A inovação e a tecnologia como estratégias para a superação da pandemia foram debatidas na manhã desta terça-feira (23/6) por representantes de entidades e do poder público, durante um webinar promovido pela Universidade. O evento fez parte da programação alusivas aos 52 anos da Unesc e trouxe desafios e aprendizados neste período de enfrentamento da Covid-19.
O evento virtual teve a participação da mentora da Social Good Brasil, Fernanda Bornhausen, do diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação da Fundação Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação de Santa Catarina (Fapesc), Amauri Bogo e do diretor de Desenvolvimento Econômico, Tecnologia e Inovação da Prefeitura de Criciúma, Claiton Pacheco. O webinar teve a mediação da pró-reitora de Planejamento e Desenvolvimento Institucional da Unesc, Gisele Coelho Lopes. O evento contou ainda com a presença da reitora, Luciane Bisognin Ceretta.
A mentora da Social Good Brasil, falou do trabalho desenvolvido pelo programa, utilizando as tecnologias, novas mídias e o pensamento inovador neste período de pandemia. Apresentou a Sala de Situação Digital, que analisa cenários sobre a Covid-19 e é alimentada com dados públicos sobre a pandemia. Os dados são analisados e cenários são projetados, com o objetivo de ser um aliado da gestão pública na definição de estratégias para o enfrentamento da pandemia.
“Acreditamos no poder que dados e evidências têm para fortalecer decisões. Nosso trabalho colabora também para ajudar na elaboração de políticas públicas que envolvam a sociedade e sejam baseadas em dados e evidências”. Fernanda enfatizou também a necessidade de um trabalho coletivo para a elaboração de estratégias diferenciadas não apenas durante a pandemia, mas em todos os novos desafios. “Inovação são mentes diferentes colaborando para resolver problemas complexos que entreguem valor. Se não agrega valor, se não tem colaboração e mentes diferentes, não é inovação”.
Fapesc chama pesquisadores para atuarem no combate à pandemia
O diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação da Fapesc, Amauri Bogo, apresentou um pouco do trabalho da fundação neste período, como a abertura de uma plataforma online de pesquisadores para tentar auxiliar o Governo do Estado a dirimir os efeitos da pandemia. “Tivemos muitos interessados e dividimos os pesquisadores em nove grupos de trabalho, para que cada um desenvolva estudos e contribua em pontos considerados mais necessários, como programação de retorno às atividades, políticas de testagem e modelos epidemiológicos”.
Segundo Bogo, a Fapesc atua em inovação, ciência e tecnologia, e nos últimos meses tem investido muito no ecossistema e na área de inovação tecnológica. Em sua fala, o diretor lembrou dos projetos contemplados recentemente pelo edital da Fapesc, como o do Grupo de Pesquisa Biotech da Unesc, que tem foco no fomento de ações emergenciais aos efeitos da Covid-19. Conheça o projeto da Universidade.
Parcerias entre poder público e universidade
O diretor de Desenvolvimento Econômico, Tecnologia e Inovação da Prefeitura de Criciúma, Claiton Pacheco afirma que um dos trabalhos durante a pandemia tem sido no sentido de minimizar o impacto do momento na economia do município. Para isso, o município contou com dados originados por meio de parcerias. “É o poder da colaboração. Entendemos que sozinhos não podemos fazer nada e por isso buscamos parceria com entidades e instituições como a Unesc. Tivemos que pensar com criatividade e ter agilidade. Não conseguiríamos ter macro programas de solução de problemas, então focamos nos microproblemas e em como atuar em cada um deles para ter efetividade”.
Hackathon Unesc Digital
A manhã do segundo dia de programação dos 52 anos da Unesc contou ainda com o lançamento do Hackathon Unesc Digital, um desafio voltado para estudantes, professores, funcionários e egressos da Universidade. A iniciativa quer discutir novas ideias e o desenvolvimento de projetos inovadores voltados a questões relacionadas às estratégias pedagógicas apoiadas por tecnologias.
O termo hackathon vem da junção das palavras inglesas Hack e Marathon (uma espécie de maratona de hacker). A proposta é reunir um grupo de pessoas capacitadas com o objetivo de criar soluções inovadoras a partir de desafios previamente selecionados. “O Hackathon Unesc Digital é um espaço onde você pode participar com ideias, sugestões sobre como podemos melhorar as nossas práticas pedagógicas para interagir e construir o conhecimento”, afirma a pró-reitora de Planejamento e Desenvolvimento Institucional, Gisele Coelho Lopes.
As inscrições para o desafio já estão abertas e o desafio deve ser submetido até 21 de julho. O lançamento do Hackathon Unesc Digital teve a participação do Gerente de Inovação e Empreendedorismo, Paulo Priante e do assessor da Agência de Desenvolvimento, Inovação e Transferência de Tecnologia (Aditt), Christian Engellmann.
Programa especial no campus
A programação da manhã contou ainda com o Programa João Paulo Messer, da Rádio Eldorado, no campus. Ao longo da manhã, Messer entrevistou gestores da Instituição, como a reitora, Luciane Bisognin Ceretta, as pró-reitoras Indianara Reunaud Toretti (Acadêmica) e Gisele Coelho Lopes (Planejamento e Desenvolvimento Institucional), e pessoas que participaram e seguem ativamente na história da Universidade, como o ex-diretor da Fucri, Laênio Ghisi e os ex-reitores da Unesc, Edson Rodrigues e Gildo Volpato.
Ainda na programação do período matutino, o Museu da Infância da Unesc apresentou a história “Noite iluminada: O legado de um amor índio”, contada pela acadêmica do curso de Design, Camila Valuso, intercambista da Argentina e atuante no Setor de Arte e Cultura da Unesc.