O tempo, essência e matéria-prima da História, foram também inspiração para uma noite de celebração e reflexão na Unesc. Nesta terça-feira (19/8), acadêmicos, professores e convidados se reuniram para marcar o Dia do Historiador e celebrar as três décadas de trajetória do curso na Universidade.
A reitora em exercício, Gisele Silveira Coelho Lopes, ressaltou que a trajetória do curso é marcada pela formação de profissionais comprometidos com a educação, com a preservação da memória e com a valorização da identidade.
“São três décadas formando professores, pesquisadores e agentes culturais que atuam em escolas, museus, arquivos e nas mais diversas frentes de preservação e interpretação do tempo. É uma honra celebrar não apenas o Dia do Historiador e da Historiadora, mas também os 30 anos do curso. Esta é uma data que nos convida a refletir sobre o tempo, que é a essência da História, e ao mesmo tempo nos inspira a projetar o futuro que queremos construir”, relatou.
“Celebrar este marco é reconhecer o valor daqueles que escolheram a História, não apenas como profissão, mas como missão de vida. Que os próximos 30 anos sejam de ainda mais conquistas, com a mesma coragem e paixão que trouxeram o curso até aqui. Parabéns ao curso de História da Unesc e a todos que o fazem vivo todos os dias”, acrescentou.
Regulamentação da profissão
A data escolhida, 19 de agosto, presta homenagem ao escritor e abolicionista Joaquim Nabuco e, desde 2020, ganha ainda mais sentido com a regulamentação da profissão de historiador. Conforme a coordenadora do curso, Michele Gonçalves Cardoso, o momento é de reafirmar o papel social e a importância da área.
“Este é um dia para repensar o fortalecimento do campo, tanto no ensino formal quanto nos espaços não formais, como museus, centros de memória e arquivos históricos. É também a data de refletir sobre as pautas e objetivos do ensino de História e sobre os novos caminhos que a profissão trilha”, enfatiza.
Tradição e consolidação
Além da reflexão, a noite foi marcada por simbolismo e cultura. Durante a celebração, foi lançada a logomarca comemorativa, criada pelo artista e ex-professor da Unesc, Edi Balod, e apresentada a peça “Para Contar Estrelas”, do grupo Cirandela, um espetáculo que dialoga com o tempo.
A trajetória do curso, que começou ainda na década de 1970 com os Estudos Sociais e se consolidou como História há três décadas, é marcada pela formação de profissionais que hoje atuam em escolas, museus, arquivos e projetos de preservação da memória.
Logomarca foi criada pelo artista e ex-professor da Unesc, Edi Balod
“Celebrar 30 anos é também reconhecer o caminho percorrido, os desafios superados e a relevância do curso na formação de gerações que carregam consigo a responsabilidade de interpretar e ensinar o tempo. Hoje é uma noite de memória, de luta e de festa”, ressalta Michele.
O presidente do Centro Acadêmico (CA), Alex Tavares, lembrou que sonha em ser arqueólogo desde os 12 anos e foi isso que o levou ao curso. “Inclusive, tive a oportunidade de atuar na área por meio de um projeto de Extensão no ano passado. E é isso que me move até hoje: amor à História e ao conhecimento”, enfatizou.
Representatividade
Convidado para participar da comemoração, Edi Balod citou que o curso de História tem relação muito forte com a arte. “Eu fui convidado para pensar em algo que representasse o curso: uma ideia, um logotipo, uma marca que traduzisse este momento. No meu trabalho artístico, costumo usar pregos, que para mim representam o tempo fixado nos dormentes da ferrovia da nossa região. É uma imagem forte, carregada de memória. Brinquei com esse elemento e também com a ideia dos prédios da Estrada de Ferro, que são símbolos da nossa região. Incluí também a palavra História, para que essa marca permanecesse na Instituição”, explicou.
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- Evento reuniu acadêmicos, professores e convidados em uma noite de memória, cultura e reconhecimento. (Fotos: Daniela Savi/Agecom/Unesc)
