O PET-Saúde Equidade completa um ano e meio de atuação com resultados concretos e transformadores em Criciúma. O programa tem se destacado como uma referência regional em educação pelo trabalho, inovação social e cuidado centrado nas pessoas, consolidando a integração entre universidade, serviços de saúde e comunidade.
“O PET-Saúde Equidade mostrou que quando a formação e o serviço caminham juntos, o resultado é uma transformação real nas práticas de cuidado e nas relações entre profissionais e comunidade. É um projeto que promove escuta, empatia e protagonismo coletivo”, destaca o coordenador do programa, Rafael Amaral.
Desde o início, o projeto já envolveu 82 bolsistas de graduação, pós-graduação, docentes e profissionais da saúde, alcançando mais de 2.100 participantes em encontros, rodas de conversa e oficinas. As ações se estruturam em cinco eixos temáticos estratégicos: Gênero e Diversidade, Saúde Mental e Cuidado Integral, Violências e Direitos Humanos, Acessibilidade e Pessoas com Deficiência e Saúde da Mulher; e vêm qualificando equipes e fortalecendo a Atenção Primária à Saúde (APS) como base da gestão e do cuidado.
Nos serviços, o impacto é visível: o programa está inserido em 28 Unidades Básicas de Saúde (UBS), dois Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e serviços parceiros como o CRAS, aprimorando fluxos, protocolos e processos de trabalho em conjunto com as equipes. Estima-se que 8.900 pessoas já tenham sido beneficiadas por ações de educação em saúde, acolhimento, oficinas e intervenções locais.
O PET-Saúde Equidade também impulsiona a produção científica e a inovação, com 41 artigos em elaboração ou publicados, dois capítulos de livro em desenvolvimento e quatro projetos de pesquisa vinculados. Além disso, o grupo criou produtos técnicos e metodológicos, como guias, manuais e oficinas replicáveis, que estão sendo aplicados em outros territórios e formações.
Entre os resultados qualitativos, destacam-se a aproximação real entre universidade e serviços, o fortalecimento da prática colaborativa interprofissional, a ampliação do olhar sobre equidade e o aumento da presença feminina em espaços estratégicos de cuidado e gestão. 
O programa mantém articulação permanente com o PET-Saúde Digital, a Prefeitura de Criciúma, o Programa de Residência Multiprofissional, o Observatório de Saúde e diversos grupos de extensão da Unesc, reforçando o compromisso com uma formação em saúde conectada à realidade e orientada pela equidade.
Agora, o grupo se prepara para uma nova fase, ampliando o alcance das ações e consolidando o modelo como referência nacional de integração ensino-serviço-comunidade.
Paula Darós
Bolsista Pet-Saúde
