais. Lili, artista generosa, com sua grande paleta multicolorida apresenta traços fortes e nos convoca à apreciação, à reflexão. Com suas obras, o campus transgride com as muitas vivências e práticas culturais e tudo isso tem a ver com a nossa Universidade”, destacou.

Liliane pelo artísta plástico Edi Balod

Ao descrever o trabalho da colega, o artista Edi Balod define o texto de curadoria como:

O universo surreal onde está inserida a arte de “Lili”, artista plástica, cineasta, produtora e agitadora cultural, revela um conjunto de obras instigantes/intrigantes, diferenciadas do contexto tradicional acadêmico nos fazeres artísticos. Materiais e suportes diversificados permeiam e baseiam sua atividade pictórica/technicolor revelando sutilezas, além do momento óbvio, através das diversas formas da expressão da arte.

Personagens famosos, artistas consagrados ou não, paisagens e cenários aleatórios se expõem de modo acidental e ou incidentalmente, através dos traços e cores marcantes e despojados de qualquer rigor técnico, estilo ou resultados perfeccionistas.

As obras em si, os recortes, conteúdo, textos nos mostram outras áreas da nossa realidade cultural, ou confirmam o momento real, complementados pelos suportes/bases, onde está inserida, induzindo nosso olhar para a questão musical, na literatura, a própria poesia – às vezes fragmentada e também na maneira inusitada, ocupacional, de apresentar – para nosso gáudio e estupor, seu método inusitado de apresentar suas criações e representações”.

 

 

 

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