As pesquisas sobre transtorno bipolar desenvolvidas no Laboratório de Psiquiatria Translacional da Unesc têm conquistado destaque internacional. Após serem evidenciadas por periódicos norte americanos como o Translational Psychiatry do grupo Nature, foi a vez de serem compartilhados em evento promovido por ferramentas digitais direto de Nova York. A pesquisadora doutora Samira Valvassori, que lidera o grupo de estudos, apresentou resultados positivos de uma de suas últimas pesquisas no Simpósio Virtual da SSBP (Society of Biological Psychiatry ou Sociedade da Psiquiatria Biológica).
Dentro da temática Modeling Bipolar Disorder in Animal Models (Modelando o Transtorno Bipolar em Modelos Animais), Samira apresentou estudos recém-publicados, e que tiveram dois fundamentais objetivos: facilitar o teste de medicações relacionadas ao transtorno bipolar e contribuir com estudos na área da fisiopatologia.
Segundo a pesquisadora, o tratamento medicamentoso deste transtorno crônico é essencial, bem como a terapia com o psicólogo, elementos que validam a importância da pesquisa. “Dentro deste campo já existem tratamentos farmacológicos, entretanto muitos pacientes não respondem positivamente aos efeitos colaterais ou a própria medicação. Com um modelo animal adequado podemos testar novas medicações, com potencial terapêutico para o transtorno bipolar”, explica.
Atuando há 16 anos na pesquisa pré-clínica, com animais, e há sete anos na pesquisa clínica, com pacientes, o grupo de estudos tem avançado positivamente na busca pelo modelo animal adequado. Em destaque recente, o pioneirismo no desenvolvimento de um modelo animal de transtorno bipolar foi evidenciado em periódicos internacionais, como o Translational Psychiatry do grupo Nature.
A importância de compartilhar conhecimentos
O transtorno bipolar é um paradigma em todo o mundo. Diante deste contexto, eventos como o Simpósio Virtual da SSBP contribuem para a progressão positiva de estudos nas áreas relacionadas a psiquiatria. “A exata fisiopatologia não foi totalmente elucidada, porém, muito se evoluiu acerca de alterações bioquímicas e moleculares envolvidos na neurobiologia deste transtorno. Um modelo assertivo também poderia ajudar a preencher as lacunas que faltam acerca da neurobiologia do transtorno”, conclui a pesquisadora.
O Laboratório de Psiquiatria Translacional da Universidade é vinculado ao PPGCS (Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde).
Postado por Leonardo Ferreira – Agência de Comunicação