Pesquisa

Painel Técnico sobre submissão, execução e prestação de contas Fapesc encerra programação de Seminário

O evento foi realizado na tarde desta sexta-feira (25/7), na Universidade (Fotos: Daniela Savi, Décio Batista/Agecom/Unesc e Leonardo Ferreira/Fapesc)

Texto: Daniela Savi e Décio Batista/Agecom/Unesc

O painel técnico sobre Submissão, Execução e Prestação de Contas, realizado pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc), encerrou a programação do Seminário Integrado para o Fortalecimento dos Programas de Pós-Graduação, que ocorreu na Unesc. Com foco na gestão de projetos financiados, o painel ofereceu orientações essenciais sobre as etapas de submissão, execução e prestação de contas, tema fundamental para os pesquisadores da Universidade.

O evento, realizado no Auditório Edson Rodrigues, reuniu especialistas e autoridades ao longo de dois dias intensos de programação. O objetivo foi fomentar um diálogo sobre as diretrizes e as melhores práticas nos Programas de Pós-graduação stricto sensu. Além disso, o seminário teve como meta promover a qualificação e o fortalecimento dos programas da Universidade, alinhando-os às demandas e desafios regionais e nacionais.

A reitora em exercício da Unesc, Gisele Silveira Coelho Lopes, destacou o evento como um marco para a Instituição. “Este seminário é uma oportunidade significativa para reunir especialistas e gestores e discutir o fortalecimento da nossa pós-graduação, alinhada à ciência, tecnologia e inovação”, afirmou.

“A Pesquisa é parte do nosso propósito, que conecta Ensino, Extensão e Inovação em benefício de todos. A ciência tem a função de romper paradigmas, prever cenários e propor soluções para melhorar a condição de vida das pessoas. A Unesc, nos seus 57 anos de história, tem mostrado a sua força por meio do excelente trabalho dos nossos cientistas. Somos uma Universidade conectada com o mundo e esses profissionais são responsáveis por esse posicionamento institucional em vitrines nacionais e internacionais”, ressalta Gisele.

Para a pró-reitora de Pesquisa, Pós-Graduação, Inovação e Extensão, Vanessa Moraes de Andrade, o Sifop representa um momento único de integração da comunidade acadêmica de pós-graduação. Ela explicou que o seminário tem como objetivo fortalecer ainda mais os programas da Universidade, promovendo reflexões e trocas sobre temas estratégicos como internacionalização, inteligência artificial, políticas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e oportunidades de fomento.

“Estes dois dias foram intensos e promissores. O objetivo é criar um ambiente de diálogo qualificado e colaborativo, onde docentes, mestrandos, doutorandos e pós-doutorandos possam se inspirar, se atualizar e, juntos, construir caminhos para uma pós-graduação cada vez mais alinhada aos desafios da ciência e da sociedade”, afirmou Vanessa.

Atualmente, a Instituição mantém Programas de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (PPGCA); Ciência e Engenharia de Materiais (PPGCEM); Ciências da Saúde (PPGCS); Direito (PPGD), Desenvolvimento Socioeconômico (PPGDS); Educação (PPGE); Saúde Coletiva (PPGSCol); Gestão em Saúde (PPGGS) e Sistemas Produtivos (PPGSP). 

Conexão

O presidente da Fapesc, Fábio Wagner Pinto, que também marcou presença no evento, destacou que esta foi uma excelente oportunidade para esclarecer dúvidas, mas também para fortalecer a conexão entre o governo do Estado e os pesquisadores.

“A nossa proposta aqui é ouvir vocês, trabalhar as dúvidas que surgirem, e buscar soluções eficientes. Estamos comprometidos com a seriedade e a transparência nos processos de prestação de contas e vamos compartilhar com vocês como nosso trabalho é conduzido. É importante ressaltar que a experiência acumulada ao longo dos anos traz um olhar primoroso, especialmente quando lidamos com contextos e desafios novos”, disse ele.

Conforme o presidente, o objetivo do governo do Estado é garantir que todos tenham acesso aos recursos e que os processos sejam cada vez mais eficientes, com menos dificuldades. “Fico feliz com a iniciativa da Universidade em implementar um sistema de auxílio. Essa profissionalização da captação de recursos é uma grande iniciativa e vai permitir que lidemos com os desafios de forma mais estruturada e eficaz. A nossa meta é continuar trabalhando para manter, e até melhorar, o nosso orçamento. No ano passado, alcançamos R$ 257 milhões investidos em pesquisas ligadas à ciência e tecnologia, o que foi três vezes maior do que em 2022. Estamos comprometidos em manter essa trajetória, sempre buscando novas oportunidades e ampliando nossas capacidades de arrecadação”, finalizou.

Prestação de contas

A Diretora de Ciência, Tecnologia e Inovação da Fapesc, Valeska Daniela Tratsk, mencionou que a equipe da entidade esteve na Instituição para desmistificar a questão da prestação de contas, que muitas vezes é vista como um grande desafio. “Hoje, vocês vão perceber como é simples e acessível fazer uma boa prestação de contas. Esse é o objetivo de nossa visita, que está sendo realizada em parceria com a Procuradoria Jurídica, com o setor de planejamento, e com a equipe que representa a Fapesc. Hoje, pela primeira vez, estamos trazendo toda a equipe para prestigiar vocês e oferecer o nosso apoio. Após as apresentações, teremos um momento para tirar dúvidas e compartilhar ainda mais informações com todos”, comentou.

Por outro lado, a Unesc conta com o Setor de Apoio à Captação de Recursos (Seacar), que é coordenado pela Kelly Dalla Lana, assessora de gabinete da reitoria. Ela esteve no evento e falou sobre a importância de desmistificar o assunto. “Nós entendemos a importância de estarmos juntos neste momento. Embora reconheçamos a autonomia do pesquisador ao receber a carta de anuência, também sabemos da nossa responsabilidade enquanto Universidade, em oferecer todo o apoio necessário a cada um de vocês. Queremos construir, lado a lado, todo o processo, desde a submissão e elaboração do projeto até as etapas de compra e prestação de contas”, disse.

“Vocês são os grandes idealizadores, as mentes criativas e os pesquisadores que têm o olhar para o futuro. Vocês têm a visão do que pode ser, algo que, muitas vezes, nós que lidamos com a parte técnica não conseguimos ver de imediato. Mas, para que todo esse talento seja concretizado e finalizado com qualidade, precisamos estar ao lado de vocês, oferecendo suporte total em cada etapa do processo”, acrescentou Kelly.

Mesa

O evento também contou com uma mesa de debate, mediada pelo professor Oscar Rubem Montedo, representante do Programa de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia de Materiais (PPGCEM). Este painel teve como objetivo qualificar a execução dos projetos de pesquisa desenvolvidos na Unesc, promovendo a transparência, a eficiência na gestão dos recursos e o fortalecimento dos vínculos institucionais com os órgãos de fomento.

A realização do Seminário contou com o apoio da Capes, da Fapesc e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

A inteligência artificial na produção científica

Ainda pela manhã, a Inteligência Artificial (IA), foi o assunto do segundo e último dia do Seminário Integrado de Fortalecimento dos PPGs (Sifop). Para falar sobre o assunto, os organizadores convidaram o pesquisador Alexandre Ramos,  docente na área de tecnologias aplicadas à pesquisa, com destaque para os estudos em ética, automação da produção científica e os impactos da IA na construção do conhecimento.

Com o tema “A inteligência artificial na produção científica”, segundo o palestrante, o objetivo foi apresentar uma reflexão crítica sobre o papel da inteligência artificial generativa no ecossistema da pós-graduação, abordando transformações históricas, implicações éticas, dilemas cognitivos e os desafios para preservar a criticidade acadèmica.

“Neste bate-papo, conversamos sobre a importância do impacto da era da IA na pós-graduação. Também apresentei a evolução, a questão da mudança, os princípios básicos, gerais e éticos sobre o uso da IA na pesquisa, além dos desafios de como é que a graduação vai poder fazer uso da IA de forma consciente, gerando benefícios para a sociedade e para a Ciência”, pontuou Marcelo.

O pesquisador também comentou sobre como respeitar os direitos autorais e manter os próprios direitos autorais. “Tudo é uma questão de ponto de vista, como se vê e se enxerga o conhecimento. Por isso trabalho sobre as questões morais: ética, sustentabilidade, respeito às diversidades, os vieses e as alucinações. Como gestor, tenho uma visão, acredito que tem que ter uma política institucional, como pesquisador tem que ser livre e como professor, o desafio é como aproveitá-la para poder fazer e desenvolver o senso crítico”, concluiu o palestrante.

Antes da palestra, o convidado foi recepcionado pela pró-reitora de Pesquisa, Pós-Graduação, Inovação e Extensão e de Ensino (Propriex), Vanessa Moraes de Andrade e pela diretora de Pesquisa e Pós-graduação Stricto Sensu, Sabrina Arcaro.

A mediação da conversa foi feita pela professora Merisandra Côrtes de Mattos Garcia, representando o Programa de Pós-Graduação em Saúde e Práticas Integrativas (PPGSP), e pelo docente Thiago Henrique Almino Francisco, do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Socioeconômico (PPGDS).

 

 

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