A Unesc vivencia, nesta sexta-feira (19/9), um marco inédito em sua trajetória de excelência acadêmica e científica. Pela primeira vez na Universidade, defesas de dissertação foram realizadas em âmbito internacional, possibilitando duplas titulações, ou seja, títulos de mestres concedidos pela Unesc e Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC), de Portugal.
O feito foi possível graças ao acordo de cooperação firmado por meio do Programa de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia de Materiais (PPGCEM) junto ao Mestrado em Engenharia Mecânica, Energia e Materiais (MEMEM) da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do IPVC, que oportunizou que duas estudantes fizessem parte das suas pesquisas em solo português.
A sessão de apresentação, realizada de forma híbrida, reuniu autoridades brasileiras e portuguesas, docentes e pesquisadores. “É um passo significativo que fortalece a internacionalização da nossa pós-graduação stricto sensu, amplia oportunidades para nossos estudantes e projeta a Pesquisa desenvolvida aqui no Sul de Santa Catarina para o cenário mundial. A internacionalização é mais do que um desejo nosso, é uma necessidade cada vez mais latente e momentos como esse passarão a ser mais comuns daqui para frente”, destacou a reitora em exercício da Unesc, Gisele Coelho Lopes.
Conforme ela, o desejo é de que professores e estudantes se inspirem nesta realização para que estejam ainda mais envolvidos nos processos de internacionalização e multipliquem feitos como esse. “Tenho certeza que essa experiência já fez e ainda fará muita diferença na vida de cada um dos envolvidos. Nós, enquanto Universidade Comunitária verdadeiramente engajada no desenvolvimento da região, temos esse compromisso e nos realizamos ao oportunizar essa qualificação ainda maior com experiências conectadas ao mundo”, acrescentou, orgulhosa.
Acompanhando de forma remota, o presidente do IPVC, professor doutor Carlos Manuel de Silva Rodrigues, também manifestou entusiasmo ao vivenciar o momento histórico. “Este estabelecimento de redes é cada vez mais relevante para a qualidade do Ensino Superior. E tudo isto se faz com pessoas. O processo de internacionalização obedece, por questões de qualidade e alto nível de exigência, a um conjunto de tratamentos burocráticos que muitas vezes são pesados, que muitas vezes são morosos, que exigem resiliência e insistência para que se realizem. Agradeço e parabenizo a todos os envolvidos, desejando que essa relação de parceria se perpetue”, declarou o presidente do IPVC.
Também participaram da solenidade a pró-Reitora de Pesquisa, Pós-Graduação, Inovação e Extensão da Unesc, professora doutora Vanessa Moraes de Andrade, a coordenadora do PPGCEM, professora doutora Sabrina Arcaro e a assessora do Escritório de Relações Internacionais, Cinara Ludvig Gonçalves. Diretamente de Portugal, participaram, também representando o IPVC, a vice-presidente e responsável pela Internacionalização, professora doutora Ana Paula Vale, e o coordenador do MEMEM, professor doutor João Carlos de Castro Abrantes.
As primeiras defesas
Na programação, duas pós-graduandas protagonizaram o início desta trajetória de dupla titulação. Pela manhã no Brasil e início da tarde em Portugal, Eduarda Fraga Olivo defendeu a dissertação intitulada “Zeólitas sintetizadas a partir de frações residuais de carvão para aplicação agronômica como agente de liberação lenta de amônio”. A pesquisa contou com orientação do professor doutor Fabiano Raupp Pereira, orientação externa do do professor doutor Manuel Joaquim Peixoto Marques Ribeiro (IPVC) e coorientação do do professor doutor Jairo José Zocche.
No período da tarde, foi a vez de Mariana de Souza Pereira, com a dissertação “Síntese e atividade fotocatalítica de nanopartículas de TiO₂ para degradação do fármaco paracetamol”, sob orientação do do professor doutor Adriano Michael Bernardin, orientação externa do do professor doutor Manuel Joaquim Peixoto Marques Ribeiro (IPVC) e coorientação do do professor doutor Fabiano Raupp Pereira.
Para Eduarda, a oportunidade de qualificar a pesquisa com a possibilidade de ir até Portugal desenvolver por lá parte do processo, contanto com a parceria não só dos qualificados professores do PPGCEM, mas somando os conhecimentos dos professores portugueses, foi inesquecível. “Quando tu integras isso, passa a fazer parte deste universo, teu pensamento muda, tu te sente capaz de fazer outras coisas, novas coisas e isso muda tudo no âmbito pessoal e profissional”, destaca.
Mariana, que vivenviou a oportunidade junto da colega, também avalia como muito produtivo o processo. “Foi incrível poder ir para lá, usar laboratórios diferenciados, contar com ensino europeu também em nossa vivência. Laboratórios que pudemos utilizar, o ensino que pudemos ter. Foi uma experiência muito legal. Voltamos outras pessoas, com muito mais vivências”.
As bancas examinadoras contaram com docentes da Unesc, pesquisadores externos de outras universidades brasileiras e representantes do IPVC.
Confira abaixo a entrevista realizada na Unesc Rádio sobre a dupla titulação:
-
- Mestrandas foram aprovadas com títulos emitidos pela Unesc e pelo Instituto Politécnico de Viana do Castelo, de Portugal (Fotos Décio Batista/Agecom Unesc)
