PPGDS

Professores, estudantes, residentes e pesquisadores
da Unesc marcam presença no 7º Fórum de Direitos Humanos e Saúde Mental

Universidade esteve representada em Juiz de Fora (MG) com trabalhos, minicurso, mesa-redonda e experiências de ensino, extensão e pesquisa. (Fotos: Divulgação)

De 11 a 14 de setembro de 2025, a cidade de Juiz de Fora, em Minas Gerais, foi palco de um dos mais importantes encontros nacionais sobre políticas públicas, práticas de cuidado e luta antimanicomial. A Associação Brasileira de Saúde Mental (Abrasme) promoveu o 7º Fórum de Direitos Humanos e Saúde Mental, que nesta edição discutiu o tema “Direitos Humanos e Luta Antimanicomial: Construindo uma Alternativa Popular para o Brasil”. O evento reuniu profissionais, usuários, familiares, ativistas, pesquisadores e estudantes de todo o país e do exterior, consolidando-se como espaço plural e democrático de reflexão.

A Unesc esteve presente com uma comitiva formada por professores de Psicologia, estudantes de graduação, residentes da Residência Multiprofissional, integrantes do Programa Acolher, além de pesquisadores vinculados ao Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (PPGSC) e ao Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Socioeconômico (PPGDS). Ao longo dos quatro dias de programação, a Universidade levou oito trabalhos acadêmicos que refletem sua diversidade de experiências de ensino, pesquisa e extensão.

Entre as apresentações, destaque para o relato do Programa Acolher, conduzido pela psicóloga Larissa Mazzucco Bianco e pelo professor Zolnei Vargas Ernesta de Córdova, que abordou a experiência de um espaço de saúde mental e escuta acadêmica. Também teve espaço o projeto de Extensão “Esperança do verbo esperançar”, representado pela estudante de História Maria Júlia da Costa Manoel, em coautoria com Débora Lemos Bittencourt Rosa e orientação da professora Dipaula Minotto da Silva, trazendo uma perspectiva decolonial na formação de extensionistas.

Relatos

Outra iniciativa apresentada foi o projeto “Semear e colher saberes”, com relato da estudante de Psicologia Caren Delfino Pivetta, igualmente sob orientação da professora Dipaula, que enfatizou o fortalecimento do associativismo e a participação popular em saúde mental.

“A Liga Acadêmica de Saúde Mental e Atenção Psicossocial (LASMAP) também marcou presença com trabalho apresentado pela estudante Débora Lemos Bittencourt Rosa, orientada pela professora Dipaula, evidenciando o compromisso da formação crítica com a luta antimanicomial. Já a mestranda Larissa Mazzucco Bianco, do PPGDS, apresentou reflexões iniciais sobre psicologia, plataformização e precarização, em pesquisa orientada pela professora Giovana Ilka Jacinto Salvaro”, comenta Córdova.

A residente em Saúde Mental Giulia Bongiolo Casagrande, também sob orientação de Giovana, trouxe uma análise sobre a saúde mental de mulheres entregadoras na uberização do trabalho. A própria professora Giovana apresentou o trabalho “Opressões que constituem o nós mulheres: releituras de gênero e psicanálise em Gayle Rubin”, reforçando o olhar crítico de sua linha de pesquisa.

Organização

A professora Dipaula Minotto da Silva apresentou ainda o trabalho “Cuidado em saúde mental: compartilhar saberes e fortalecer práticas interprofissionais em rede”, elaborado em coautoria com pesquisadoras da UFSC, residentes e estudantes da Unesc. Ela também teve papel central na organização do Fórum, integrando a comissão organizadora, ministrando o minicurso “Abordagem interseccional na educação permanente e na produção do cuidado em saúde mental” e mediando a mesa-redonda “Interprofissionalidade e intersetorialidade no cotidiano: afirmação das práticas antimanicomiais”, que contou com Alcindo Ferla, da Rede Unida, e Ândrea Cardoso, da UFF.

A participação da Unesc em Juiz de Fora reafirmou o compromisso da Universidade com a formação crítica e humanizada de profissionais da saúde e fortaleceu a interlocução entre ensino, serviço e comunidade. Para a professora Dipaula Minotto, os dias de Fórum foram de intensas trocas e aprendizados. “Foram dias que não apenas qualificam a formação acadêmica, mas também inspiram práticas de cuidado mais humanas e integradas no campo da saúde mental”, destacou.

Com representatividade acadêmica, extensão universitária e vivências de residentes, a Unesc se consolidou como instituição ativa no debate contemporâneo sobre direitos humanos, política de drogas e práticas de cuidado, reforçando seu papel na construção de uma alternativa popular para a saúde mental no Brasil.

 

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