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Em roda de conversa sobre violência doméstica na Unesc, Navit Sul lança cartilhas em espanhol e crioulo

Os panfletos trazem orientações sobre prevenção, proteção e mecanismos de denúncia para mulheres estrangeiras vítimas de violência doméstica. (Fotos: Marciano Bortolin/Agecom/Unesc)

Acadêmicos e professores de diversos cursos de graduação e extensão da Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc) participaram, na noite desta quarta-feira (17/9), de uma roda de conversa sobre violência doméstica promovida pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), por meio do Núcleo de Atendimento a Vítimas de Violência (Navit Sul).

O evento foi aberto e contou com a participação da Reitora em exercício da Unesc, Gisele Coelho Lopes. Em sua exposição inicial, a Reitora destacou a amplitude e a complexidade do fenômeno da violência doméstica, e o necessário engajamento da universidade nas ações de prevenção e conscientização sobre o tema.

Na sequência, encontro foi conduzido pelo coordenador do Navit e Promotor de Justiça titular da 12ª Promotoria de Justiça de Criciúma, Samuel Dal Farra Naspolini, que dialogou com os mais de 50 participantes sobre a Lei Maria da Penha, os mecanismos de denúncia, mitos e crenças populares relacionados ao tema, além de ações de prevenção. Ele também respondeu perguntas, esclareceu dúvidas e incentivou o debate sobre o papel do MPSC e da sociedade na proteção das mulheres vítimas de violência doméstica.

A ocasião marcou o lançamento de duas cartilhas produzidas pela equipe do Navit Sul e pela 12ª Promotoria de Justiça, traduzidas para o espanhol e o crioulo haitiano. Os materiais oferecem orientações sobre prevenção à violência doméstica, explicam os canais de denúncia, descrevem os tipos de violência e disponibilizam os contatos do Núcleo para apoio às vítimas.

“Esse material foi pensado para atender às mulheres imigrantes da região. O evento foi excelente, a receptividade foi enorme. Contamos com a universidade e com essas forças vivas da sociedade para disseminar essas informações e levar o conhecimento sobre os direitos também às mulheres imigrantes. É esse espírito de solidariedade, dirigido à realização dos direitos humanos, que orienta o trabalho de todos nós”, ressaltou o Promotor de Justiça.

A coordenadora do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (NEABI) da Unesc, professora Normelia Ondina Lalau, acompanhou a conversa e destacou a relevância da ação. “Foi uma conversa extremamente importante. Precisamos continuar falando sobre isso, para que as pessoas compreendam que esse tipo de violência não pode mais acontecer. O material produzido é muito interessante, pois traz a linguagem em espanhol e crioulo, e temos na região – inclusive dentro da universidade – muitos imigrantes, especialmente haitianos, que muitas vezes desconhecem a existência dessa lei e os direitos que também lhes são garantidos”, afirmou.

Também participaram do encontro a servidora do Navit, Nenci de Souza Cardoso, e as parceiras do Núcleo: Vânia Pinheiro, advogada do projeto OAB Por Elas, e Ana Maria Vasconcelos Negreiros, psicóloga do Instituto Teológico de Educação Cristã (ITEC). Elas estiveram à disposição dos participantes para esclarecer dúvidas e aprofundar o debate.

Texto: Coordenadoria de Comunicação Social do MPSC

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