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Saúde

Dois meses após lançamento, Ambulatório de Atenção à Pessoa com Fibromialgia da Unesc é ampliado

Novo modelo envolve mais de 20 profissionais de nove áreas (Fotos: Leonardo Ferreira)

A Unesc busca excelência na implantação do Ambulatório de Atenção à Pessoa com Fibromialgia, e nesta quinta-feira (1º/9) concretizou mais uma ação para atingir este objetivo. Dois meses após o lançamento do espaço, e um mês do início dos trabalhos, a Universidade ampliou o projeto com a adição de novos profissionais e procedimentos para atender a grande demanda da região. O trabalho está sendo realizado junto à Câmara de Vereadores e Prefeitura Municipal de Criciúma. 

Entendendo a dimensão desta responsabilidade, o projeto foi apresentado no Auditório Ruy Hulse da Universidade com a presença de pessoas acometidas pela síndrome e lideranças comunitárias. “Percebemos, pelo número de pessoas que recorreram à Universidade, a necessidade de ampliar ainda mais o Ambulatório. Assim fizemos. A equipe foi reconstituída, ganhando importantes reforços que se somam aos profissionais que aqui estão. Nossa busca é pela excelência. Acreditamos que aqui, na nossa Unesc, estas pessoas terão o mais completo e humano acolhimento disponível para o tratamento desta síndrome”, evidenciou a reitora da Universidade, Luciane Bisognin Ceretta. 

Com uma média esperada de 300 atendimentos por mês, o Ambulatório está preparado para até 124 pacientes logo na primeira semana e poderá ser acessado em um ciclo de três etapas. A entrada será pelas UBS (Unidades Básicas de Saúde) de Criciúma, com encaminhamento a um serviço de apoio e diagnóstico e por fim o atendimento na Universidade. Com embasamento em estudos técnicos, Sandro Ressler, coordenador do espaço, explica que os pacientes serão categorizados entre grupos leve, moderado e grave, com tratamento específico para cada situação. 

Serão 12 semanas de tratamentos, com acesso a mais de 20 profissionais de  Fisioterapia, Enfermagem, Medicina, Psicologia, Educação Física, Terapia Ocupacional, Nutrição e Farmácia. Esta nova etapa do atendimento, que iniciou dentro do CER (Centro Especializado em Reabilitação) da Unesc e agora ganha uma nova dimensão com profissionais direcionados pontualmente para esta atuação, começará na segunda-feira (5/10) com atendimento em dias da semana entre 8 e 19 horas. “É uma ampliação deste trabalho, para atender o maior número de pessoas possíveis que necessitam de um cuidado especializado. Nosso objetivo é ir além de aliviar as condições de dores, e sim possibilitar uma efetiva atuação na vida social e profissional”, afirmou o coordenador.

Além dos serviços próprios do Ambulatório, o paciente poderá usufruir de toda a estrutura da Universidade, desde as Clínicas Integradas até a assistência social, garantindo que a atenção ao usuário do serviço seja completa dentro e fora da área da saúde. Exames também poderão ser feitos diretamente na Instituição, dando mais dinamismo e acessibilidade ao tratamento. Os que devem ser feitos fora da Universidade, conforme o secretário de Saúde de Criciúma, Acélio Casagrande, estão garantidos pelo poder público. “Com certeza este trabalho vai tirar a dor de muitas pessoas. Todos os exames necessários para o tratamento estão garantidos. Desde o exame laboratorial até a ressonância magnética”, frisou.

O dia a dia do fibromiálgico e a representatividade de um ambulatório  

O drama de quem convive com esta síndrome é diário. São dias e noites de dor, com mínimas possibilidades de tratamento em qualquer lugar do Brasil. Em Criciúma, mais de cinco mil pessoas são acometidas. No Sul do estado o número cresce consideravelmente. Entre esses pacientes está Cristina Valério. Ela sofre, há anos, de fibromialgia e descreve como uma angústia invisível, intensa e de difícil identificação. “Já ouvi que não teria tratamento disponível para mim, fui encaminhada para um psiquiatra, e posteriormente internada com depressão. Isso é um caso comum para quem convive com a fibromialgia, tanto que o que conseguimos aqui na Unesc hoje representa a esperança da qualidade de vida que um fibromiálgico tanto procura”, destacou. 

Cristina conhece a realidade desta síndrome por todo o Brasil por sua atuação na Anfibro (Associação Nacional de Fibromialgia).  Ela afirma que o apoio que as pessoas receberão no serviço será fundamental para evitar tragédias. “A rotina de dores acaba em tentativas contra a própria vida, muitas vezes. Esse acolhimento que a Universidade está fazendo com toda certeza garantirá a esperança de vida a quem tanto sofre”, afirmou. 

Ser tão comum, e ao mesmo tempo invisível, foi o que levou Rosimar da Silva a procurar o vereador de Criciúma e presidente da Câmara, Tita Belolli, como um último pedido de ajuda. Inicialmente tinha foco em auxílios específicos para o fibromiálgico. Em uma coincidência, o vereador Arleu da Silva já trabalhava em um projeto de lei nestes moldes.

Juntos, entendendo a dimensão deste desafio, os representantes da comunidade ampliaram a iniciativa e procuraram a Unesc. “Naquele momento questionei Rosimar sobre o tratamento em Criciúma. Sua resposta foi que não se encontrava nem aqui, nem em Santa Catarina e são pouco no Brasil. Logo pensei na Unesc. A resposta foi rápida e hoje vemos um grande projeto saindo do papel. Tenho certeza que este Ambulatório será referência nacional”, evidenciou Belolli.

Para os próximos meses, um Cartão da Pessoa com Fibromialgia está nos planos do projeto da Unesc, e ele poderá valor em conformidade com um projeto de lei já aprovado na Câmara e que garantirá que o paciente tenha acessos facilitados a serviços públicos e outros auxílios.

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