A Unesc manifesta profundo pesar pelo falecimento da professora Maria Tereza Leopardi, ocorrido nesta quarta-feira (26/11), aos 76 anos. Fundadora e primeira coordenadora do curso de Enfermagem da Universidade, Maria Tereza, carinhosamente chamada de “Tete”, foi referência na docência, na pesquisa e, sobretudo, na formação humana de gerações de profissionais da saúde.
Reconhecida pelo acolhimento, pela escuta atenta e pela postura ética, a professora deixou uma marca que ultrapassa os limites da sala de aula. Sua trajetória foi pautada pelo compromisso com o cuidado, pela reflexão crítica e pela defesa da Enfermagem como profissão essencialmente humana. Para colegas, alunos e ex-alunos, Tetê foi exemplo de dedicação, justiça e sensibilidade.
“Maria Tereza Leopardi contribuiu de forma decisiva para a história da Unesc, especialmente na consolidação do curso de Enfermagem. Sua atuação marcou gerações de estudantes e profissionais, sempre pautada pela ética, pelo compromisso com a educação e pelo cuidado com as pessoas. Neste momento de despedida, a Unesc se solidariza com familiares, amigos e toda a comunidade acadêmica”, declara a reitora em exercício da Unesc, Gisele Silveira Coelho Lopes.
Legado que atravessa gerações
A egressa do curso Ana Paula Costa destaca a importância da professora na sua formação e na criação do próprio curso. “Há 20 anos concluí minha formação em Enfermagem e tenho o privilégio de afirmar que fui guiada por professores extraordinários. Entre eles, destaca-se a professora Maria Tereza, uma das fundadoras e principal visionária responsável por trazer o curso de Enfermagem para a Unesc. Ela idealizou um curso com metodologia inovadora, colocando o cuidado ao ser humano como base da formação. O que permanece é o legado que ela deixou em cada um de nós”, recorda.
O professor do curso de Enfermagem da Unesc e ex-estudante de Tetê, Jacks Soratto, também ressalta a relevância da docente. “Recebi com muita tristeza a notícia do falecimento da professora Maria Tereza Leopardi. Ela foi uma das responsáveis pela abertura do curso e sempre se destacou por sua sustentação teórica extremamente sólida, tornando-se referência nacional no ensino da Enfermagem. Seu legado permanecerá entre todos que tiveram a oportunidade de conhecê-la”, afirma.
Formação profissional e humana
A coordenadora do curso de Enfermagem Mira Dagostim relembra a influência direta da professora no processo de seleção para a graduação. “Tive a honra de tê-la na banca da minha entrevista de seleção. Mesmo diante da insegurança, ela soube me acolher, enxergar meu potencial e me fazer acreditar. Como coordenadora, nos ensinou a refletir profundamente sobre a prática da Enfermagem, enxergando o sujeito de forma integral, unindo técnica, ética e cuidado humanizado. Muito do que sou hoje devo à sua orientação e ao seu exemplo”, disse.
Mira afirma ainda que, hoje, como integrante do time de Enfermagem da Unesc, carrega consigo cada ensinamento deixado pela professora. “Seguir adiante é também uma forma de honrar sua memória e perpetuar os valores que ela semeou”, pontua.
As últimas homenagens à professora ocorrem no Cemitério Municipal São Luiz, em Criciúma. O sepultamento está marcado para esta quinta-feira (27/11), às 17h.
“Maria Tereza Leopardi, carinhosamente chamada por todos nós como ‘Tete1, foi uma referência para o curso de Graduação em Enfermagem por ser a precursora dele como coordenadora do curso. Foi referência em pesquisa, na docência mas, sobretudo, como ser humano. Sempre acolhedora, sorridente, reflexiva, e com as mãos estendidas e braços abertos para quem precisasse. Particularmente, em dado momento de falta de saúde em minha vida, foi junto com a Soraia, as mãos que abriram portas e jamais esquecerei disso. Tetê foi grande enfermeira, ética, justa e muito, muito humana”, comenta a professora Mágada Tessmann.
